Primeira Vez

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Alec acordou e a primeira coisa que se lembrou era de que tinha flertado descaradamente com Magnus e o beijado e pior, dito que estava apaixonado por ele a um longo tempo. Porcaria de bebida, sorte que ele dormia se não teria que se explicar e não iria conseguir e acabaria contando toda a verdade.
Ele queria contar, e iria, mas primeiro precisava estar completamente livre, não poderia envolver Magnus em uma teia de mentiras e traições e no momento estava atolado nelas junto com Thomas e seu desejo de um trisal. Alec tirou o braço de Magnus de si e colocou um travesseiro no lugar, torcendo para que ele não acordasse e foi até o banheiro, escovou os dentes e saiu, queria muito nadar e a essa hora ninguém estaria no riacho, poderia pensar em paz. Olhou para a cama e Magnus dormia profundamente. Ele levou a mão ao peito e fechou os olhos.
Faltava pouco para estar livre mas antes de se preocupar, iria nadar e se acalmar.
Saiu do chalé e o calor o atingiu, mesmo sendo cedo já estava um calor absurdo e pegou a trilha, indo até a parte mais afastada. Ninguém costumava nadar ali porque tinham muitas pedras e adolescentes com ferromonios em um lugar perigoso resultaria em acidentes.
Alec tirou a bermuda e a camiseta e ficou só com sua roupa de banho. Foi até a beirada e molhou os pés, a água morna o impressionou, imaginou que fosse estar gelada como o inferno e continuou caminhando, o barulho das árvores e da água corrente transmitindo uma paz que não sabia que necessitava.
-Não gosto de acordar sozinho, Alexander. - Ele se virou e viu Magnus se sentando próximo a suas coisas. Ele bocejou e ficou encarando o garoto. Alec sorriu tentando parecer natural.
-Imaginei que fosse dormir até tarde e tenho certeza que nadar as sete da manhã não é seu desejo.
Magnus se levantou e tirou a camiseta e a bermuda. Alec se obrigou a olhar para frente e continuar a caminhar. Aquilo não ia dar certo. Ele andou um pouco mais rápido mas não poderia correr ou escorregaria e se machucaria e segundos depois sentiu algo tocando seu braço, soltou a respiração rápido demais.
-Está com medo de mim? Vamos lá, ontem estava cheio de amor para me dar e agora tem medo? - Magnus sorriu e Alec se sentiu uma fraude.
Ele negou com a cabeça e continuou andando e se abaixou de uma vez, quando sentiu que a profundidade estava adequada e viu Magnus fazer o mesmo.
-Por que me seguiu? - Alec perguntou se movimentando na água, queria pensar e com Magnus ali,seria impossível.
-Você me disse para conversarmos hoje e quando eu acordei, estava saindo. Achei uma boa ideia segui-lo.
Alec sorriu e viu Magnus se aproximando e seu coração acelerou. Droga será que ele tinha ouvido? Onde estava com a cabeça quando disse que estava apaixonado por ele sem ter certeza de que ele realmente dormia.
-Eu disse? Não lembro de metade do que aconteceu ontem. - Magnus o alcançou e o puxou para perto. Alec não conseguiu negar e envolveu as pernas em sua cintura e percebeu com interesse que Magnus tinha se sentado em um rocha submersa.
-Você me disse muitas coisas ontem e eu sei que se lembra. - Magnus estava quente contra ele e Alec sentiu uma queimaçao que começava no estômago e descia entre suas pernas. Os olhos verdes de Magnus pareciam devorá-lo e ele sentiu que o outro estava como ele, em chamas mesmo molhados.
-Magnus você sabe que eu nunca... - Ele o calou, com um beijo.
-Não vim até aqui para transar, não precisa se preocupar.
Ele parou e o encarou quando Alec se remexeu sugestivamente e desceu os beijos para seu pescoço. Magnus não estava ali para isso, mas já estavam tão próximos e tinha negado isso a tanto tempo.
-Estamos jogando um jogo perigoso a um tempo Magnus e acho que não consigo mais fingir que não quero, ontem eu não conseguiria ir até o final mas hoje é um outro dia.
Magnus negou e o garoto fechou os olhos. Alguém sempre tinha algo que os impedia de continuar. Alec tentou se levantar e percebeu que não poderia porque as mãos de Magnus estavam firmes o mantendo em seu colo.
