𝐔𝐌 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐎 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐀 𝐄𝐕𝐎𝐋𝐔𝐂̧𝐀̃𝐎
— Cadê o neném do papai? – Gilbert tinha a cabeça deitada na barriga de Anne.
O moreno acariciava a região, na esperança de sentir novamente o movimento do bebê. Nada.
Gilbert levantou o olhar para a ruiva, que apenas deu de ombros, como se não soubesse o que estava acontecendo. O homem voltou a deitar a cabeça no ventre da esposa.
— Ah bebê, fala com o papai. – Gilbert acariciou novamente a região. Nada.
— Acho que o bebê não quer falar com você hoje, querido. – Anne segurou a risada, acariciando os cachos do rapaz.
— O bebê está com raiva do papai? O papai não fez nada para o neném estar com raiva. – Gilbert tentou novamente, acariciou o ventre da ruiva. Nada.
— Gil, acho que o bebê não está com vontade de falar hoje. – Anne tentou convence-lo, mas Gilbert estava irredutível.
— Eu só irei desgrudar meu rostinho daqui quando o bebê falar comigo. – Gilbert voltou sua atenção para o ventre de Anne. — Ouviu neném?
— Ele realmente não quer conversar hoje. – Anne soltou uma risadinha.
— Ah, bebê, fala com o papai, por favor. – Gilbert deu um beijinho no ventre da esposa, e passou o dedão logo depois. — Apenas um chutinho para o papai, por favor, neném.
Dessa vez, o bebê chutou. Ele levantou da cama comemorando e começou uma dancinha engraçada, fazendo Anne gargalhar alto.
— O neném falou com o papai. – Gilbert se mexia empolgado.
— Gilbert! – Anne colocou sua mão sobre o ventre, tentando conter a risada.
Gilbert se aproximou da ruiva e a beijou apaixonadamente. O moreno a puxou para seu colo, acariciando o ventre enquanto a beijava. As coisas estavam esquentando, até o bebê chutar novamente fazendo com que Anne e Gilbert se separassem rindo.
— Agora você quer conversar com o papai, uhm? – Gilbert deitou a cabeça novamente no ventre da ruiva.
Outro chute.
Os dois se entreolharam rindo. Agora sim o bebê queria conversar com o papai e a mamãe.
. . .
— Estamos em Charlottetow, e nos vamos comprar um automóvel. – Cordelia sussurrou, abrindo um sorrisinho encantado nos lábios.
— Eu costumo dizer que estamos dando um passo na evolução. – Anne desviou o seu olhar para sua filha, e abriu um sorriso ao perceber que a sua garotinha ruiva está contente.
— Ela está feliz, não é? – Gilbert passou seu braço pelo ombro de seu esposa, e a ruiva passou a mão pela cintura do marido, recebendo alguns olhares de reprovação. Mas quem se importa com o que eles pensam?
— Me sinto aliviada em dizer que sim. – Anne olhava para sua filha, que observava tudo a sua volta com seus olhinhos brilhando de emoção.
— Oh céus! – Cordelia murmurou, alargando mais ainda o sorriso.
— Quer ver mais de perto? – Gilbert perguntou, também abrindo um largo sorriso ao ver a felicidade de sua garotinha.
— Oh, sim, por favor. – Cordelia batia palminhas.
— Vem, vamos. – Gilbert pegou na mão da outra ruiva, e as guiou até o meio da praça, onde um coral cantava alegremente.
Eram um grupo de três pessoas que cantavam músicas religiosas. Algumas das pessoas que observava também cantavam, acompanhando o coral, enquanto outras apenas olhava.
— O que acha de vir no Natal? – Gilbert perguntou em sussurro para Anne, que também pareceria encantada com o coral.
— Natal. – Anne abriu um sorriso largo. — Vai ser o nosso primeiro natal juntos.
— Meu primeiro natal com minha linda esposa e com meus filhos. – Discretamente, Gilbert levou sua mão até o ventre da ruiva, fazendo um leve carinho.
— Meu primeiro natal com meu marido e com meus filhos. – Anne tocou a mão de Gilbert que estava sobre seu ventre.
— A voz deles são tão encantadoras. – Cordelia falou, os tirando de um transe.
