A reason to live - Imagine Jujutsu Kaisen

✿｡*☆:.capíтυlo 2.:☆*｡✿

POV's S/n

⌜Flashback on⌟    10 anos atrás

Minha irmã olhava para a tela de seu celular enquanto deslizava o dedo sobre ele. Eu acariciava minha gatinha que se chamava mel, ela ronronava enquanto tocava nela.

O barulho da maçaneta e da porta se abrindo me deu um susto. Levantei minha cabeça e vi que era meus pais.

— Papai, Mamãe! Que saudades. — digo me levantando e correndo em suas direções. Abraço meu pai que já estava com os braços abertos para me abraçar também.

— Me desculpa, filha. — diz me abraçando mais forte. — Infelizmente vou ter que fazer isso...

— Que foi papai? Você trouxe brinquedos pra mim?!

— Não... Mas, tome esse colar e se lembre de mim, te amo muito minha filha. — ele leva sua mão até o bolso de sua calça e pega um colar dourado com um pingente de coração, uma metade era vermelha e a outra azul. Pego de sua mão e coloco em meu pescoço.

— Para de chororô e vem logo, Koji! — minha mãe fala irritada, ela sempre foi assim. Nunca me dava atenção acho que pra ela eu nem existia, as vezes ela falava com a minha irmã, mas comigo parecia que ela me odiava. Então já estava acostumada com isso. — Deixa essas pirralhas aqui e vamos para Kawasaki.

Saiu indo pra fora da casa.

— Como assim vocês vão embora?

— Não temos condições para cuidarmos de você, sua irmã já tem 16 anos ela vai saber cuidar de você... — não conseguiu terminar a frase, mais lágrimas brotaram de seus olhos.

— Papai... Não vá! — começo o puxar pelo braço, eu segurava as minhas lágrimas, não queria que eles fossem embora. Minha mãe pouco me importava, mais meu pai sim.

— Eu... Tenho que ir, infelizmente.

Minha mãe entra de novo na casa e me empurra pra longe e começa a puxar papai que teve que segui-la.

— Ah, vocês vão ter que sair dessa casa pois o dono está pedindo-a de volta. — minha mãe disse tranquilamente.

— QUÊ?! - Yume se levantou do sofá largando o celular ‘pra lá. — Como que vocês fazem isso?! A gente vai morar na rua?

— Hum... Sim. — minha mãe nos encarou antes de sair pela porta. — Vocês tem cinco horas para saírem daqui, peguem suas coisas e saiam.

Jogou a chave no chão e saiu como se tudo aquilo fosse normal.

— Porque?...

— Não liga pra isso S/n-chan. Vou cuidar de você e te proteger, se eu tiver que dá a minha vida para te proteger, farei isso. — me abraçou e começou acariciar meu cabelo, a abracei mais forte e deixei as lágrimas caírem de meus olhos molhando sua roupa.

Tivemos que pegar nossas mochilas e algumas coisas e saímos em busca de abrigo.

A noite já havia chegado, não haviam nenhuma nuvem só estrelas no céu, a lua cheia iluminava a rua em que estávamos. Já era de madrugada e aquela rua era deserta não tinha ninguém além de nós. Andamos até acharmos uma casa que provavelmente era abandonada. Yumi empurrou a porta que estava aberta e entrou na mesma, andou pela casa com cuidado para ver se já tinha alguém, fiquei do lado de fora a esperando sair.

Depois de um tempinho ela sai de dentro da casa e me chama pra entrar. Vou caminhando até a porta com um certo medo será que tem algum bicho?

— Vamos, já olhei tudo. Se está com medo de ter algum bicho pode ficar tranquila porque não tem nenhum. — ela sorri e me puxa de leve pra entrar.

Coloquei minha mochila ao lado da dela no chão e reparo que a casa estava bem acabada, o chão era de madeira, as paredes bem velhas, o teto nem se fala, haviam pedaços de madeiras penduradas no teto... No canto das paredes tinham teias de aranhas. Era como se ninguém tivesse morando ali, só fizeram a casa e largaram.

Quando estava indo em direção – talvez – de um dos quartos, pisei em uma madeira que já estava quase quebrando. Meu pé desceu e acabou ficando preso, tentei de várias forma tirar o meu pé ‘dali.

— Yume!! — gritei seu nome para que ela pudesse me ouvir. — Acho que quebrei meu pé!!

Coloquei um drama pra ela vim logo e deu certo. A mesma veio correndo com tudo e me vê com o pé embaixo da madeira.

— Você tá bem?! Que que eu faço!? Você quebrou o pé e aqui por perto não tem hospital. — o tom de sua voz mostrava preocupação, sem querer comecei a rir de sua preocupação. — Por que você tá rindo sua doida? Quem é que ri quando quebra o pé, era pra você tá chorando... Pera aí. Por que não tá chorando?

— Desculpa maninha tive que fazer esse drama pra você aparecer logo. — digo ainda tentando tirar meu pé.

— Ah então fique aí pra sempre.

Quando ela diz isso alguém bate na porta e a gente se assusta pois não tínhamos falado pra ninguém que estávamos aqui.

Yumi me puxa pela mão e consegue tirar meu pé de dentro da madeira.

Abrimos a porta e damos de cara com uma mulher alta, seu cabelo era preto e seu era rosto pálido.

— Boa noite, garotas! — disse de forma alegre. Ela ia chegar perto de mim, mas minha irmã entra na minha frente. — Que foi?

— Não sei quem é você então não toque um dedo nela!

— Ah desculpe, sou uma amiga do pai de vocês, ele me pediu para que eu cuidasse de vocês por 3 anos. Até ele voltar.

— Não sei se posso confiar em você, tem alguma prova de que é uma amiga do papai? — Yumi questiona colocando uma de suas mãos na cintura.

— Claro.

Ela pega um celular de capa rosa e mostra o contato do nosso pai e as mensagens.

— Ah... Então–

— Vocês tem que vim comigo.

— Eu vou mais primeiro... — falo depois de criar coragem para falar com uma pessoa desconhecida. — Qual é o seu nome?

— Meu nome é....

Assim que a mesma quase responde vejo ficar tudo preto e sinto como se um buraco tivesse aberto no chão e acabo caindo dentro dele.

Flashback Off

Acordo assutada... Sempre tenho esse mesmo sonho/pesadelo já tá ‘enchendo o ‘saco isso. Vejo que estou em um quarto totalmente diferente, as paredes eram brancas a cama era bem macia, havia um guarda-roupa também branco e um tapete vermelho perto da cama e só assim eu lembro do que havia acontecido ontem. Me levanto, abro a porta e em seguida tranco-a olho em volta e vejo que tinha vários dormitórios, uma das coisas que não percebi quando entrei neste colégio.

Caminho até o primeiro andar onde ficava a cozinha, pego um copo, coloco água e logo depois bebo o líquido que estava dentro.

— O que você tá fazendo acordada a essa hora, S/n?