A Bailarina e o Militar

41 - Ela

Não me compares. Não sou como esta, não sou como aquela, não sou como ninguém, apenas eu própria.

Não desconfies da maldade onde não há, apenas aceita o que te ofereço.

Acredita é imperdoável que condiciones a nossa própria felicidade á conta de "água passadas", porque essas "não movem moinhos".

Acredita não és o único, verás em mim um "motor com peças partidas", as mil e uma feridas que o amor me deixou. Não sou masoquista por querer tentar novamente, porque ao teu lado não quero discutir, só conversar, ao teu lado quero a verdadeira paz.

Temos todo o tempo do mundo, podemos deixar para trás o passado, olha-lo sem rancor. Podemo-nos olhar ao espelho e ver o nosso reflexo sem medo, ver o que restou de cada um de nós, ver o que temos, o que construímos e o que ainda podemos construir á base da sinceridade.

Estou pronta para te mostrar o quanto eu te amo, deixar-te sem palavras, embora anseie pelo teu coração.

Não há como me comparares porque, existo para ti.

Eu sou a alma e tu o ar.

Tu és o céu e eu as estrelas.

Eu sou o coração e tu o sangue.

Tu és a areia e eu o mar.

Não há comparação, há que aceitar o que vive no coração.

Irrita-me esses teus vais e vens, podes e não podes. Irrita-me que digas que saíste de uma e tão cedo não queres outra. Não me compares a ninguém. Temos todo o tempo do mundo, mas, não pretendo gasta-lo só a tentar convencer-te disso.