— No inverno, eles cantam músicas natalinas. – Gilbert falou, a fazendo abrir um sorrisinho encantado. — O que acha de vir no Natal?
— Natal? Ah, é o nosso primeiro Natal como família. – Cordelia dava pulinhos, batia palmas e soltava gritinhos. Ela estava animada demais para reprimir sua alegria.
— Sim, querida. – Anne tocou nas bochechas de sua filha.
— Vai ser um dos melhores natais da minha vida! – Cordelia abraçou seus pais.
Assim que o coral finalizou a apresentação, as pessoas que assistiam bateram palmas, e cada um foi para seu lado.
— Quando comprarmos o automóvel, eu quero que aprenda a dirigir. – Gilbert falou, a fazendo olha-lo espantada.
— Eu? Dirigir? Está louco? – Anne o encarou, arregalando os olhos.
— Qual o problema? Estamos dando mais outro passo a evolução, querida.
— Eu não sei se deveria fazer isso. – Anne comentou, um tanto receosa.
— Somos o casal mais comentado, seja em Avonlea ou em Charlottetow. – Gilbert apontou, discretamente, para alguma das pessoas que os encarava. — Vamos dar mais assuntos para essas pessoas.
— Você é impossível, Gilbert Blythe. – Anne soltou uma risadinha.
— Sinceramente, não sei como essas pessoas andam tão distantes umas das outras. – Gilbert puxou Anne para mais perto, a fazendo soltar uma risadinha. — Eu estou me segurando para não te beijar, imagina não te abraçar assim.
— Se me beijar, eles terão mais assunto para falar.
— Um dia, essa sociedade vai parar de se preocupar com o que as pessoas pensam, e vão viver as suas vidas sem se preocupar com o que irão dizer.
— Também espero que isso aconteça.
— Falei com o Jerry. – Gilbert falou, depois de segundos de silêncio, e Anne o encarou.
— Sobre o que?
— Que ele também deveria comprar um automóvel. Diana, em breve, dará a luz, e um automóvel é muito mais fácil de se locomover.
— É uma ótima ideia! – Anne olhou para Cordelia, certificando que a menina estava ali, e depois voltou seu olhar para Gilbert. — Deveria falar com o Moody Spurgeion também. É mais fácil para ele, já que eles têm um filho agora.
— Vou falar com ele.
Os três andaram mais um pouco, até chegar no lugar onde iriam comprar um automóvel. Depois de uma hora, eles acertaram a papelada, entregaram o dinheiro e pegaram o automóvel.
— Espero que saiba dirigir isso. – Anne sentia seu coração batendo acelerado, enquanto se ajeitava no banco do automóvel, apenas olhando para trás para dar uma conferida em sua filha.
— Dirigi um desses quando estava em Toronto. – Gilbert se ajeitou no banco, dando uma conferida no automóvel, antes de dar a partida.
— Papai, sou nova demais para morrer. – Cordelia deu dois tapinhas no ombro do moreno, fazendo com que sua mãe gargalhasse alto.
— Nunca deixaria algo acontecer com minhas garotas ruivas. – Gilbert disse, fazendo as duas abrir um sorriso.
— Vamos, Gil. – Anne soltou um suspiro cansado. — Ainda temos que comprar algumas coisas antes de voltarmos para casa.
— Que comece a nossa aventura. – Gilbert logo deu a partida, deixando as duas mulheres ruivas animadas.
Os três seguiram o caminho, adorando a nova sensação. Era incrível a velocidade que o automóvel podia ir. Os cabelos das ruivas voavam, os deixando bagunçados. As duas garotas odiavam aquela bagunça ruiva, mas Gilbert estava amando ver aquela cena.
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𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐋𝐀𝐌𝐄𝐒 𝐎𝐅 𝐋𝐎𝐕𝐄 ─ 𝐒𝐇𝐈𝐑𝐁𝐄𝐑𝐓
FanfictionO que aconteceria se Gilbert fosse para Toronto sem saber dos sentimentos de Anne? E se Anne fosse para o Queens sem saber dos sentimentos de Gilbert? Um salto temporal em que Anne já está formada e atuando como professora da escola de Avonlea, fica...