64 - Ele

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Às vezes a realidade abre do nada, os meus olhos e sinto o peso de tudo em mim.

Sinto o peso de quase ter acreditado que seria simples e poderíamos ficar juntos e de te ter feito acreditar nisso.

Às vezes vejo o quanto és maravilhosa, ás vezes assusto-me com a intensidade que vejo em ti, intensidade essa que existe em poucas pessoas e sinto que nunca te vou conseguir retribuir o mesmo.

Infelizmente não foste a única arquiteta desta história, infelizmente em certos momentos forneci-te todos os materiais que necessitavas para tal.

Espero que saibas que não amaste sozinha. Foste sim a única corajosa que esteve disposta a demonstra-lo.

Eu mostrei-te o amor nos meus olhos, na minha boca, mas essas demonstrações físicas raramente são suficientes.

Desculpa se fui o sol que não brilhou, se não fui o golo nos últimos segundos de jogo, se te fiz acreditar que serias feliz comigo. Desculpa. 

A Bailarina e o MilitarOnde histórias criam vida. Descubra agora