BE US AGAINST THE WORLD ✪

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Uma coisa sobre o amor é que ele só é de fato assustador no início, quando ainda é apenas uma pequena fagulha lutando para queimar dentro do seu peito, mas quando as chamas se espalham e queimam como o inferno, é só aí que você percebe o quão pode...

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Uma coisa sobre o amor é que ele só é de fato assustador no início, quando ainda é apenas uma pequena fagulha lutando para queimar dentro do seu peito, mas quando as chamas se espalham e queimam como o inferno, é só aí que você percebe o quão poderosa pode se tornar a sensação de amar alguém.

Quando eu era mais nova adorava ouvir histórias de princesas apaixonadas que faziam de tudo para lutar pelo seu amor. A Pequena Sereia era a que eu mais gosta, por simplesmente achar ridículo o fato dela ter trocado uma vida inteira como sereia para ficar com príncipe idiota que nem sabia que ela era. Aquilo para mim era o cúmulo.

Hoje vendo por outro lado eu entendo a Ariel, não digo que faria exatamente o que ela fez pois ainda acho ridículo, mas agora sei que somos capazes de infinitas loucuras quando amamos.

Digo por experiência própria, afinal nas duas vezes em que estive perdidamente apaixonada também estive disposta a fazer e dizer tudo que podia para manter esse amor.

A Ariel não era tão estúpida afinal, ela só não tinha calculado bem os planos dela.

Faziam dois dias que Bucky e eu havíamos nos beijado no meu quarto e desde então estávamos meio que "juntos", claro que ninguém na equipe sabia ainda ou pelo menos eu achava que não sabiam.

Naquele dia, em especial, todo mundo estava espalhado por algum canto do país que eu não fazia ideia. Então não me restava muita coisa a fazer senão passar o resto do fim de semana enfurnada no complexo assistindo mais uma reprise de alguma série idiota na TV.

Porém é claro que o universo não iria colaborar com isso e quando estava quase dormindo no sofá dos Vingadores, ouvi um barulho de alguém chegando. Não sei muita atenção para isso, afinal é claro que uma hora os Vingadores teriam que voltar pra casa.

- Ivy - ouvi a voz de Bucky me chamar.- preciso de ajuda.

Fechei os olhos suspirando antes de sair debaixo das cobertas e o encarar com um olhar mortal.

- Notou algo de diferente?- perguntei o encarando.

Bucky franziu o cenho me olhando confuso.

- Você cortou o cabelo?- ele perguntou indeciso.

- Em mim não idiota, no complexo - ele ainda me olhava confuso.- estamos sozinhos.

- E qual o problema nisso?- ele perguntou.

- O problema nisso é que eu estou tendo um tempo de vocês, então não peça ajuda pra mim, peça a FRIDAY.- acenei com a mão.

- É sério, Ivy - ele continuou.- preciso de você.

- Tchau, Barnes.- dei um sorriso cínico e voltei a me jogar embaixo das cobertas.

Não se passaram nem dois minutos e vi Bucky para a minha frente tampando toda a minha visão com aquele corpo enorme e me fazendo suspirar. Só então notei que ele tinha uma coisa nas mãos.

Uma pequena bola de pelos brancos e totalmente molhados com olhos enormes e azuis.

- O que isso?- perguntei confusa.

- Um... gato?- ele franziu o cenho.- uma gata na verdade.

- De onde esse animal veio?- perguntei me sentando.

- Encontrei ela na rua a caminho daqui - Bucky contou.- ela estava em uma caixa de papelão e sozinha.

- E o que você espera que eu faça com ela?- perguntei fazendo uma careta.

- Eu pensei que já que você é uma garota, deve ter um daqueles secadores de cabelo modernos e pode me ajudar a secar ela.- Bucky explicou meio sem jeito.

- Você quer que eu seque essa coisa?- perguntei desconfiada.- tá bom, mas você segura ela e bem longe de mim. Vamos.

Puxei Bucky para o meu quarto enquanto ainda tentava processar o fato de que um homem daquela tanto estava com um gato de centímetros nos braços e me pedindo para ajudá-lo com o animal.

- Você tem alergia a gatos?- Bucky perguntou.

- Não - respondi.- eu só não gosto de gatos, eles são animaizinhos traiçoeiros e perigosos. Prefiro cachorros.

Como se pra me desmentina cara dura, a gata ronronou e se acomodou mais ainda nos braços de Bucky.

- Ai está seu animal traiçoeiro e perigosos.- Bucky ironizou.

- Olha só mais uma gracinha e você vai ter que ir pegar o secador da Natasha - ameacei.- você quer ter que ir pegar o secador da Agente Romanoff?

- Eu não sou tão louco assim.- Bucky frizou.

Abri a porta do quarto e mandei Bucky sentar na minha cama com a gata, fui até o banheiro e peguei o secador e algumas toalhar. Me aproximei da gata e a enrolei na toalha enquanto ligava o secador.

- Agora você segura essa coisinha e se ela cravar as unhas em mim, eu bato em você.- ameacei o olhando brava.

- Como é que pode caber tanta agressividade dentro de um serzinho como você?- Bucky me olhou.

Balancei a cabeça sem me importar com o comentário de Bucky e tratei de secar a gata o mais rápido possível para não ter que continuar com ela no meu quarto.

- Pontinho - comentei assim que desliguei o secador.- agora o gato e a gatinha podem dar o fora do meu quarto.

Bucku riu do meu comentário e continuou me olhando enquanto eu guardava as coisas.

- Precisamos dar um nome a ela.- ele comentou.

- Precisamos?- perguntei e me virei para ele.- porque está me colocando nisso quando você é o único responsável?

- Porque como pais dela é isso que temos que fazer.- Bucky deu de ombros.

- Pais?- perguntei com as sobrancelhas erguidas.- pode ir parando por aí, quem disse que eu quero ser mãe do felino traiçoeiro?

- Tá bom, nada de mãe - Bucky respondeu.- que tal uma tia distante? Madrinha?

Terminei de guardas as coisas e me sentei ao lado de Bucky na cama. A gata me olhou com seus olhos azuis enormes e caminhou até meu colo, ela se deitou e começou a brincar com a manga do meu casaco.

- Não, nada de tia distante, você vai ser o pai dessa criatura, eu vou ser a mãe - expliquei.- sei lá, vai que você resolve arrumar uma mãe pra ela depois.

Bucky riu e me puxou para um beijo rápido.

- Tudo bem, precisamos de nome então.- ele disse assim que se separou de mim.

- O que você acha de Alpine?- perguntei com um sorriso leve.

- É com certeza Alpine Xavier Barnes soa bem.- ele comentou com um sorriso.

- É soa bem - respondi.- precisamos apresentar a Alpine por resto da equipe.

- Podemos fazer isso amanhã ou quando eles aparecerem - Bucky explicou. - agora está tarde e eu ainda preciso encontrar um lugar pra Alpine dormir.

Bucky me olhou com um olhar de cachorrinho sem dono.

- Nem me olhe assim, sua felina dorme com você. - reclamei e o empurrei de leve.

- Mas é nossa filha, Ivy. - ele retrucou.

- Nossa filha que vai passar um tempo com o pai - respondi. - já podem ir, amo vocês, vou ficar de coração apertado.

Bucky se levantou com Alpine no colo, eu os levei até a porta e me despedi dele com um beijo. Fechei a porta do quarto e balancei a cabeça sorrindo. No que eu estava me metendo?

BURN THE WITCH         bucky barnesWhere stories live. Discover now