04 |• a baby's on the way.

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(Desculpa por qualquer erro, revisei duas vezes mas algum ainda pode escapar).

Aquilo não era normal. Já faziam duas semanas de que as náuseas de Harry começaram, e não pararam até então.

Sabia que não estava doente, não havia tido nenhum outro sintoma que indicasse isso.

E a única possibilidade restante o preocupava.

Não era a primeira vez que ele cogitava estar esperando um bebê, mas algo dessa vez fazia ele crer que realmente estava.

Olhou para o teste de gravidez que comprara há alguns minutos, apreensivo, enquanto mordia o lábio inferior.

Só tinha um jeito de descobrir.

[...]

Os cinco minutos pareciam durar cinco horas. Harry andava de um lado para o outro no corredor, roendo as unhas por conta do nervosismo.

Respirou fundo antes de entrar no banheiro novamente, e encarou seu próprio reflexo no espelho antes de abaixar a cabeça e olhar em cima da pia.

Harry estava atônito. Não conseguia tirar os olhos dos dois risquinhos escuros.

Louis ficaria uma fera. Ele já não tem tempo nem para o marido, quem dirá para uma criança.

Harry sabia que logo começaria a sentir náuseas, por isso teve que se sentar no chão gelado para não correr o risco de cair.

Inconscientemente, levou a mão até a barriga, acariciando a região.

Ouviu seu celular tocar em cima da pia. Atendeu mesmo sem ver o chamador.

— Alô?

— Oi, amor — a voz de Louis soou levemente robótica do outro lado da linha.

Foi aí que Harry lembrou que já eram 15:30 e a última aula do dia havia acabado. Logo Louis estaria em casa.

— Oi...

— Está tudo bem? Você parece cansado.

— Tudo bem, sim. Eu só estou um pouco enjoado.

— Quer que eu vá para casa? Eu ia ficar mais um tempo aqui na escola para corrigir umas provas, mas eu posso corrigir elas em casa...

— Não, fica aí, não quero te atrapalhar.

— Você não vai me atrapalhar — Harry conseguiu ouvir Louis guardando vários papéis em uma pasta — Chego em quinze minutos.

Sentiu o estômago revirar e o gosto ácido da bile na garganta. De novo.

Jogou o celular na pia novamente e se curvou no vaso sanitário, colocando tudo o que havia comido no almoço para fora.

— Amor? Harry? — Louis ouviu os barulhos distantes — Eu estou indo para casa, daqui a pouco eu chego.

A descarga foi acionada e Harry se escorou na porta de correr do box de vidro.

Queria chorar, gritar até que ficasse sem fôlego. Por que aquilo tinha que estar acontecendo justo agora?

Nunca havia feito nada sem planejamento, odiava a possibilidade das coisas saírem do seu controle. A pior parte é que ele não havia simplesmente feito algo.

Tinha feito alguém.

[...]

— Harry, cheguei! — ouviu Louis batendo a porta de entrada e subindo as escadas rapidamente.

the stars in your eyes | l.s. mpregOnde as histórias ganham vida. Descobre agora