capítulo 13- Presente, carona e conversa

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Pov's Juliette Freire

Chequei todos os compromissos e nada. Sarah ficaria na empresa o dia inteiro. Será que meu azar poderia ser maior? A noite passada foi um tanto conturbada, quando em meus planos eu apenas jantaria ao lado de Rodolfo. Depois do eventual quase beijo entre Sarah e eu, saí um tanto distraída demais daquele lugar.

- Está tudo bem, Juliette? - Ouvi a voz do rapaz ao meu lado.

- Sim, claro. Só estou com um pouco de dor de cabeça, pode me levar em casa?

Recebi um olhar incomodado, sei que ele esperava mais daquela noite, mas com Sarah a poucos metros de mim, era praticamente impossível pensar em Rodolfo, concordam? Dei de ombros ajeitando minha bolsa.

- Certo, vamos. Te levo em casa. - Ele apenas disse.

Olhei pela ultima vez a mesa onde Sarah estava antes, mas nem sinal dela ali. Será que ela havia ido embora ou saído com alguma garota? Taís Braz não estava mais lá, com toda certeza já não estavam mais ali.

O caminho de volta foi em puro silencio, era de se notar a quilômetros o quanto aquela noite havia sido um fracasso, nem tanto assim. Carla e Viih saíram ganhando aquele dia, pois Bruno e Prior se mostraram ótimos partidos, já Rodolfo se emburrou e reclamou desde o exato momento que pôs os olhos em Sarah junto a mim. Será que ele sentia alguma coisa diferente em nós duas? Não, não pense nisso.

- Aqui está. - Ele falou parando o carro em frente ao meu prédio.

- Obrigada pela noite, eu adorei. - Menti...ou não. Ver Sarah foi maravilhoso.

- Gostou mesmo? Creio que fui um tanto chato, mas é que você me entende, não é? Algo em mim não gosta daquela mulher.

- Sarah? Eu não entendo, ela é uma boa pessoa.

- Com você, não é? O que me parece muito estranho, ela é apenas uma mulher fútil e arrogante.

- Não, porque nós nem a conhecemos. Além de que, você não deveria falar assim dela.

- Eu não tenho medo dela, Juliette, ela mal chegou e já desarrumou tudo ali. O que foi aquele balancete?

- Rodolfo, de verdade, eu estou morrendo de dor de cabeça e não quero falar de trabalho agora. - Falei irritada.

- Me desculpe, fui um idiota. Sei que a noite não foi das melhores, mas podemos melhorá-la.

Olhei em seus olhos que por sinal eram lindos, mas não eram neles que eu queria olhar agora. Abaixei a cabeça, pensando na forma mais educada de dizer que por hoje já tinha sido demais. Porém notei que o mesmo se aproximou mais de mim, tocando levemente sobre meu queixo, fazendo-me fita-lo novamente.

- Você é uma mulher linda, Juliette.

- Obrigada, mas tenho que ir. até amanhã. - Saí do carro sem mais.

***

"Quero você em minha sala em dois minutos". Ouvi a voz rouca de Sarah, fazendo todo meu corpo estremecer

Levei a vista e só vi os rastros de Sarah entrando em sua sala. Eu estava pedindo a Deus que ela não se lembrasse de nada da noite anterior. Segurei minha agenda, ajeitando os óculos em meu rosto, caminhando lentamente para dentro de sua sala.

- Sra. Andrade.

Ela virou a cadeira ficando de frente para mim, fitando-me com seu olhar brilhante, me sentia fraca todas as vezes que a encarava. Percebi seu olhar descer por toda extensão de meu corpo, fazendo-me engolir em seco. Vi sua expressão tensa, Sarah fechou os olhos com força, balançando a cabeça negativamente.

The Stripper - sarietteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora