26 |• you're not alone.

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O tanto de views— não sei nem o que dizer :)
(Leiam as notas finais!!)

O mundo parecia ter parado naquela tarde.

Louis estava quase abrindo um buraco no chão de tanto que havia andado de um lado para o outro.

Umas três enfermeiras haviam passado por ali e o aconselharam, dizendo frases genéricas como "vai ficar tudo bem" ou "não se preocupe", e até mesmo "se acalme".

Como Louis conseguiria se acalmar agora?

Foi tirado da sala à força, e a última visão que teve foi a sua filha sendo levada para longe e seu marido insconsciente, enquanto tinha um hemorragia e não estava respirando.

Tudo estava maravilhosamente bem.

Ele tinha certeza de que não conseguiria superar se algo acontecesse com um deles, mas se acontecesse com os dois, seria o fim dos tempos.

Esperou por vários e vários minutos, até já havia tirado a vestimenta que antes usava, estando somente com suas roupas normais agora.

Louis estava chorando por dentro, o tipo de choro que dói o dobro e nenhuma lágrima escorre.

Até porque, ele provavelmente estava desidratado de tantas lágrimas que secou.

Até que após uma hora completa, ele sentiu sua pressão descer, o que o fez sentar na cadeira mais próxima.

Sentia que poderia desmaiar a qualquer segundo, sua visão turva e cada vez mais escura, seu coração batendo cada vez mais rápido, e ficava cada vez mais difícil de respirar.

Porém logo passou. Ele continuou olhando para o teto, sentado, até que tivesse certeza de que não apagaria de repente.

E foi bem nessa hora que trouxeram notícias.

Louis correu na direção do médico que passou pela porta. Só ele estava na sala de espera, então o doutor não estava lá atrás de outra pessoa.

O atropelou com as perguntas, e falava tão rápido que era impossível distinguir as palavras.

— Por favor, Sr. Tomlinson, deixe eu falar — Louis se calou, ofegante — Harry vai ficar bem, não precisa se preocupar. Conseguiram conter a hemorragia, e a ressuscitação foi bem-sucedida, está tudo bem.

Abriu um sorriso de conforto, mas Louis não se sentiu tão confortado assim.

— E a minha filha?

O sorriso do doutor se desmanchou, e ele mordeu o lábio inferior.

— E então?

— É meio complicado... Talvez seja melhor o senhor se sentar.

O desespero de Louis cresceu mais ainda, temendo pelo pior.

Mas não, ele estava errado. Esperava do fundo do seu coração que estivesse errado.

— Ela está em um estado delicado... O pediatra está de olho, mas uma recaída pode acontecer a qualquer minuto — Louis respirou fundo e passou as mãos pelo cabelo — Ela ainda não consegue respirar sozinha, então há um aparelho que está ajudando nisso, e ela também vai precisar ficar por uns dias na UTI.

Louis assentiu, sentindo seus olhos começarem a arder e lágrimas grossas molharem suas bochechas.

— Eu posso ver ela?

Algo dentro de Louis dizia que o doutor não poderia levá-lo até lá, mas o fez mesmo assim.

— Claro, venha comigo.

the stars in your eyes | l.s. mpregOnde as histórias ganham vida. Descobre agora