3: 𝕭𝖗𝖊𝖉𝖉𝖊

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❌Alerta de Gatilho e conteúdo sensível❌
Se vocês não leram os avisos, ou minhas notas iniciais e finais (o que sei que muita gente nãoporque muitas vezes explico algo e a pessoa fica perdida do nada porque não leu) fique ciente de que esta história é cheia de Gatilhos.

E não, o narrador não expressa sua opinião. Pelo menos não neste capítulo. Ele é apenas uma voz da consciência de Jungkook, expressando seus sentimentos e pensamentos. Vocês vão entender.

Curtam e comentem para ajudar a engajar a história e beijocaaas. Boa leitura 💜

3: Bredde

Não haviam palavras para expressar o que Jeon sentia. Seu porte não era pequeno, mas se tornava comparado a tamanhos sentimentos, que vinham como enxames de abelhas, rodopiando, o ferrando por dentro, zumbindo em seus ouvidos, tirando toda sua paz.

Não conseguia lembrar exatamente do momento em que recebeu a notícia de que Jimin havia partido. Desde jovem, sua memória não era muito boa.

Tinha apagões, que não eram constantes, apenas em momentos aleatórios e incomuns, quando se feria de alguma maneira. Era como se Jungkook tivesse pavor de sangue, sem realmente sentir o medo.

Dessa vez, não foi o sangue que o fez deixar as lembranças do momento da morte de Jimin para trás.

Talvez fosse melhor assim. Uma memória triste a menos em sua vida.

Não havia muitas pessoas naquele salão. Mas pessoas demais para os poucos amigos que Park possuía. Jungkook estava absorto a tudo aquilo, mesmo com as vozes cochichando, e fofocando, rindo. Soava-lhe como uma enorme falta de respeito para com o corpo de Jimin naquele local, então focava em tentar desligar-se, apenas.

— Dizem que ele foi decapitado por um pedaço de lata, por isso o caixão está lacrado. — Alguma velha desocupada cochichava.

— Que horror! — Outra respondia.

O moreno fechava as pálpebras e levava as mãos grandes até os ouvidos, protegendo-os das conversas que captavam.

Há pouco, naquela manhã, havia retirado força de qualquer lugar dentro de si, e sem nenhuma vontade abriu o guarda-roupas. Procurou algum terno preto, porém, o que encontrou, foi o cheiro de Jimin em tudo que havia ali em cada peça de roupa. Era como se o rapaz tivesse impregnado seu aroma em todos os cantos de propósito, só para que Jeon não se esquecesse de como era.

Tantas lágrimas já haviam sido derramadas, tanta dor já havia o atordoado, que parecia tudo morno demais, tudo cinza, sem cor, sem brilho, sem graça.

Suspirou ajeitando a gravata enquanto se lembrava disso, sentado de frente ao caixão do amado, pensando na possibilidade remota de não ser Jimin ali dentro.

Quem podia garantir? Ninguém podia ver nada além de uma foto do garoto sorrindo, colada de forma descuidada com fita na tampa.

Poderia ser um engano, não podia? E se era outra pessoa? E se Jimin estava perdido em algum lugar, precisando de ajuda?

Deja Vu 《Jjk+pjm》Where stories live. Discover now