Capítulo 29- Momentos

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Pov's Juliette Freire

Abri os olhos apenas para ter a certeza que não estive em um sonho. Estávamos exatamente onde tínhamos adormecido noite passada, no chão da sala perto da lareira que a essa hora não havia mais fogo. Olhei para a cômoda e vi as duas taças presentes com o restante do líquido que nem tínhamos nos importado em terminar. Olhei para nossas roupas espalhadas pelo chão e foquei no moletom de Sarah, tive vontade de pegá-lo para sentir seu perfume doce. Quando me dei conta que não precisava, pois já tinha a Dona do perfume deitada ao meu lado, de bruços com suas costas nuas e o restante de seu corpo coberto pelo lençol que havia ali. Seus cabelos estavam perfeitos, a vontade de passar minhas mãos por eles foi enorme e não me contive, apenas deixei o momento me levar.

Passei minhas mãos por suas costas nuas indo de encontro ao seus cabelos, no qual relaxei minha mão e comecei um carinho ali, coloquei seus cabelos de lado e pude ver as marcas em seu pescoço que denunciavam exatamente o que tínhamos feito noite passada, as marcas do amor. Amor. Sarah me amava e eu a amava, perdidamente e enlouquecidamente, aquela mulher é meu início e meu fim. Sim, ela é. Minha droga, minha Dona, meu paraíso no inferno.

Comecei a distribuir beijos pelas marcas que haviam no pescoço dela, foi quando a mulher deu sinais de que havia acordado.

- Se toda vez que fizermos amor você me acordar desse jeito, nós teremos que fazer amor pra sempre! -Disse a morena com aquela voz rouca, arrastada, cheia de mimo.

- Se isso for um pedido, você terá que ser mais clara. -Sussurrei em seu ouvido cheia de segundas intenções. Dando uma pequena mordida em sua orelha ao final.

Segundas intenções que não passaram despercebidas por Sarah, que se virou totalmente nua, com sua pele morena e macia, que eu poderia ficar admirando por longos anos. E me puxou para seu colo, sentando logo em seguida comigo, colando sua boca no meu ouvido para dizer.

- Eu não costumo pedir, srta. Freire, isso claramente foi uma ordem. -disse com seu jeito prepotente e único, aquele jeito que me arrepiava dos pés a cabeça.

Sarah começou a passar suas mãos pelas minhas costas nuas enquanto distribuía beijos pelo meu pescoço, e apenas aquilo já estava me deixando fora de si.

Segurei em seus cabelos que já tinham sido bem bagunçados noite passada, e soltei uma pequena risada ao me lembrar novamente do que tinha acontecido, não só ontem, mas o final de semana inteiro. Foi quando Sarah parou o que estava fazendo e me olhou com uma carinha bem engraçada.

- Estou te causando cócegas, srta. Freire? -a morena disse de uma maneira tão fofinha, que apenas ri de novo.

Sarah me olhou com cara de poucos amigos por ter cortado o momento sexy dela. Foi então que decidi provocá-la um pouquinho.

- O quê, Sra. Andrade, perdeu o jeito da coisa? -Disse da maneira mais sarcástica que pude.

- Está brincando com fogo, srta. Freire.

- Não tenho medo de me queimar. Vamos, me mostre o que sabe. -Provoquei arrastando cada palavra do jeito mais sensual que pude.

Eu podia ver o fogo nos olhos de Sarah e eu sabia que eu sairia queimada, com certeza, mas estava torcendo por isso, eu precisava do toque dela, quase como que um viciado precisa de sua droga. E ela era a minha Droga. Havia desejo naquelas íris, que agora tinham um tom escuro, tão escuro que dava um ar intenso ao momento. Nós ficamos nos olhando, uma batalha já perdida por mim, que logo desviei para sua boca, convidativa, carnuda. Quase não tive tempo de pensar em voltar meus olhos de encontros aos seus, quando Sarah colou seu corpo no meu e tomou meus lábios em um beijo avassalador.

The Stripper - sarietteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora