Não demorou muito até que Monstro percebesse que a atual árvore de Natal estava enfeitada com antigos, e pequenos objetos, que o elfo afanava.
- Maldito traidor de sangue! Se minha senhora estivesse aqui tudo seria diferente... sem lobisomem, sem mestiços imundos e crianças intrometidas. - Resmungava Monstro, sem notar que estava sendo observado.
- Vejo que gostou da surpresa, Monstro! - Disse Sirius com sarcasmo.
- Aaarg... Senhor... Monstro não gostou nada disso, senhor. - Monstro respondeu baixo, enquanto andava para próximo do quadro de Walburga. - Minha senhora também não vai gostar nem um pouco.
O Elfo se encolheu ao lado do quadro e puxou o tecido que o protegia, fazendo a bruxa da pintura despertar aos berros.
- QUEM OUSA ME TIRAR DO MEU SONO? - Gritou a mulher - SIRIUS, É VOCÊ? SEU TRAIDOR DE SANGUE, MALDITO!!!
Ao ouvir a gritaria no andar de baixo, Remus desceu correndo as escadas pronto para agir. Sirius se juntou a ele para que pudessem cobrir novamente o quadro e ficarem livres dos insultos de Walburga.
- Monstro, seu elfo traiçoeiro, saia da minha frente imediatamente. - Disse Sirius apontando a varinha para o Monstro, que saiu resmungando.
- Você provocou... - disse Lupin com as mãos na cintura e olhar de reprovação.
Os dias foram passando e as reuniões da ordem ficaram frequentes. Mundungo também sempre os visitava levando bebidas e sentando para jogar conversa fora. Sirius achava muito engraçado ouvi-lo contar sobre seus "trabalhos".
O Natal se aproximava e as noites ficavam cada vez mais frias, dessa forma, o casal passa bastante tempo próximo à lareira.Remus estava sempre ocupado com um bom livro e andava de um lado para outro com uma garrafa de whisky de fogo nas mãos.
- Padfoot, deita aqui um pouco, estou congelando, e confesso que não aguento mais te ver de lá pra cá. - Disse Lupin baixando o livro e olhando para Sirius.
- Estava pensando... sabe, eu vou falar com Dumbledore para Harry não voltar para a casa dos Tios. - Sirius começou a falar se sentando no sofá junto ao namorado. - Agora que estamos juntos, não há mais motivos para ele voltar, nós podemos protegê-lo, o que acha?
- Eu acho ótimo, Padfoot... Só... não quero que crie expectativas antes da hora, você fica ansioso e impaciente. Converse com Dumbledore e o escute, sem teimosia, ok?
Sirius revirou os olhos após o conselho de Lupin, mas não retrucou com sarcasmo, como geralmente fazia, apenas concordou e se deitou abraçando o rapaz.
- Hum... Moony, tem outra coisa que eu acredito que devemos conversar. - disse Sirius.
- Tudo bem, vamos conversar, então. - Falou Remus, fechando o livro e guardando na mesinha ao lado.
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12 anos de espera... em AZKABAN.
RomanceSirius Black foi preso injustamente e privado de uma vida plena e feliz ao lado de seu afilhado e do amor da sua vida. Após sua fuga, Sirius percebe que vingança não era sua única motivação, e sim seu amor. "A perda de Remus me machucava todos os d...