lilácea alvura...

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um enevoado hialino tua íris enluara,
cristalinante pequenina, d'olhar vago, vidente.
d'um brando sussurar que teu timbre afinara;
tu, diáfana menina da brumosa lente...

tua pupila translúcida em lácteo célio-poente,
imergido ao cristal de tua retina; descortinas,
espectral, ilusiva miríade d'essências, latente
espírito invisível que ao teu alvor se afina...

tua madeixas caindo-te anoitecidas
beijando o róseo-marfim de tua semblante
— és alvor-crepúsculo, o emperlar d'uma luz diluída
da lua sonurna ao leito de sombra cessante...

teu sangue flutuas em tu'artéria, não derrama
– méleo escorre à tua leveza; não andas
— levitas, suave. teu gesto embalsama
no vítreo lúcido d'uma destreza que abrandas...

o cerne teu, de ternura cândida, incisiva valentia
auroreal em desabrochar da fleuma de teu seio,
e a veia tua pulsa em mirar zeloso. a irís cristalina-
lilácea— elucidando a matina e exalando develo...

 a irís cristalina-lilácea— elucidando a matina e exalando develo

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