-Não é desse jeito que a sua primeira vez deve ser. Se preparou com Thomas e comprou as coisas, ele colocou até pétalas de rosa no chão. Não posso te dar algo menos grandioso do que merece.
-Você está mesmo apaixonado por mim? - Alec perguntou, sentindo o coração perder várias batidas com medo do que poderia ouvir.
-Sim. - Magnus respondeu simplesmente.
Alec se sobressaltou, não esperava uma resposta tão sincera, mas assentiu.
-Se está apaixonado por mim, não importa o lugar ou como. Só o que sente. Desejo você Magnus e quero isso.
E se aproximou novamente, dessa vez procurando os lábios de Magnus, beijá-lo era sempre incrível e surpreendente e beijá-lo com desejo era ainda melhor.
Alec desceu as mãos até a sunga de Magnus e a puxou para baixo querendo tocá-lo e senti-lo sem nada os separando. Magnus estava tão duro e Alec desesperado para que se unissem logo.
O capitão foi até ele e o levantou deixando Alec nu também, e o posicionou contra seu membro, um simples gesto e Alec seria penetrado, e ele se forçou para baixo, querendo acabar com a ansiedade logo e saber de uma vez qual era a sensação mas Magnus o segurou e negou.
-Vai se machucar se for assim tão rápido, me deixe prepará-lo primeiro.
Alec não entendeu o que ele quis dizer mas não tinha outra alternativa então continuou ali aguardando o próximo movimento e sentiu as mãos habilidosas de Magnus irem até sua entrada enquanto a outra lhe segurava. Primeiro foi um dedo, e Alec sentiu o incomodo mas não era nada extravagante, o segundo incomodou e Magnus os movimentou. Alec gemeu mas a dor estava incomoda e sentiu o capitão indo ainda mais fundo. Ele agarrou o pescoço de Magnus e se escondeu na curva de seu pescoço. Era confuso, ele queria gemer quando algo dentro de si era estimulado e então uma dor chata voltava e lhe deixava em um ciclo vicioso sem fim de não conseguir interpretar as sensações.
-Calma, ja vai passar. Só relaxe amor.
-Me beije. - Alec pediu e Magnus uniu seus lábios enquanto ainda o alargava para recebê-lo.
Ele encontrou o ponto sensível do garoto e estimulou a região, Alec sentiu o corpo todo vibrando com a sensação, mas não pareceu suficiente ele precisava de mais, só os dedos de Magnus não supriam sua crescente necessidade e implorou, pelo que não tinha ideia, mas implorou.
-Está pronto para mim? - Alec assentiu freneticamente e Magnus tirou os dedos e ele protestou com a sensação de abandono. - Relaxa querido, eu sou grande e preciso que relaxe mesmo ou vou te machucar.
Alec estava relaxado quando sentiu algo próximo a sua entrada, se forçando contra ele. Magnus o penetrava devagar e Alec logo notou com um incômodo crescente que o membro dele incomodava muito mais que os dedos . Magnus era realmente grande e parecia não terminar e Alec novamente se escondeu na curva de seu pescoço, esperando paciente que Magnus o penetrasse completamente e quando enfim ele terminou, entendeu o que a expressão acertar seu ponto sensível significava.
Ele tentou se mover mas a dor foi muito forte e voltou a ficar imóvel, sentindo lágrimas quentes encherem seus olhos.
-Magnus você não me disse que era tão grande... - Ele choramingou e Magnus levou a mão até o membro de Alec, duro, masturbando. Da segunda vez que ele se mexeu o prazer em seu membro foi mais forte e ele sentiu a dor diminuir um pouco.
-Posso me mexer quando estiver pronto. - Magnus falou e ele estava com os olhos fechados e o garoto pensou em o quão difícil seria para ele, ficar imóvel.
-Devagar, por favor. - Alec pediu e na primeira estocada fechou os olhos com força agarrado a Magnus que continuava a estimulá-lo, na segunda vez choques elétricos percorreram seu corpo e ele sentiu que seu fim se aproximava e foi até a mão de Magnus, obrigando o a estimulá-lo em um lugar só, ou não iria aguentar muito tempo. Na terceira ele e Magnus gemeram juntos. E assim sucessivamente até que o capitão aumentou o ritmo e Alec sentiu uma agonia extensa tão gostosa que ele não conseguia saber onde ele terminava e Magnus começava. Sua boca parecia ter vida própria, gemendo incontrolável e mais alto do que deveria.
Magnus o puxou para perto e foi o mais fundo que a anatomia dos dois permitia e Alec soltou um grito mas logo tapou a boca.
