Fifty One.

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- Vou tomar um banho. Onde é a casa de banho?

- Anda eu mostro-te! - Ela diz e faz um sorriso divertido.

Peguei nas minhas coisas, mas a Barry sai do quarto. Franzo o sobrolho. Que?

Chegamos ao fim do corredor e ela abre a porta.

- Bem...aqui está a tua casa de banho.

Havia pelo menos seis banheiros, três lavatórios, dois armários, três espelhos que se encontravam por cima dos lavatórios.

- Aqui toma toda a gente banho? - Ela ri.

- Não, só as pessoas deste corredor que devem ser umas trinte ou algo parecido.

- Isto é muito mau.

- Mas divertido vais ver. - Ela piscou-me o olho e fechou a porta.

Ela estava perplexa a olhar para a porta.

- É aqui que vou tomar banho?

Melhor que nada depois de um dia destes, horrível. Nada melhor do que relaxar enquanto não está ninguém na casa de banho. Tirei as roupas e meti-me debaixo do chuveiro. Levantei a cabeça, a água neutra cai-a sobre a minha cara cansada e triste. Assombrada pelo passado. Num momento estava com o Harry, no outro ele odiava-me...Porque me odeia? Tenho de obter resposta, mas para isso preciso de saber onde mora, onde estuda ou trabalho e onde está sempre. Talvez todas as noites eu vá correr e ver se ele lá passa.

Voltei ao quarto e a Barry não estava. Mas tinha um bilhete em cima da minha cama. Pôs a minha roupa em cima da cama e li-o.

'Olá, como foi o banho?

Espero que bom, hahahha! Olha americana, estou no bar da escola com uns amigos, queres vir aqui ter? Se sim, anda. Se não, dorme. Beijos, da tua horrível amiga Barry!"

Olhei para o relógio de parede. Bem, não e tarde nem cedo. Mas eu nem sei nada da escola. Nunca lá entrei. É perto dos dormitórios, mas eu não sei onde fica a porta de entrada quando mais o bar. Prefiro ficar. A Barry amanha, vai-me mostrar a escola e vai perder aulas. E nesse dia poderei conhecer as pessoas que não conheci hoje.

Coloquei o bilhete na mesa-de-cabeceira e deitei-me. Levantei-me e escrevi no diário.

Deitei-me, estava á duas horas com os olhos postos no teto sem conseguir dormir.

- Merda! Dorme, Mia! - Dizia para mim.

Só conseguia pensar no Harry e no nosso próximo encontro. Eu sei que ele tem uma doenças, vi no seu aspeto, olhar, falar, habilidades, gestos, falar,... Mas o que terá? Ele quando era mais novo não tinha problemas nenhuns. Ou tinha?

Se tinha, não me lembro ou nem sabia.

Mas apesar de dizer que me odeia, mesmo eu sabendo que não é verdade, continua a ser o meu Harry. O meu melhor amigo. A pessoa que procurei durante anos. A adoro-o acima de tudo.

- Harry, não me vais escapar assim tão facilmente.

Acordei com abanões. Que merda é esta?

Forço as minhas pálpebras abrirem-se. Vejo uma Barry diferente de todas que já presenciei.

- Olá Mia. Eu sou a Barry e sou a tua guia. - Ela faz aquele sorriso das mulheres da publicidade. Ri-o. Ela estava com um fato de treino, uma coisa estranha de ver na Barry.

- Olá!

- Toca a levantar esse rabo fofo da cama!

- Se eu te dissesse que o Harry estava á porta da escola, talvez já tinhas saído dessa cama.

Este comentário magoou-me, mas sei que foi num bom sentido.

- Desculpa, eu...

- Não faz mal, está tudo bem. Ou então como se diz na américa. 'Na paz, meu!'

Ela riu-se.

- Amei essa expressão americana.

Quem olhar para a Barry pensa o pior dela por se vestir e por usar coisas estranhas, mas ela até tem sentido do humor e é carente.

- Vamos, cogumelo.

Comecei a vestir-me, bem a vestir o uniforme. (Não sei se nesta escola existem uniformes, mas para dar um ar sério, vou por a usar uniformes). A saia estava subida um pouco do joelho e a camisola ficava um pouco justa, até os meus seios ficavam bolas. E estavam salientes.

- Estás sexy! - Disse Barry.

Tree House. (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora