Parte 2

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- Cadê você Rugge? Escuto o áudio de Agustín assim que entro no carro, acabei meu plantão e estou morto.
- Cara estou mortão, vou pra casa tomar um banho.
- Então saímos em meia hora, vamos na boate nova.
- Fala sério no meio da semana, vocês não tem o que fazer?
- Temos mais abriu e vamos conferir sair da rotina não mata Ruggero se arruma.
Eu, Agus e Mike moramos juntos desde que começamos a faculdade, foi presente do meu pai, claro agora vamos ficar só eu e Agustín já que Mike e Valentina vão se casar.
Chego em casa e escuto o som no quarto de Agus, entro no meu e tomo um banho,  estava colocando a camisa e Agus entra.
- Iai vamos? Ele pergunta e assinto.
- Quero fazer uma, depois você me leva lá. Olho para onde ele apontou, minha tatuagem no peito, toco a tatuagem e lembro dela, é impossível não lembrar, fiz essa tatuagem com desenhos de chamas cinco meses depois que ela embora, Karol era a chama que aquecia a minha vida, me visto passo as mãos no cabelo e pego minha carteira.
- Vamos.
Saímos no meu carro, e Agus me fala o endereço liga o som e vai cantarolando.
Ele abaixa um pouco o som e pergunta.
- Como está a residência?
- Cansativa mais estou gostando, e você algum caso difícil no escritório?
- Começamos com um caso de estupro, cara minha vontade é de caçar o filho da puta e matar.
- Imagino amigo, acho que a pessoa deve ter a mente doente para ser capaz de cometer algo assim.
- Acho que chegamos. Aponto para o local e ele assente.
- Vou ligar para Carolina ela já deve está aí dentro. Assinto e ele liga mais põe no viva voz tirando o cinto.
- Oi amor. A voz de Carolina e um som muito alto saem no telefone, mais o que me chama atenção é a risada feminina que soa perto dela, eu conheço essa risada.
- Onde você está? Ela pergunta.
- Acabei de chegar.
- Ótimo estamos aqui dentro já dançamos e já bebemos horrores.
- Ah não fala sério Carolina já estão bêbadas.
- Estamos comemorando não brigue comigo e entre logo.
- Vamos lá amigo parece que a comemoração está boa.
- O que estão comemorando? Ele me encara e franze o cenho.
- Você não sabe? Faço que não e ele rir.
- Pois então se prepare. Ele diz e dou de ombros, entramos no local e a batida alta faz meu peito vibra, a casa já está cheia.
- Vou no bar. Aviso.
- Vou procurar sua irmã. Assinto e vou para o bar, peço uma cerveja e espero.
O barmen me entrega, me viro para pista observando as pessoas dançarem quando meu olhar cai no corpo de uma morena, cabelos ondulados com toque dourado, corpo curvilíneo espetacular e uma bunda maravilhosa.
- Uau. Escuto.
- Fala meu parceiro. Jorge chega cumprimentando.
- Iai cara. Falo mais meus olhos não saem do movimento da morena.
- Que belezura heim. Ele diz e Mike encosta.
- Tudo bem? Mike pergunta me analisando.
- Tudo ué, só observando. Falo e dou um sorriso de canto mais quando observo bem o jeito como a morena se move meu coração acelera.
- Espere um momento eu... Aponto para a pista e Mike me encara sério, olho novamente e ela joga o cabelo ficando de perfil e desce mais até o chão bate na mão de... Valentina que também está no chão e sobem sorrindo.
- Karol.... Seu nome sai como um sussurro, a mão de Mike toca meu ombro.
- Você está bem Ruggero? Jorge pergunta preocupado, faço que sim.
- Irmão desce mais uma aí. Escuto Jorge pedir encosto de novo no balcão do bar ele me entrega uma cerveja.
- Disfarça essa cara irmão, parece que viu fantasma. Ele fala e Mike aponta para pista.
- Vou recuperar minha mulher muitos olhos nela. Ele diz e vai até a pista.
- Entendi, é a Karol não é? Você não sabia que ela estava de volta? Faço que não.
- Encontrei com elas na entrada, ela mudou muito, digo não só fisicamente. Ele fala mais não consigo me concentrar nele meus olhos estão lá no meio da multidão e minha mente viaja até aquele dia no aeroporto.
Depois do meu ato desesperado, uns seguranças vieram e me pediram para sair, Carolina agarrou na minha mão me arrastando para fora, ela arrancou as chaves do meu bolso e me jogou dentro do carro, dirigiu comigo até em casa e não sei como mas me colocou na cama, só lembro de acordar com um travesseiro na minha cara e ela exigindo que eu contasse o que aconteceu e porque a amiga dela decidiu ir embora.
Não preciso dizer que ela ficou puta de ódio e queria me matar, mais não a culpo eu queria me matar, meus dias sem Karol, foram terríveis dolorosos perdi as contas de quantas vezes dormir no carro embaixo da sua janela com esperança que ela voltasse, ou como enchi sua caixa de mensagens e depois descobrir que ela mudou de número, no qual eu não teria.
Ou quantas vezes Carolina saia no fim de semana e voltava na segunda porque foi para Londres, mais em momento algum tocava no nome dela, e todas as vezes que arrisquei perguntar ela me fuzilava sua expressão era de ódio mortal para mim, até que consegui viver com a dor de perde-la, o primeiro ano foi um inferno e se não fosse a faculdade acho que tinha pirado, então resolvi focar só em estudar talvez assim pudesse suprir a necessidade dela, no segundo eu comecei a seguir em frente, já saia com meus amigos, ficava com uma garota aqui outra ali, mais nada sério meu coração sempre pertenceu a ela e agora comecei a minha residência então tempo não me sobra muito, só realmente quando consigo esticar mesmo estando morto como foi o caso hoje, e parece que mesmo fugindo do passado ele volta e joga na minha cara, um passado lindo cheio de curvas e extremamente sexy.

Se Não Fosse Você.Where stories live. Discover now