Capítulo 32 - Tudo o que é Sólido pode Derreter

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Na frente de sua casa, Danielle parou de rir após sentir um arrepio na espinha muito forte. Esse arrepio parecia mais forte dos que ela sentia quando seu pai treinava com ela. Logo, não era ele.

Quem podia ser?

Seu coração acelerou, podia ser algo ameaçador muito próximo dela. Sentiu o calor de seu corpo fugindo.

— Hey, o que foi? — Edward perguntou indo para sua frente, segurando seu rosto delicadamente.

— Você vai embora. Não quero que você vá... — abraçou ele com toda a sua força.

De certo modo não estava mentindo. Não queria que ele fosse embora. Mas temia ainda dele acabar morrendo por vingança de Daniel.

— Se acalme. Vou embora desse estado, não vou morrer — ele disse a abraçando e alisando seus cabelos.

Por que ele tinha que dizer isso?

Ela não queria chorar, mas algumas lágrimas escaparam. Continuou abraçando-o até se acalmar.

— Está melhor? — ele perguntou. Ela somente afirmou com a cabeça. — Não se preocupe, daremos um jeito nisso. Namoraremos a distância e nos encontraremos quando der, ok? — Ela confirmou com a cabeça.

Entraram no terreno, ficando na frente da porta.

— Vamos entrar? — perguntou.

— Depois que você me deixou com medo do seu pai? — ele riu e entrelaçou seus dedos com os dela. — Vamos enfrentar a fera — disse cerrando os punhos.

Isso fez até Danielle começar a rir.

Entraram em casa, deixaram os casacos pendurados no gancho ao lado da porta.

— Pai? — gritou Danielle, pois nem imaginava onde ele poderia estar.

— Sua casa é bonita — Edward disse olhando ao redor. Achou bem aconchegante.

— Obrigada — disse sem jeito.

— Na cozinha — Robert gritou.

Edward hesitou, dando um passo para trás. Ficou pálido e preocupado. Seus batimentos se aceleraram.

— Calma amor, ele não morde não — disse sorrindo e pegando em sua mão. Estava gelada. Algo estava errado.

— Ahn você não falou que ele não mordia — sua voz estava trêmula, sorria de nervosismo.

Foram até a cozinha. Edward só queria sair correndo dali. Não queria nem saber se o homem que esperava na cozinha era quem ele imaginava ser.

Mas era.

Robert estava lavando a louça de seu jantar, estava de costas para porta.

— Pai, vim apresentá-lo como você pediu.

— Só um momento. Falta só um prato.

Edward naquele momento teve certeza. Era a voz daquele que mais o torturou. Daquele que ele mais odeia. Só não sabia o que fazer. Seu cérebro congelou. Não conseguia ser mexer.

Robert colocou o prato para escorrer e pegou o pano de prato ao seu lado, se virando.

— Qual é o seu nome rapaz?

A expressão de Robert mudou rapidamente. O sorriso amigável se fechou, seus olhos analisavam Edward dos pés à cabeça, enquanto Edward fazia o mesmo.

Edward parecia até estar perdido. Seus olhos vagavam em seu carrasco.

E tudo aconteceu muito rápido.

Perdida em Mentiras e Lembranças l Trilogia HauntOnde histórias criam vida. Descubra agora