da confiança à permanência

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Marinette começara seus trabalhos na Agreste, dedicando-se a trazer novidades para a empresa. Trabalhou em seus designes com todas as técnicas apreendidas em Nova Iorque — além das suas experiências na faculdade e com outros estilistas — e investiu em uma identidade. Não a de Gabriel, nem a de Audrey. Ela queria algo único, algo dela e da Nova Era da Agreste.

Adrien apoiava tudo o que Marinette decidia e estava totalmente de acordo com as mudanças que ela queria trazer para a empresa. Por outro lado, Felix não gostou muito. Segundo ele, já estavam se afundando demais para arriscar a marca assim. 

— A Mari tem a própria marca. Só estamos financiando os trabalhos dela — disse Adrien, em uma discussão com o primo.

Realmente, tudo o que a mestiça produzia era no nome dela. A Agreste era seu local de trabalho, seu emprego fixo, sua parceira de negócios. Foi o que Adrien propôs desde o começo e, é claro, ela aceitou. Além de precisar se manter em Paris, ter um trabalho estável era necessário para os futuros ataques de akuma.

No primeiro dia de trabalho, não muito depois dela retornar à Paris, foi para a sala destinada para ela e explorou o lugar. A decoração estava impecável. Tudo tinha a cara dela. Desde a luminária em formato de árvore, até a cor clara das paredes. 

Sentou em sua cadeira, desfrutando do estofado da mesma. "Muito aconchegante", pensou.

— O que você achou da sua sala? — Ouviu alguém perguntar. Olhou na direção, vendo Adrien encostado na porta aberta.

— Está perfeita! Eu adorei! Foi você quem planejou?

— Claro! Eu te conheço mais do que ninguém. — Aproximou-se dela, com um sorriso. — Nesses meses em que você esteve fora, esta sala foi uma das coisas em que eu mais me ocupei.

— Você me deixa tão rendida... Eu te amo — falou, levantando-se para beijá-lo.

— E eu te amo mais — disse, depois de um beijo, dando-a outro.

Algumas semanas se passaram depois desse dia e, então, Marinette terminou sua primeira coleção. Era uma ideia que ela tinha desde a faculdade e começou a trabalhar nela, quando foi à Nova Iorque, tendo a opinião e sugestão de vários estilistas. Na visão deles, aquela obra seria um sucesso e Marinette estava apostando nela.

No dia da exposição, a mestiça estava muito ansiosa. Suas peças seriam desfiladas por modelos profissionais e famosas. Adrien estava investindo muito na campanha, o que a deixou ainda mais agitada. Ela pediu para ele segurar um pouco, pois a empresa não estava com ótimas condições, mas o loiro disse que tinha certeza que a recepção da coleção seria perfeita. Ele estava com razão.

O desfile foi um sucesso. Todas as revistas falavam disso. A manchete mais utilizada era "A reafirmação da antiga Gabriel" ou "Marinette Dupain-Cheng, a nova revelação do mundo da moda". Adrien estava intensamente orgulhoso da sua namorada. Ele estava apostando muito nela e sabia que o potencial da mesma era alto.

— Amor, eu tô tão feliz! — disse ela, aos pulinhos, enquanto via seu nome na capa de uma das revistas mais famosas de Paris. — A Audrey até me ligou para me parabenizar. Estão falando de mim até em Nova Iorque.

Adrien sorriu, enfeitiçado pela alegria da azulada. Levantou da cadeira giratória e deu a volta na mesa, pondo-se à frente da mestiça. Ela o olhou, ainda imersa naquela emoção.

— Eu te falei que seria um sucesso, não falei? — Tocou o rosto dela, fazendo uma carícia com seu polegar.

— Não tinha como saber...

— Eu sabia. — Aproximou seu rosto do dela para beijá-la.

— MARINETTE! MARINETTE! — disse Rose, adentrando a sala rapidamente, com um telefone na mão. — MENINA, ESTÃO TE CONVIDANDO PARA UMA ENTREVISTA INTERNACIONAL!

FutureWhere stories live. Discover now