Capítulo 62

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Carolina

Ser avó é mesmo como as pessoas dizem, ser mãe pela segunda vez.
Eu amo tanto a Vitória que não cabe no peito, ela é igual ao Felipe quando era apenas um bebê, tranquila e muito amorosa, um bebê amoroso.

- A vovó ama muito essa netinha!

Digo segurando a mãozinha de Vitória, ela está acordada, com os olhinhos arregalados, atenta a tudo, sorrio selando meus lábios em sua pequena mãozinha e a pego em meus braços, indo para a sala.
Faz alguns minutos que Noemi e Felipe foram para a casa dos Marques Alves, devem estar chegando, ou já chegaram, e espero, do fundo do meu coração, que tenham notícias boas.
Que aquele homem tenha sido encontrado e que Felipe e Noemi possam viver bem, sem medo, sem se esconder... que eles possam ser felizes.

- A vovó vai te colocar no bebê conforto, vai preparar uma comida gostosa e depois vai ficar com você é assistir ao jornal.

Coloco Vitória no bebê conforto e prendo ela com o cinto, e quando faço menção ir para a cozinha, a campainha toca, franzo a testa.

- Quem será?

Olho para Vitória, colocando a mãozinha na boca, então camimho até a porta e a abro, fito um mulher, baixa, o cabelo amarrado em um coque baixo, ela sorri.

- Posso ajudar?

- Eu... Eu me chamo Bárbara. Sou prima da Noemi... Combinamos de nos encontrar.

Franzo a testa, não vi Noemi falando com ninguém, mesmo ela decidindo falar com a tia, não a vi ligando e conversando com alguém, estava tão preocupada.

- Aqui?

- Sim... Minha mãe está subindo. Ela foi comprar uma lembrancinha pra menininha e eu vim subindo.

Sorrio percebendo que se ela sabe da menina, tudo está bem.
A família da Noemi não sabia da existência da Vitória e essa moça sabe, e Noemi comentou que tinha uma prima chamada Bárbara, ex mulher do Jorge.

- Entre... - dou espaço para ela entrar, logo Bárbara entra. Sorrio fechando a porta. - Noemi teve que sair, como sabe, aquele homem pode estar atrás dela. Nem ela e nem o Lipe estão aqui...

- Acho que ela não conseguiu me avisar. Será que minha mãe e eu podemos esperar ela?

- Claro!

Sorrimos.
Ela olha para Vitória no bebê conforto e abre um sorriso largo, também sorrio.

- Essa é a Vitória!

- Ela é linda! Uma princesinha.

- Ela é... - sorrio e tiro o cinto de Vitória, a pegando em meus braços. - Se importa de ficar sozinha por um minuto? Deixei a televisão ligada.

Digo dando uma desculpa para conseguir sair da sala por um momento e ligar para Felipe, avisando que a prima e a tia de Noemi estão aqui em casa.
Quando faço menção de sair, Bárbara sagura meu braço, me parando.

- Posso segurar ela?

Olho para Vitória, depois olho para Bárbara e ela sorri, então balanço a cabeça assentindo e entrego Vitória para ela, que sorri e senta no sofá.

- Olá, princesinha!

- Eu na volto...

Dou passos rápidos até o quarto e pego meu celular, coloco no número de Felipe e logo começa a chamar, mas depois de alguns segundos chamando, cai na caixa postal.
Ligo mais uma vez e mais uma vez cai na caixa postal, depois de algumas chamadas.
Respiro fundo, ninguém, além dos Marques Alves, sabia que Noemi e Vitória estão aqui em casa, então, talvez Noemi tenha mesmo falado com a tia e agora as duas vieram conhecer a Vitória.

- Ok... Está tudo bem!

Sorrio colocando meu celular em meu bolso e saio do quarto, fechando a porta.
Assim que chego na sala, percebo que Bárbara não está, franzo a testa, camimho até o sofá e vejo que minha neta não está no bebê conforto.

- Bárbara?

Levanto meu olhar e vejo que a porta está aberta, no mesmo instante meu coração acelera e começo a tremer.

- Não...

Saio correndo, desço as escadas do prédio rapidamente, assim que chego na portaria, fito o porteiro parado, corro até ele, sentindo lágrimas rolar por minhas bochechas e querendo não acreditar que aquela mulher levou a Vitória.

- Você, você, meu Deus, você viu alguém passando por aqui? Com um bebê?

- Passou uma mulher, ela está segurando um bebê, uma menininha.

- Meu Deus... - minha voz embarga. - E pra onde ela foi?

- Não sei, dona Carolina. Mas ela entrou em um carro preto. Por que? O que houve?

Quando faço menção de responder, um rapaz, surge, então me dou conta de que é um dos policiais que estão fazendo nossa segurança.

- O que houve, senhora?

- Levaram a Vitória... Levaram a minha neta. Ela, ela levou a minha neta.

- Aqui, dona Carolina...

Zélia, uma vizinha que viu meu desespero na portaria do prédio, me ajudou a subir para casa, e todos os policiais que estavam fazendo a segurança também subiram, e estão tentando entrando em contato com o delegado e colhendo informações do porteiro.
Me sinto uma péssima avó, como fui capaz de me descuidar assim, aquela mulher, aquela infeliz levou a Vitória por debaixo do meu nariz e eu não fiz absolutamente nada para defender a minha neta.

- O que eu vou dizer ao Felipe? E a Noemi?

- Calma, querida...

- Ele precisa saber o que aconteceu...

Levanto pegando meu celular em meu bolso, então coloco no número do meu filho, imediatamente começa a chamar, na quinta chamada, Felipe atende e quando escuto a voz do meu filho, coloco a mão em meu peito e deixo minhas lágrimas cheias de culpa rolar por minhas bochechas.

- Mãe?

- Me desculpa... - minha voz falha. - Me desculpa... Me desculpa filho! Mas eu não consegui proteger ela... Me desculpa.

Ele fica em silêncio, tentando talvez assimilar tudo que disse, saio da sala e entro em meu quarto, fechando a porta e me sentando em minha cama, sentindo uma dor tão grande que parece rasgar meu peito.

- Ela levou a Vitória! Ela levou a Vitória!

Digo e consigo ouvir, a voz da Noemi dizendo:

- Minha filha...

- O que aconteceu?

- Ela levou a Vitória... A, a prima da Noemi veio aqui e levou, filho, ela levou a menina.

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Até logo

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