Recém Casados - JIKOOK ABO

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Bom dia armys, já beberam água hoje?

Jimin

Não queria vê-lo aflito ou derrotado, mas estaria sendo totalmente hipócrita se dissesse que não estava me divertindo, vendo a sua cara de espanto e preocupação.

Ele merecia.

Ele era um alfa ruim.

Só não esperava que mesmo bêbado o maldito fodesse tão bem, imagine o que ele seria capaz de fazer sóbrio.

Também fui pego de surpresa com o fato dele não se lembrar de nada da noite passada, quer dizer, quem bebe tanto ao ponto de esquecer as próprias ações e falas? Ele nem parecia estar bêbado, qualquer pessoa que o visse naquela noite não poderia dizer que ele estava.

Tinha também um pequeno fato, aquele alfa era o mais bonito que eu já havia visto em toda a minha vida, me lembrava de cada momento daquela noite, do jeito que ele me pegou naquela cama, de como ele conseguiu me fazer ficar cem por cento submisso usando somente a sua presença.

Seria fácil brincar com ele daquele jeito.

A verdade era que ele nunca fez nada diretamente com a minha pessoa, mas diferente de mim, ele brincou e amassou o coração de Hajun. Apenas eu sei tudo que tive que passar para reerguer meu irmão do poço em que estava, e fazê-lo acreditar que o outro Jeon poderia ser bom para ele.

A ideia de um casamento falso veio do Jihoon. O alfa foi almoçar na casa dos meus pais e lá nos conhecemos, ele disse que Jungkook precisava de uma lição, e eu não perderia a oportunidade de bagunçar a vida dele como ele próprio bagunçou a de várias ômegas - inclusive a do meu irmão.

Obviamente o Jeon mais novo não desconfiou de nada, não importava se a minha semelhança com Hajun fosse gigantesca, nós tínhamos sobrenomes diferentes. Nossos pais eram separados, logo, eu carregava o Park da minha mãe ômega e Hajun carregava o Kim do nosso pai alfa.

- E a camisinha? - Hajun perguntou baixinho, claramente preocupado.

Sorri sugestivo para ele, só Deus sabia o que fiz para sumir com aquela camisinha.

- Ainda tá dentro de você? - O loiro perguntou confuso, concordei com a cabeça, logo Hajun começou a gargalhar alto.

- Para de rir, seu imbecil! - rosnei baixo, para ele calar a boca.

Hajun se calou, secando as lágrimas que escorriam de seus olhos.

- E como foi a noite? - apontou para o meu pescoço, eu sabia que ele estava indicando os chupões e as marcas que Jungkook havia deixado ali.

- Eu não... - Senti minhas bochechas esquentarem. - Foi... - Era difícil resumir tudo o que tinha acontecido. - Ele é muito bom no que faz - cruzei os braços ao ver o ômega sentado do meu lado voltar a rir alto.

Senti a presença de Jungkook bem perto e olhei em sua direção.

Ele estava tão bonito com seus cabelos negros perfeitamente arrumados, pele clara, olhos castanhos; olhei para sua boca e juro que podia sentir os seus lábios vermelhos se chocando com os meus. Jungkook era bem mais alto que eu, seus braços tinham algumas veias e ele tinha mãos grandes que vinham junto com uma boa pegada, sem contar a presença forte dele, que exala masculinidade e confiança.

Aquele alfa era pura perdição.

- Eu posso falar com você? - Ele perguntou com a voz baixa.

- Parece abalado, Kookie - Hajun sorriu irônico. - Fez alguma coisa que não devia? - Ele estava se divertindo com a situação, e de certa forma, eu também estava. Era bom ver o alfa que normalmente era tão seguro de si, sem saber o que fazer,

- Cala a porra da boca, Barbie - segurei a risada ao ver meu irmão vermelho.

- Babaca! - Hajun caminhou até as escadas. - Foi um prazer te conhecer, Jimin - Tínhamos que encenar não é?

- Todo meu - E o Oscar do ano vai para mim.

Hajun subiu as escadas daquela casa incrível, enquanto Jungkook se sentava ao meu lado. Coloquei minhas mãos sobre as coxas e respirei fundo.

Não surta, Jimin.

- Parece que estamos casados com comunhão de bens - Eu já sabia disso. - Então...

- Tudo que é seu é meu, e vice-versa. Mas não quero nada seu - disse rapidamente, antes que ele achasse que eu fazia o tipo de interesseiro.

Não precisava de nada dele, tinha uma carreira sólida e ótimas condições.

- Dá para baixar a guarda? - bufou. - Estou querendo resolver a porra desse problema - Jungkook rosnou, engoli em seco, no que meus pelos se arrepiaram.

- Ontem eu não era a porra de um problema - falei sério, mas não surtiu nenhum efeito nele. - E se eu estiver grávido? - notei o nervosismo nítido em sua expressão. - Você vai abandonar um ômega grávido?

Aquilo era baixo, me sentia mal falando tais palavras, mas ele havia feito coisas piores. Quero que Jungkook sinta o que todos os ômegas sentiram, toda a decepção que ele os fez sentir, apenas para massagear seu ego de merda.

- Quanto tempo até seu cio? - cruzou os braços e baixou a cabeça, parecia pensativo.

- Cinco semanas.

Acho que aquela era a primeira verdade que eu falava desde que nos conhecemos, além do fato de afirmar que nós transamos.

- Bom, estamos casados por cinco semanas - levantei a sobrancelha. - Se vier, você não está grávido e nos separamos definitivamente. Sendo assim, não nos veremos nunca mais - Ele era tão irresistivelmente convencido. - Caso esteja grávido, nos separamos e eu assumo minhas responsabilidades.

- O que te faz pensar que vou querer ficar casado com você todo esse tempo? - perguntei.

- Bom, se quiser se separar agora, pra mim está ótimo - Okay, fiquei um pouco surpreso com isso. - Sabe como essa sociedade costuma cair em cima de ômegas grávidos e solteiros.

Bufei baixinho, pensando direito. Jihoon me disse que a idéia inicial seria ficar casado com Jungkook por pelo menos duas semanas, depois disso eu poderia facilmente comprar um teste farmacêutico.

- Que assim seja, marido de cinco semanas - concordei com sua proposta, ele estendeu a mão para mim como se estivéssemos fechando um acordo.

- Vamos passar na sua casa para pegar as suas coisas.

- Antes eu posso ir ao banheiro? - perguntei baixinho e ele apontou o local.

Entrei no banheiro, fechando a porta com tudo, ignorando totalmente a decoração do local. Meu único objetivo era tirar aquela camisinha de dentro de mim e dar o fora da casa de Jihoon.

Continua...