"Se eu soubesse o que estaria a minha espera quando abrisse os olhos novamente, teria desfrutado daquele abraço um pouco mais."
Em um Universo grande e repleto de escuridão, a Primeira Estrela escolhe jovens guerreiros para se tornarem defensores da...
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-Eu te amo.
Essas três palavras flutuavam em minha mente enevoada. Quem as teria dito?
Aos poucos, o mundo ao meu redor começava a tomar forma. A audição foi a primeira a voltar, o zumbido em meus ouvidos deu lugar aos leves burburinhos que logo se transformaram em uma verdadeira algazarra.
Em seguida veio o desconforto. Senti que meu corpo estava sob uma superfície irregular e áspera, definitivamente não era nem um pouco agradável.
Forcei minhas pálpebras trêmulas a se abrirem, o que não foi de grande ajuda, já que tudo estava embaçado e distorcido.
Era como assistir a uma queima de fogos, luzes brilhantes e coloridas se deslocavam de um lado para o outro e vez ou outra se chocavam entre si com um grande estrondo. "Roxo... verde... vermelho... Cores tão bonitas"
Eu queria me levantar e tocar uma daquelas estrelas brilhantes, tentei inutilmente estender a mão em direção a elas, porém meu braço mal se mexeu, estava sem forças, completamente esgotada para fazer qualquer coisa a não ser permanecer ali.
Tudo era confuso demais, não conseguia lembrar de nada, era como se eu estivesse dormindo a séculos, assim, não demorou muito para que meus olhos pesassem novamente.
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Despertei lentamente de um sono profundo, ainda de olhos fechados tateei em volta encontrando uma cama macia com lençóis finos. "Onde estou?"
Arrisquei abrir os olhos e não pude deixar de sorrir ao notar a figura esverdeada que se inclinou sobre mim.
-Rakan, amor... - murmurei
Assim que meus olhos se acostumaram com a luz forte que vinha da janela me sobressaltei. O cabelo daquela criatura era verde, mas com certeza não era meu Rakan. Era estranha, pensei por um momento que fosse vastayesa, mas não parecia ser o caso. Tinha a pele clara e cintilante, olhos verdes do mesmo tom dos cabelos, mas o que realmente chamava atenção era o chifre único, bem no meio da testa.
Com a mesma velocidade de um simples respirar me coloquei em posição de batalha.
