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Capítulo 11

Tate

Acordei no dia seguinte com um peso enorme da cabeça. Pelo canto do olho vi o corpo nu da Madison ao meu lado e cocei os olhos para tentar acordar. Não me lembrava de nada quase.

Sabia apenas que depois de ter deixado a -

Mal o nome da Violet me surgiu, levantei-me abruptamente da cama e vesti a minha roupa à pressa. Depois de ter encontrado a Madison na escola fomos beber e o resto era uma incógnita. Acabei por adormecer provavelmente e deixei a Violet na porcaria da fonte a noite toda.

– Tate... Onde vais?

Ignorei-a e continuei a vestir-me à pressa. Tinha que a tirar de lá antes que algo de mal lhe acontecesse. Não me ia perdoar se ela se magoasse a sério.

– Ronda 2? – Ela riu, embrulhado-se no lençol e colocando-se à minha frente.

– Sai-me da frente, Madison.

Corri pelas escadas abaixo, ouvindo a minha mãe reclamar comigo ao fundo do corredor. Mal a ouvi, apenas corri pela rua fora em pânico. Eu precisava de a tirar dali.

Quando cheguei ao portão, fiquei desesperado ao ver a ambulância parada no recreio e o aglomerado de pessoas à volta da fonte.

Corri para lá, empurrando várias pessoas pelo caminho. Por fim, vi a Violet pálida com os lábios roxos deitada numa maca a tremer de frio e embrulhada em mantas.

– Violet... – Murmurei.

Violet

A noite foi longa e um verdadeiro pesadelo para mim. Nem sabia ao certo há quanto tempo estava ali, mas quase não sentia o meu corpo e, após tentar durante horas tentar sair do aperto dos fios, desisti e deixei-me ir.

Só me lembro de ver o Michael chegar perto de mim e depois fui colocada numa maca.

– Violet... – Pelo canto do olho vi o Tate chegar perto de mim e senti algumas lágrimas escorrerem e a raiva subir pelo meu corpo.

– Eu vou com ela para o hospital. Ben, segue a ambulância com o carro. – Ouvi a voz aflita da minha mãe, mas eu estava tão cansada que nem me preocupei em a procurar.

Desisti de lutar contra o cansaço e deixei que os meus olhos se fechassem.

Michael

Cheguei à escola mais cedo naquele dia. A Violet não me tinha contado nada, mas eu sabia que ela tinha ido buscar o saco de droga do Tate. Ela queria protegê-lo. Que porcaria.

Eu queria que ele fosse ao fundo. E por isso retirei-lhe o saco sem que ela visse e fui mais cedo para a escola para o colocar novamente no cacifo dele. Ele ia cair, e eu ia ficar com a Violet.

Depois de ter arrumado novamente a droga no cacifo dele, fui dar uma volta ao pátio e vi que estava alguém dentro da fonte. Desesperei-me ao ver que era a Violet.

[...]

A Violet foi de ambulância no hospital e eu fiquei no pátio da escola juntamente com o diretor e com mais alguns alunos. Entre eles o Tate.

Mal o vi senti a raiva percorrer o meu corpo e corri na direção dele, dando-lhe um empurrão que o atirou para o chão.

– Seu canalha! – Berrei, dando-lhe um soco.

Ao contrário do que eu estava à espera, ele não retaliou. Agiu como se soubesse que a culpa era dele e desistiu, deixando que eu o socasse. Melhor assim, eu adorei ver o nariz dele cheio de sangue.

– Michael! – Alguém me agarrou pelos braços, fazendo-me afastar do Tate. Ele gemeu de dor, levantando-se a custo do chão.

– Agora não é altura para serem infantis! – Ralhou o diretor. – Temos que descobrir quem fez isto!

– Quer um culpado? – Soltei-me e voltei para o lado do Tate, empurrando-o para perto do diretor. Mais uma vez ele deixou-se levar. – Aqui está. Tate Langdon.

O diretor franziu a testa.

– Não podes fazer uma acusação dessas! Temos que falar com a Violet primeiro. Ela melhor que ninguém pode dizer quem lhe fez esta monstruosidade.

– Não precisa. – Olhei confuso para o Tate, que falava de cabeça baixa enquanto limpava o sangue do nariz à manga da camisola. – O Michael está certo. Fui eu. Mas eu não lhe queria fazer mal.

Ergui uma sobrancelha, fitando-o. Não estava a perceber onde é que ele queria chegar. Mas ele não ia bancar o bonzinho.

O diretor olhou-o boqueaberto e eu ri.

– Aproveite, senhor diretor, e passe no cacifo do Tate. Vai ter uma bela surpresa ao ver o que é que o famoso capitão da equipa de rugby anda a tomar.

O diretor agarrou o Tate pelo braço, levando-o com ele para o escritório. Eu sorri vitorioso, caminhando para o pai da Violet, que assistia à cena igualmente boqueaberto.

– Sr. Harmon, obrigado por ter esperado por mim. Dá-me boleia para o hospital? – Forcei o meu melhor sorriso simpático.

– Claro. Mas depois vou falar com aquele miúdo.

Reprimi mais um sorriso vitorioso em frente ao pai da Violet. Finalmente as coisas estavam a correr bem para o meu lado.

Toxic - Tate LangdonOnde histórias criam vida. Descubra agora