Five.

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Tocou. Toda a gente entrou. Olhando-me de lado. Ninguém gosta de mim.

- Então o teu grande "amigo" abandonou-te por seres ridícula? - O Nicola fez aspas em "amigo" com os dedos.

Ignoro.

- Oh mosca estás a ouvir a falarem para ti? - Grita, Miley.

Eu viro-me para trás encarando-a. Ela começou-se a rir.

- Oh mosca se fosse a ti não me ria! - Grito.

-Uhhhh! Ela está forte! - Ela diz.

Levanto-me e vou até á sua mesa, ponho uma mão de cada lado da sua mesa e fixo o meu olhar no olhar castanho dela.

Ela engole em seco.

- Queres falar? - Pergunto.

Ela não responde. Eu volto-me e caminho até ao meu lugar. A professora ainda não chegou. Ela é sempre pontual!

Alguém toca-me no ombro, eu viro-me e levo uma palmada gigantesca que até caiu da cadeira. Bato com a cabeça no chão. Vejo a sala á roda e os meus colegas a rirem-se.

Tento levantar-me mas alguém dá-me um pontapé nas costas o que me faz bater novamente com a cara em cheio no chão.

- Queres falar? Tu não és ninguém! Queres bater? - Ela pergunta e ri-se.

Eu vejo o seu pé á ronda, mas pego no seu pé puxo-o, fazendo-a cair de rabo no chão. Kim e Etna começam a dar-me pontapés. Eu enrolo o meu corpo como uma bola. Ouço uma voz. Depois tudo fica preto. Preto. Estou a ver uma luz. A dor passou. Mas a voz esta preta.

Onde estou? Uma luz forte atinge-me em cheio na cara. Que é isto? Olho ao meu redor. Não é o meu quarto, não é o quarto dos meus pais, não é o quarto do Harry, então de quem é? O meu braço está com uma agulha.

Hospital.

Olho para o meu lado, está aqui o Harry! Harry! Harry! Tento falar mas não consigo.

Ele está a chorar e com um caderno nas suas pernas. O meu diário.

Harry! Tento dizer mas não consigo.

Tento abrir mais os olhos, mas eles acabam-se por fechar. A escuridão volta.

- Ela vai ficar bem! Tu és o motivo para ela sair de coma... - Coma?

A escuridão volta.

- Mia, eu sei que fui um total idiota, mas eu contarei o que se está a passar e talvez, tu me perdoas. Eu adoro-te! Fica comigo. - Ele está a segurar na minha mão e encosta-a á sua bochecha. A chorar.

Eu também te adoro, Harryzinho!

Tento mexer e abrir a boca para falar mas não consigo nenhuma dessas coisas.

A escuridão volta.

Abro os olhos. Tenho uma enorme dor de cabeça e tenho a garganta seca. Não me consigo mexer. Olho em redor, onde estou? O que se passou?

- Ma...- não consigo falar.

A porta do quarto abre-se. Revelando o Harry com os meus pais.

Estão todos a chorar. Mas quando me veem de olhos abertos todos param em frente da minha cama e olham para mim como se fosse um monstro.

- Acordooooouuuu! - Grita Harry. A minha mãe abraça o meu pai e o Harry vem até mim e segura-me na mão.

- Estás bem? - Pergunta-me com um grande sorriso e uma voz rouca de ter chorado.

- Sim... tenho sede. - Digo e o Harry caminha até á beira dos meus pais e dizes-lhes. Eles acenam e o meu pai sai do quarto.

A minha mãe e o Harry veem até mim.

- Oh minha filha... oh meu deus! Obrigado!

-Mãe. - Digo com uma voz rouca e fraca.

A porta do quarto abre-se e entre uma enfermeira (calculo) e o meu pai com um grande sorriso, mas com lágrimas nos olhos.

- Olá, filha! - Ele diz e segura-me na mão.

- Sê Bem-vinda Mia! Eu sou a enfermeira Anita. - Ela diz e sorri. Ela é alta, morena, tem olhos cinzentos e um sorriso maravilhoso.

- Olá - Respondo e sorriu.

- Disseram-me que tinha sede, aqui tem um copo de água. - Ela diz e pousa o copo na mesa ao meu lado.

- Sente-se bem?

Aceno enquanto bebo a agua.

Tree House. (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora