Sirius Black foi preso injustamente e privado de uma vida plena e feliz ao lado de seu afilhado e do amor da sua vida. Após sua fuga, Sirius percebe que vingança não era sua única motivação, e sim seu amor.
"A perda de Remus me machucava todos os d...
Eu e Remus juntamos nossas coisas em silêncio. A verdade é que eu já tinha me acostumado com a presença dele comigo e sabia que ficaria sozinho por um longo tempo. As tarefas delegadas por Dumbledore nunca foram fáceis.
- Nos vemos em breve? - Perguntei tristemente.
- Claro que sim.
- Promete que vai escrever?
- Outra vez isso, Pads? Eu já falei que prometo... e pare de fazer essa carinha de cachorro pidão. - Disse Remus acariciando meu rosto. Eu sentirei falta desse carinho.
- Até logo, Monny... - Sussurrei entre beijos.
- Até, Sirius.
Eu e Bicuço partimos para nosso novo esconderijo. Dumbledore me confirmou que seria seguro me instalar em uma caverna próxima a Hogsmeade. Logo quando cheguei escrevi para Harry.
Harry,
Mande dizer a data do próximo fim de semana em hogsmeade pela mesma coruja. ______________________________________ Não precisei esperar muito e a coruja trouxe a resposta. "Sem ser esse, o próximo".
Quando Dumbledore me disse que teria um novo esconderijo eu sinceramente pensei que seria um lugar mais decente, me enganei. A caverna era simplesmente horrível, mas precisava focar em ajudar Harry.
Em uma das minhas saídas apanhei um exemplar do Profeta Diário e vi que Harry obteve sucesso em sua segunda tarefa.
- Será que ele precisa mesmo de mim? Esse garoto é brilhante. - Pensei enquanto andava por Hogsmeade em minha forma canina.
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À medida que os dias passavam eu ficava mais magro, mais solitário e mais mal humorado. Permanecer em minha forma canina era a maneira mais confortável de viver, afinal, eu era um cão muito simpático, mesmo assim ainda era muito difícil arranjar comida.
Esteja nos degraus no final da estrada que sai de Hogsmeade (depois da Dervixes & Bangues) às duas horas da tarde de sábado. Traga o máximo de comida que puder.
Quando sábado chegou minha ansiedade estava nas alturas... e a fome também. Cheguei antes do horário combinado e esperei meu afilhado. Como eu previ, Harry não veio sozinho. Estava acompanhado por Rony e Hermione. Recebi o trio aos pulos e lambidas como um cão feliz e os guiei até a trilha que levava a caverna, eu podia farejar a comida na mochila estava faminto.
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- Huum. Galinha - Exclamei, rouco, depois de tirar os exemplares do Profeta Diário da boca e atirá-los ao chão da caverna.
Harry abriu depressa a mochila e me entregou o embrulho de coxas de galinha e pão.
- Obrigado. Quase só tenho comido ratos. Não posso roubar muita comida de Hogsmeade, chamaria muita atenção para mim.
- Que é que está fazendo aqui, Sirius?
- Cumprindo minhas obrigações de padrinho. -Respondi mordendo uma suculenta coxa de galinha. - Não se preocupe comigo, estou fingindo ser um adorável cão vadio. - Disse tentando tranquilizar Harry, mas seu rosto parecia muito sério.
- E se eles pegarem você? E se virem você? - O jovem perguntou preocupado.
- Vocês três, Dumbledore e Lupin são os únicos que sabem que eu sou um animago - Respondi sacudindo os ombros e devorando a galinha. Mas no fundo eu estava achando muito fofo ele se preocupar comigo.
Não tínhamos muito tempo para eu ser um padrinho fofo e atencioso, precisava conversar seriamente com ele sobre os perigos do torneio e as coisas misteriosas que aconteciam fora dos muros de Hogwarts. Harry me contou tudo que aconteceu na copa mundial e eu o contei tudo que sabia sobre Bartô Crouch, seu filho e os comensais da morte.
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- São três e meia - informou Hermione.
- É melhor vocês voltarem para a escola. Agora escutem aqui... - Disse olhando insistentemente para harry - Não quero vocês saindo escondido da escola para me ver, certo? Me mandem bilhetes. Continuo querendo saber de qualquer coisa estranha. Mas não saiam de Hogwarts, seria uma oportunidade ideal para alguém atacá-los.
- Até agora ninguém tentou me atacar, exceto o dragão e uns grindylows. - Disse Harry.
- Não quero saber... Só vou respirar outra vez em paz quando esse torneio acabar. E não esqueçam, se tiverem falando de mim entre vocês, me chamem de snuffles, ok? - Falei devolvendo a garrafa de suco vazia a Harry. - Acompanho vocês até a entrada do povoado.
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Me despedir dos garotos foi triste. No ano anterior eu havia convidado Harry para morar comigo, seríamos uma família novamente, mas a fuga de Pedro estragou nossos planos e eu continuo sendo procurado pelo ministério.
- Teremos que esperar um pouco mais, Harry... mas seremos uma família. - Pensei enquanto subia sozinho de volta para a caverna. De volta a caverna escrevi para Remus. Contei sobre a visita de Harry e sobre tudo que conversamos. Perguntei como ele estava e se estava tendo sucesso em sua missão. Já estava morrendo de saudade do meu Moony.
Alguns dias depois da visita do trio ao meu esconderijo recebi a notícia sobre o que aconteceu a Crouch na floresta proibida na presença de Krum e Harry. Fiquei furioso, depois de tudo que conversamos, depois de todos os cuidados que mandei Harry tomar ele continuava se arriscando. Sei que não sou um bom exemplo, mas, como ele não sabe nem metade do que eu aprontei em meus tempos de escola, talvez obedeça quando levar uma bronca.
Harry, Que brincadeira é essa de sair para a Floresta Proibida com Vítor Krum? Quero que você jure, na volta deste correio, que não vai sair andando com mais ninguém a noite. Há alguém perigosíssimo em Hogwarts. Para mim, está muito claro que esse alguém queria impedir Crouch de ver Dumbledore e você provavelmente esteve a poucos passos dele no escuro. Poderia ter sido morto. Não se exponha e se cuide. Estarei esperando a carta em que dará sua palavra de que não vai mais ultrapassar os limites da escola.
Sirius. _________________________________________ Passei o resto do dia esperando a resposta de Harry.
