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Kol Mikaelson

Paralisei. Minha boca abria e fechava várias vezes, mas nenhum som era emitido.

—E então?—Hellen questionou novamente com um sorriso e segurei as mãos dela fechando a caixinha.

Que merda, não pode ser assim!

—Hellen, eu...—Fiquei meio hesitante e respirei fundo tomando coragem para falar.—Você é uma garota incrível, eu te amo mais que tudo nesse mundo.

—Mas?—Ela perguntou e a decepção já era aparente em seus olhos.

—Mas a gente não pode insistir no mesmo erro.—Segurei a mão livre dela e acariciei o dorso com o polegar.—Já tentamos isso uma vez e não deu certo, mentir pro meu irmão não vai levar a lugar nenhum.

—Eu também não queria que fosse assim, Kol!—Hellen já tinha lágrimas nos olhos.—Mas o que acha que Klaus vai fazer se contarmos à ele?!

—Eu não sei, mas eu não quero viver à base de mentiras!—Soltei frustrado e ela respirou fundo.

—Isso não vai acontecer, não posso contar pro Klaus, não agora que estamos recuperando nossa relação de pai e filha.—Hellen disse decidida e respirei fundo.

—Eu sinto muito, mas se você não está preparada para assumir um relacionamento acho melhor darmos um tempo.—Falei e senti o olhar de tristeza de Hellen cair sobre mim.

—Você não pode tá falando sério.—Ela balançou a cabeça negando com os olhos cheios de lágrimas e segurou meu braço, mas o soltou desistindo de insistir.—Está bem, se é o que você quer.

—Eu não queria isso, mas enquanto você não estiver pronta pra ser sincera não dá pra continuarmos juntos...—A afastei pelos ombros delicadamente e peguei minhas roupas me vestindo em velocidade vampírica.

Olhei mais uma vez para ela e saí em velocidade vampírica sem me importar onde iria parar.

Eu sou um filho da mãe, um babaca ridículo, mas eu me cansei de fazer tudo às escondidas. Se Hellen realmente me ama vai entender que eu só quero fazer as coisas do jeito certo.

Hellen

Peguei a garrafa de vinho, que era o que estava mais perto de mim, e arremessei contra a lareira gritando para liberar minha raiva.

—Eu não acredito, como eu fui burra! BURRA!—Passei minhas mãos por meu rosto coberto por lágrimas e peguei meu vestido do chão para me vestir.—Aquele idiota! Imbecil! Bipolar!—Reclamei enquanto me vestia sentindo a raiva me invadir e meus olhos transbordarem.

Eu não acredito que ele fez isso comigo...

Deixei as lágrimas caírem e agarrei o cobertor para abafar meu choro.

Porra, Kol! Por que você tinha que querer honestidade justo agora?? Nunca se importou em fazer tudo sem que os outros soubessem!

Me apressei para arrumar toda aquela bagunça, todo o trabalho jogado no lixo.

Me aconcheguei na cama de Stefan vestindo uma camiseta larga do mesmo, de jeito nenhum eu voltaria para casa hoje

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Me aconcheguei na cama de Stefan vestindo uma camiseta larga do mesmo, de jeito nenhum eu voltaria para casa hoje.

Abracei um travesseiro sentindo o perfume do único que sabia me acalmar nesses momentos de desespero, Stefan, meu melhor amigo. É como se ele estivesse ali comigo, me abraçando e me dizendo que tudo ia ficar bem.

Fechei meus olhos tentando dormir, mas as palavras de Kol rondavam minha mente me impedindo de descansar.

"Acho melhor darmos um tempo"

"Já tentamos isso uma vez e não deu certo"

"a gente não pode insistir no mesmo erro"

A voz dele não parava de borbulhar em minha cabeça. Rolava na cama de um lado para o outro, essa seria uma noite longa.

Abri meus olhos reconhecendo o lugar e percebi que ainda estava na mansão Salvatore

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Abri meus olhos reconhecendo o lugar e percebi que ainda estava na mansão Salvatore.

Pelo jeito não foi tudo um pesadelo.

Me levantei preguiçosa e me arrastei até o andar de baixo para comer algo.

Me abaixei para pegar a caixa de cereal no armário da cozinha e quando me levantei levei um susto ao dar de cara com Matt, Caroline e Tyler.

—Bom dia, pessoal.—Foi a primeira coisa que veio em minha mente e despejei o cereal numa vasilha.—O que estão fazendo aqui?

—Precisamos que peça algo para Klaus.—Matt disse e andei até a geladeira pegando a garrafa de leite.

—Caroline pode fazer isso, o que quer que seja, Klaus vai entregar tudo o que ela pedir.—Falei indiferente despejando o leite na vasilha enquanto Tyler olhava desconfortável para a loira com um tom julgador.

—É a espada, ele nunca vai nos entregar ela!—Ty disse pessimista e peguei uma colher colocando a vasilha sobre a mesa.

—Por favor, se Caroline pedir pra dar a pata ele dá!—Falei sarcástica dando uma colherada no cereal e comendo.

—Bem, que seja!—Tyler soltou irritado.—O que importa é que vamos conseguir essa maldita espada.

—Correção, eu vou conseguir essa espada.—Caroline saiu apressada e Ty a seguiu como um cachorrinho.

Segui comendo meu cereal e foi aí que percebi que Donovan ainda estava ali. Ergui meus olhos para ele que tinha um sorriso preocupado no rosto.

—O que foi?—Questionei e ele se apoiou na mesa.

—Você tá bem?—Matt franziu o cenho me encarando.

—Claro, por que não estaria?—Menti dando o sorriso mais convincente possível.

Claro que não, destruída é a palavra certa?

—Não precisa mentir, somos amigos.—Ele deu um sorriso reconfortante e devolvi um agradecido.—É visível que estava chorando, seus olhos estão inchados.

—Droga...—Murmurei os esfregando e me dei por vencida.—Está bem, eu passei a noite chorando.

—Quer conversar?—Ele se sentou ao meu lado.—Por pra fora ajuda.

—Você não precisa ajudar seus amigos?—Perguntei e ele riu negando.

—Eles sabem se virar sem mim.—Matt deu de ombros e me encarou.—Se não quiser falar tudo bem, mas eu posso ficar aqui pra você.

—Obrigado.—Sorri o abraçando de lado.—Sério Donovan, você é um bom amigo.

—Pode contar comigo pro que precisar, Hellen.—Ele disse enquanto nos separávamos e voltou sua atenção para as próprias mãos.—Esse mundo sobrenatural já é uma loucura, fica bem mais difícil se não tiver alguém pra contar sempre que precisa.

—Saiba que eu também estou aqui pra você, Donovan.—Falei terminando de comer o cereal e me levantei levando a vasilha até a pia.

—Eu não preciso saber dos seus problemas, só me diga, que tal uma tarde com muito sorvete e filmes pra afogar as mágoas e sair dessa bad?—Ele sugeriu e olhei animada em sua direção.

—Acho super válida, Donovan.—Sorri.—Eu preciso mesmo me distrair.

meu original;  kol mikaelson Where stories live. Discover now