𓍢 outra vida ❪ jean kirstein ❫

𝖿𝗂𝗋𝗌𝗍 𝖾𝗇𝗍𝗋𝗒

❪ CAPÍTULO UM! ❫
❛ 'Cause I can't make you
love me... if you don't ❜

Naquele dia tudo aconteceu como de costume, a forte luz do sol iluminava todo o quartel-general, enquanto alguns recrutas faziam rondas, assim como qualquer outro dia.

O calor da manhã acalmava você de suas preocupações e medos, o que fez seu rosto relaxar e um sorriso suave aparecer; A brisa leve fez seu corpo se sentir renovado e sua mente quietar-se por um instante.

- (Nome)! - Jean e Connie gritaram em uníssono.

- Oh! Hey. - você sorriu levemente e acenou de volta com entusiasmo.

Você sempre adorou a energia dos rapazes, talvez por isso tenha se aproximado primeiro deles antes de qualquer um. Mas, você não esperava que todo seu laço de amizade mudasse tão de repente.

Jean sorria, com um brilho enfeitando sua face, aquele que você sempre esperava ver, mesmo que fosse sumir e ele logo começasse a reclamar do trabalho pesado, era sempre bom estar ao seu lado.

Seu espírito de família, seu cuidado especial, a maneira que ele sempre falava palavras doces de sua mãe, e mesmo estressado após o trabalho duro, o rapaz nunca negligenciou o cuidado dos seus amigos, Jean nunca mudava em nada. Todas suas qualidades somadas as condutas duvidosas, fez você entrar em um estado de euforia e conforto, sentindo um incêndio arder até seu coração estar em cinzas.

Você não conseguia explicar, mas sempre que ele estava perto, você entrava em uma epifania romântica e dolorosa, sem saber o que faria a seguir.

Você então foi arrancada de seus pensamentos, quando Jean levou a mão até sua testa, não dando tempo suficiente para você se afastar.

- Você está bem? Seu rosto está quente e vermelho. - você apenas acenou rapidamente com a cabeça enquanto sentia uma dor aguda tomar seu estômago.

- Nós vamos comer em um restaurante aqui perto, você vem? - Ele anunciou.

- Eu adoraria. - a ansiedade e o nervosismo corriam por suas veias, quase a deixando sem forças para ficar em pé.

- A propósito, Eren perdeu uma aposta então ele vai bancar. Ou seja, comida de graça! - Connie anunciou empolgado, dando alguns pulinhos de felicidade.

Você se despediu com um aceno, sem dizer uma única palavra, pois sua garganta ardia e seus olhos estavam prestes a se transforma em uma cachoeira incessante. Seu coração errou algumas batidas quando você já estava correndo para longe.

Você parou de correr quando já estava no pátio vazio, sua garganta pareceu doer mais e mais no momento em que você começou a tossir, com as pétalas escapando de seus lábios e caindo sobre suas mãos.

Era um sentimento de desconforto, alojado junto a solidão em seu peito, mas era assim que o amor era, às vezes machuca.

Você sentia seu rosto esquentar, a sensação da mão dele em sua testa ainda a deixava tonta, perdida no pensamento de que ele a tocasse tão casualmente outra vez, poderia se confessar sem medo, seria capaz de anunciar o que sente sem qualquer incerteza.

Você sorriu, admirando a cor das pétalas em suas mãos, misturadas com sangue em um tom dramático e gótico. O fraco perfume das rosas a alegrou, e por fim você caminhou para as derramar em uma caixa de lixo.