Capítulo 21

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Reece Carter narrando

– Onde diabos está Nárnia?

Os meninos riram, claramente se divertindo com o estado temporário de Chloe enquanto eu deixava escapar algo como uma risada e um suspiro.

– Chloe, por favor, saia do meu armário.

Momentos depois, sua cabeça saltou para fora das portas do armário e ela saltou pelo quarto antes de cair na minha cama. Ainda deitada de costas, ela ergueu os braços e as pernas no ar, fascinada pelo fato de ter dedos enquanto os movia com admiração.

–  Uau. – Ela respirou. – Isso é tão legal.

Os lábios de Valentino formaram um largo sorriso.

– Isso é tão divertido.
– Conte-me sobre isso. – Jake concordou antes de se virar para mim. – Ei, mano, sobrou mais brownies?

Eu balancei minha cabeça em decepção.

– Ah cara, ela nem deixou migalhas.

De repente, um baque forte nos fez trazer nossa atenção de volta para Chloe, que agora estava sentada no chão, rindo. Confusa, mas entretida, levantei uma sobrancelha.

– Você acabou de cair da minha cama?

Chloe olhou para mim como se eu estivesse perdendo o quadro geral.

– Nããão, eu ataquei o chão.
– Para trás?
– Eu sou loucamente talentosa!

Como sempre, a risada de Valentino se destacou como a mais alta.

– Ela é hilária pra caralho!

Dennis, sendo o boneco que é, ofereceu a mão a Chloe e ajudou-a a se levantar. Quando Chloe conseguiu se equilibrar, ela agradeceu por ser um cavalheiro antes de dar um beijo em sua bochecha. Vimos o rosto inteiro de Dennis ficar vermelho apenas alguns segundos depois.

– Aww! – Chloe admirou. – Você fica tão fofo quando fica vermelho, Dennis!

Dennis, que acabara de ficar ainda mais vermelho com o comentário dela, coçou a nuca e olhou para o chão enquanto ríamos dele.

– Puxa. Obrigado, Chloe.

Obviamente alheia ao fato de que Dennis estava sendo sarcástico, Chloe abriu um largo sorriso enquanto pulava de empolgação.

– De nada, tchau!

Então ela começou a pular em direção à porta, foi quando eu estendi a mão e a agarrei pelo pulso, antes de girá-la em minha direção. Sentindo-se tonta, ela trouxe a outra mão que estava livre e me segurou.

– E onde você pensa que está indo? – Eu sorri, ignorando a forte sensação de déjà vu, sabendo que o jeito que eu a estava segurando agora era um pouco familiar na primeira vez que nos conhecemos, quando invadimos a escola, apenas para descobrir que ela estava trancada.

Quando seus olhos castanhos claros pousaram nos meus, ela se agarrou a uma mistura de confusão e fascínio.

– Você tem olhos muito bonitos. – Ela sussurrou, encantada e hipnotizada.

Você também. Eu pensei
Em vez disso, pisquei para ela.

– Eu sei.

Por um momento, nós apenas ficamos lá, sorrindo como idiotas... antes que ela se afastasse do meu peito e corresse escada abaixo.

– Ei! – Eu gritei atrás dela. – Aonde você vai?

Do fundo da escada, ela olhou para cima e me lançou um olhar inocente. 

O Bad Boy, O Cupido e Eu.Onde histórias criam vida. Descubra agora