Cinco

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A dualidade dos sentimentos desse casal no momento era unida pelo nervosismo. Harry de certa forma estava triste, porque o quinto seria o último dos encontros, e ele sentiria falta – muita falta – do sentimento que era experimentar ser visto pela primeira vez.

Louis pensou muito no que poderia fazer, sua mente quase entrando em combustão ao listar todas as possibilidades de lugares. As irmãs nem tentavam mais conversar com ele no jantar, já que seu rosto estava constantemente paralisado mirando uma direção qualquer enquanto ele pensava e pensava e pensava...

Cinema drive in, jogar futebol, fazer aula de pintura... até dar banho em seu cachorro juntos era uma possibilidade! Sinceramente, ficaria feliz em ter a companhia de Harry para absolutamente qualquer coisa. Mas nada parecia bom o bastante para esse encontro, o último, aquele onde ele  saberia de uma vez por todas se havia o mínimo de interesse da pessoa que arrancava todo seu fôlego.

Se Styles o achasse um idiota seria uma pena, doloroso em níveis absurdos já que Louis havia se mostrado tão verdadeiro que o assustava. Todos os seus gostos, todas as conversas que desenvolveram passando de assuntos sérios para qualquer bobagem aleatória em um segundo... ele havia sido verdadeiro em cada detalhe.

Não era proposital, porque muitas vezes a insegurança nos faz fingir ser o que não somos, puros tolos que não acreditam na força do que é ser único; era completamente incontrolável, límpida e mágica a forma como Harry o arrancava sua verdade.

Depois dos beijos eles continuaram se vendo normalmente ao longo da semana; alternando entre aulas e rodas de conversa com os amigos. Louis se pegava o encarando enquanto lembrava da sensação dos seus lábios unidos, do toque dele em sua pele. Era imensurável o auto controle que ele precisou treinar nesses momentos.

Nenhum dos dois ousou falar sobre o acontecimento na lagoa, não porquê era proibido, mas sim porque parecia desrespeito lembrar de algo tão sensacional em um ambiente tão chulo. Havia sido um conto de fadas particular, que não merecia ser mencionado em vão. Sagrado.

Foi pensando nisso que Tomlinson se deu conta de que nada mais poderia fazer, não haviam cartas na manga ou truques especiais, porque ele já havia se despido completamente – não de forma literal, uma pena – em frente aos olhos verdes daquele que tanto gostaria de agradar.

"Lindo, eu decidi te dar um presente..."

Ele enviou no meio de uma conversa séria onde ranqueavam as melhores músicas de Catfish and the Bottlemen, assunto claramente vital. Depois de uma longa semana sem tocar no assunto, teve receio de que Harry por um momento duvidasse da sua vontade de levar aquilo até o fim, quando na verdade mal sabia que tudo que o maior queria era adiar esse final.

"Um presente? Você não precisa me dar mais nada."

"Vou te oferecer a honra de escolher o lugar do nosso último encontro :)"

Louis escreveu, mas rapidamente apagou antes de enviar.

"Vou te oferecer a honra de escolher o lugar do nosso quinto encontro :)"

"É o seu jeito especial de dizer que está sem ideias?"

"Interprete como quiser..."

"Eu juro, você não existe."

"Não mesmo. Sou apenas uma cópia exclusiva, feita sob medida para você ;)"

"HAHAHAHA tenho certeza disso, amor."

"Me chamar de amor é o seu jeito especial de dizer que está apaixonado?"

Good Old-Fashioned Lover Boy {l.s.)Where stories live. Discover now