-Vamos, grite para mim. - Magnus pediu, manhoso. - Tão apertadinho...
-Você é louco. - Alec meio falou meio gemeu e Magnus afundou a boca em seu pescoço e o moreno jogou a cabeça para trás querendo facilitar o acesso e sentindo novamente seu fim chegando.
-Louco por você, Alexander. Vê-lo só de toalha todos os dias e não poder fazer nada... Eu não aguentava mais me tocar pensando em você.
Alec passou os dedos por seu rosto e fechou os olhos, eram muitas sensações ao mesmo tempo e estava tão perto... Magnus estocava desesperadamente e Alec quase não conseguia controlar os gemidos, sentindo o membro grande de Magnus deslizar dentro de si, alargando o e fazendo seu corpo vibrar junto com ele.
-Acho que vou gozar. - Alec sussurrou sabendo que com certeza seu fim estava próximo.
-Vou mais rápido e vamos juntos. - E Magnus continuou, forte e fundo fazendo Alec gemer alto sem se controlar e agarrá-lo procurando seus lábios desesperados, para aliviar ou pelo menos descontar a onda de prazer que se abatia por seu corpo e ao sentir algo quente preenchê-lo ele se derramou sobre o colo de Magnus, com o corpo sofrendo espasmos involuntários. Estava terrivelmente apaixonado por Magnus Bane e agora não poderia fugir dele por muito tempo.
Alec se levantou e evitou os olhos de Magnus, tinha estragado tudo porque deixou o desejo sexual falar mais alto e agora teria que conversar com Thomas e...
-Tomy! - Alec gritou e puxou sua sunga para cima. - Magnus temos que voltar agora.
Ele viu Magnus o encarando, com os olhos verdes escuros irados. O que tinha feito de errado agora?
-Por favor Alexander me diz que após transarmos você está gritando o nome do se ex por ódio. Ou me diz que estou delirando.
Alec o encarou, Magnus Bane estava com ciúmes? Adoraria discutir isso em outro momento mas realmente precisava falar com o ex, tinha feito uma grande burrada noite passada e precisava consertar antes que Magnus descobrisse ou ficasse sabendo por algum fofoqueiro.
-Magnus. - Ele voltou até o capitão e colocou as duas mãos em seu rosto. - Eu preciso muito falar com Tomy ou um grande mal entendido vai continuar acontecendo, eu fiz uma grande e muito grande burrada quando estava bêbado antes de você vir atrás de mim e agora tenho que consertar.
-Você não pode me contar? - Alec negou e viu Magnus fechar os olhos. - Segredos não são bons e isso pode dar errado.
Alec pensou no que tinha feito e imaginou Magnus descobrindo e afastou o pensamento, seria desastroso se ele soubesse antes de Alec esclarecer as coisas e ajeitar a loucura, provavelmente Magnus entenderia errado e o odiaria principalmente agora que tinham transado antes de ele resolver.
-Por favor, confie em mim e hoje a noite nós vamos conversar, sem nada nos impedindo.
Alec se afastou e foi nadando até a beirada o mais rápido que pode, pegou a toalha e calçou os chinelos o mais rápido que conseguiu, indo em disparada até o chalé de Thomas, tinham marcado cedo e ele queria ser pontual. Como explicaria para Magnus e pior como consertaria as coisas? Droga de bebida, agora estava atolado em um teia que não teria como escapar facilmente. Ele bateu na porta e aguardou, sentindo a intimidade latejar.
Maldição, ficaria dolorido e lembraria de Magnus toda vez que fosse sentar.
-Amor, oi. - Thomas disse se inclinando para um beijo. Alec negou e entrou dentro do chalé, empurrando o atual namorado para dentro e fechado a porta.
-Nós cometemos um erro ontem. - Falou e acendeu a luz e ouviu um resmungo, vendo Sebastian se mexendo a poucos metros. Alec passou a mão pelos cabelos desesperado. - Olha, eu estava bêbado e frustrado e um pouco sucestivel a ofertas bizarras que pudessem me fazer e foi só isso. Precisamos esquecer e entender que é muito legal vocês dois terem um relacionamento aberto e essas coisas, mas não posso fazer parte dele.
-Não temos um relacionamento aberto, delicia. -Sebastian falou, ainda sonolento e aquele apelido jogou Alec de volta na lembrança do que tinha acontecido isso.

Summer Love - Malec Where stories live. Discover now