𝗇𝗂𝗇𝗍𝗁 𝖾𝗇𝗍𝗋𝗒

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CAPÍTULO NOVE! ❫
❛ In other words please, be true
In other words I love you❜

Há algum tempo, o rapaz percebeu você agindo de maneira estranha, já fazia alguns dias que ele tinha notado a sua mudança de comportamento, todavia, Jean não quis perguntar ou parecer preocupado. Em sua cabeça, ele pensou que seria invasivo e que você se sentiria desconfortável com a intromissão, porém agora, vendo-a assim, era impossível esconder suas preocupações, ele era incapaz de fingir estar tudo bem.

— Vão vocês! Eu vou levá-la de volta, ela não vai conseguir nem ao menos montar  nesse estado. — Jean estava ficando um pouco impaciente agora, e irritado com toda aquela agitação.

Você sentiu sua ansiedade quando ele a ergueu com as mãos trêmulas.

— Você é um verdadeiro cavalheiro. — você segurou em seus ombros e sorriu fracamente.

Jean estava nervoso e sorriu quase agradecendo o comentário, porém preferiu beijar a parte superior de sua cabeça em agradecimento ao elogio. Os lábios do rapaz eram suaves e quentes como se todo seu calor corporal fosse transmitido por aquela pequena área e seu toque era acolhedor como um convite do céu.

Você nunca se sentiu tão destroçado em toda a sua vida, mesmo que seja apenas um simples beijo.

Ele não sabia os efeitos que isso tinha e o quão fatal aquele beijo era para você, por isso o fez, e então seu peito doeu mais e mais com cada ato feito pelo homem.

Era um fato que você estava doente, em um estado terminal sendo mais precisa, e Jean não fazia ideia da tamanha tortura que ele infligia em você com suas ações. Na verdade, não havia como ninguém saber que os efeitos da doença eram muito imprevisíveis para você, e que mesmo um simples beijo iria afetá-la de formas inimagináveis.

Você nunca percebeu o cheiro suave que ele exalava, ou como acolhedores seus braços eram quando eles se envolveram em torno de você em uma prisão quente de amor, nunca percebeu como ele parecia queima-la de paixão quando prendia você como se estivesse com medo de deixá-la cair, apertado e próximo. Você nunca pode notar nada disso antes, e mesmo agora não tinha a chance de desfrutar essas sensações.

Você ficou em silêncio e tentou refletir sobre esse novo sentimento que nasceu dentro de você. Na verdade, não havia nada de novo sobre isso, você conhecia esse sentimento, pelo menos você tinha se acostumado a ele desde o momento em que você começou a se tornar parte de toda essa bagunça, uma que você esperava que resolvesse sozinha, mas não sabia como seria possível.

Sem pensar você repousa a cabeça contra o ombro de Jean e descansa os olhos por um momento. Era um erro terrível, você sabia muito bem, todavia seu coração já estava sobrecarregado por muito tempo, seu amor se cansará de se esconder atrás das grades de seu peito e agora escorregava em forma de flores por seus lábios.

Você se esforçou, doía, mas você tentou, e pela primeira vez em dias você sorriu deixando uma gargalhada ecoar de seus lábios, enquanto uma lágrima de felicidade escorria de seus olhos.

A emoção do amor transformou seus ossos em poemas e seu sangue em canções, tudo que você sempre almejou o amor de livros era agora o que você tinha.

— Jean… — Você perdeu um suspiro, quando o brilho em seus olhos de repente desapareceu. — Eu não amaria outra pessoa no mundo pode ter certeza.

Lesões podem curar, mas um sentimento unilateral pode levar a uma morte lenta, e a dor de não ser correspondido é uma eterna agonia, uma vez desabafou Reiner. Bem, ele estava certo outra vez.

Isso é como o amor é. O amor fica entre os de paixão ardentes e os loucos de amor, mas nunca, jamais se encontra naquele que não foi amado de volta.

Jean Kirstein o notório soldado de cabelos castanhos, foi seu primeiro amor e o último, seu sorriso a fez se apaixonar por ele, e suas últimas palavras salvaram sua alma.

— Eu também não. — Kirstein sorriu ao falar com a voz embargada. Havia algo em seus olhos, que fez você sentir de maneira intensa a dor de suas falas.

A voz dele foi ouvida por você como um pequeno tintilar de um sino distante que é balançado pela brisa suave no topo de uma montanha. O som era perfeito em sua beleza e pureza, e acalmava todo seu sistema nervoso, você concluiu que mesmo viajando aos céus jamais encontraria um timbre que soasse tão certo.

— Obrigad... — Você engasgou com suas lágrimas enquanto sua voz se cala.

Jean acariciou seu rosto com a ponta dos dedos deixando um toque suave em sua bochecha, ele beijou rapidamente sua testa outra vez antes de sentir seu corpo esfriar.

Depois de um tempo, você podia ouvir o fluxo dos batimentos acelerados do rapaz, era como uma canção angelical de ninar a oferecendo um sonho bom. Você acalmou sua respiração, ainda incapaz de tirar os olhos dele, se sentindo hipnotiza pelo amor que sentia.

Seu tormento desapareceu quando você enterrou a cabeça nos braços de Jean e, repentinamente a dor sumiu, seu estômago estava livre e sua garganta limpa, era como ser abraçada pelos anjos e aninhada em meios as nuvens, era como estar nos braços dO Divino.

— Por quê...? - Jean choramingou, abraçando o corpo desacordado, sua voz era ilegível e suas lágrimas estavam em silêncio. — Como tudo acabou assim?!

FIM

𓍢 outra vida ❪ jean kirstein ❫जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें