Áslan é um jovem que vive em Árret, um planeta distante rodeado de mistérios. Sua vida muda quando um estranho objeto vindo do espaço cai dos céus em seu distrito.
Áslan, Élon, Nóslen e Ámelly junto de todos os pesquisadores, têm a missão de desvend...
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Áslan, Nóslen, Ámelly, Falco, Levy, Yumi e Élon estavam reunidos na sala de reuniões do centro de pesquisas. Élon havia prometido compartilhar sua experiência na Terra, mas pediu que Áslan e os outros relatassem primeiro o que havia acontecido com eles durante a jornada à Terra. Enquanto ouviam atentamente, contaram tudo, desde o momento em que Élon desaparecera até o retorno deles a Árret. De tempos em tempos, o olhar de Élon se dirigia aos terráqueos.
Élon fechou os olhos por um instante, franzindo a testa, tentando conter a emoção ao ouvir as dificuldades enfrentadas por Áslan e seus amigos.
– Eles fizeram isso com vocês? – perguntou Élon com pesar na voz.
– Sim, senhor Élon, fizeram. Se não fossem os meninos... não sei o que teria acontecido com a gente. – respondeu Ámelly, com um nó na garganta.
Élon respirou profundamente e começou a contar sua história, começando pelo momento em que enfrentou a ejeção estelar plasmática que o perseguia.
– Antes de entrar naquele buraco de minhoca, eu estava sendo perseguido por uma gigantesca ejeção estelar plasmática. Eu poderia ter morrido ali, a radiação poderia me matar instantaneamente. Decidi acelerar ao máximo, mas antes que a ejeção me alcançasse, vi algumas partículas da ejeção de massa coronal interagirem com o objeto, e foi nesse momento que mergulhei em um turbilhão.
Élon continuou sua narrativa:
– Em questão de momentos, eu estava do outro lado, são e salvo, de forma misteriosa. Tentei enviar várias mensagens para Árret, mas não obtive resposta. Voltei para o outro lado do buraco de minhoca para tentar enviar sinais, mas nada também. Cheguei a considerar a possibilidade de a estrela ter destruído todos em Árret com sua ejeção, mas isso era impossível, pois o campo magnético teria protegido a todos perfeitamente. Algo estava errado.
Ele prosseguiu:
– Decidi então usar a gravidade de Netuno para economizar combustível. Aquele planeta é verdadeiramente magnífico, com sua beleza azul e anéis impressionantes. Me apaixonei por Netuno e suas luas. E admito que, de certa forma, a Terra é ainda mais bonita do que Árret, embora de maneira diferente. Desta forma demorei 2 semanas para chegar à Terra, a fim de salvar combustível.
– Poderia ter feito o mesmo né, Áslan. – disse Ámelly interrompendo a fala do Élon.
– O mesmo? Quem aguentaria ficar duas semanas presos com o Nóslen?
– E qual é o problema? Eu que não queria ficar segurando vela pra vocês dois por duas semanas!
– Meninos, foco! – repreendeu Élon antes de continuar.
– Foi no Japão que a minha extraordinária aventura começou. Eu estava na Terra, o berço da humanidade, e local que por muito tempo sonhávamos em visitar. Aterrissei e escondi a minha nave em uma floresta e me pus a explorar as ruas da cidade. Fiquei maravilhado com tudo o que vi: as casas elegantes, os detalhes caprichados, os semáforos inteligentes, o som vibrante do ambiente. Havia lugares mais tranquilos e outros mais agitados. Era muito diferente de Árret, mais... tecnológico! Enfim, as árvores, o céu, as nuvens... confesso que me apaixonei por esse planeta! Mas algo me intrigava: eu entendia tudo o que estava escrito ali. Era um pouco diferente, mas eu entendia a maioria das coisas. No chão, que por sinal era preto, havia sempre nas esquinas, antes de uma faixa branca, a palavra: 止まれ (TOMARE– Pare). Resolvi então falar com uma pessoa para perguntar as horas. E para meu espanto ela me entendeu e respondeu: 8時です! (Hachi-ji desu! – 8 horas da manhã). Fiquei imediatamente surpreso e muito admirado com isso, mas me contive. No fundo eu sabia que nós éramos terráqueos; agradeci e saí.