2: Højde

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O corpo de Jungkook era eletrizante. Mais viciante do que qualquer coisa que Jimin já havia experimentado em sua vida.

Ele sabia que, mesmo nunca tendo realmente conhecido o amor, amava Jeon com todas suas forças, de maneira que seu peito sempre parecia pequeno demais para caber tamanho sentimento e não era só um.

Jungkook despertava o melhor de Jimin, sensações que ele ainda não havia provado. Ele sentia que a qualquer momento pegaria fogo ou que explodiria de ternura pela forma como era tratado. Desde aquela carona, a troca de olhares desajeitados e como Jungkook se preocupava com o então amigo de infância, tudo isso levou a cabeça confusa de Park Jimin a questionar se ele ainda queria permanecer sozinho.

Ele não queria, nunca quis, mas nunca teve escolha, então apenas se conformava.

Mas agora era diferente.

Jeon frequentava sua casa, ambos viravam noites jogando partidas e partidas de Mortal Kombat no Playstation 1 velho, que encontraram enquanto limpavam o porão empoeirado de Jimin para fazer uma venda de garagem.

Riram enquanto dois garotinhos vieram querendo muito um carrinho de rolimã antigo, esse no qual Jungkook e Jimin arrebentaram os dedos um do outro diversas vezes aos nove, quando martelavam a madeira, encaixando as rodinhas e o banco improvisado.

Os dois tiveram uma estranha sensação de deja vu ao ver a proximidade dos menininhos, um menor que o outro, mas aparentemente mais velho pela forma de lidar com as coisas.

— Não temos dinheiro, Bin. Deixa isso...

— Mas hyung... é tão legal. — O maior dizia com um bico nos lábios e um olhar tristonho.

— Pode levar... não vou cobrar nada de vocês.

Jungkook se surpreendeu, abrindo as pálpebras duplas para fitar o moreno enquanto entregava o carrinho aos garotos.

— Não moço. Não podemos aceitar.

— Eu pago... se não levarem, vou considerar que são mal educados. — Jungkook se aproximava, com uma carranca séria na cara.

E, por muitos dias, Jeon e Park podiam ouvir as risadas dos pequenos enquanto desciam a rua, a cada volta precisavam empurrá-lo de volta, martelando algum prego que se soltava do brinquedo e, então, a mesma sensação de deja vu retornou ao íntimo dos dois.

Jimin passou a se importar consigo mesmo e passou a sorrir por vontade própria, mesmo que tal ato fosse inconsciente.

Ele havia se esquecido que sua infância não fora de toda ruim, ele ainda teve Jungkook que criou memórias boas, as quais, seu psicológico frágil, fizera questão de esconder no mais ínfimo de seu subconsciente.

Park conseguiu manter o emprego e não bebiamais  com tanta frequência. No início não se sentia seguro a ponto de contar seus pecados a Jeon, mas Jungkook o tinha em suas mãos e Jimin era apenas uma manteiga que se derretia com o contato quente do maior.

Jeon o ajudou a superar os medos, mesmo sem precisar realmente tocar no assunto que ele sabia que era delicado para Jimin.

O mais velho se sentia completo, finalmente preenchido por algo bom, que não era passageiro, que não se acabava quando as luzes se apagavam, pelo contrário, era aí que seu corpo entrava em êxtase, sem qualquer substância química percorrendo suas veias, porque o desejo que Jeon o causava era muito melhor que qualquer bebida ou bala.

Com ele, Jimin não se sentia julgado ou pressionado, era natural. Não era preciso Jeon dizer para ele melhorar, Jimin fazia porque queria e sabia que conseguiria. Ele sentia que conseguiria qualquer coisa com Jungkook ao seu lado, segurando sua mão.

Deja Vu 《Jjk+pjm》Onde histórias criam vida. Descubra agora