Me Sinto Suja

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Alerta:Cenas de tortura.

"Você se aproveitou de mim".

-S/n:Estou me sentindo suja... você, você se aproveitou de mim, me embriagou, por isso insistiu para que eu bebesse para poder... para poder... eu te odeio Madara.

Suja

Miserável, maldito, canalha, desumano era assim que ele se sentia, uma raça imunda que não merecia perdão. Suja, assim ela se sentia por ser tocada por ele, uma enorme decepção e vazio afligia seu peito, a dor de confiar em seu amor, a dor por ter sentido compaixão por Madara.

Ele caminhou para fora do quarto sem dizer nada e bateu a porta fortemente assustando ela que estava na cama. S/n encolheu-se apertando o travesseiro em seus braços. Seu coração partido fazia seus olhos derramar lágrimas.
Ela estava assustada, não queria que as coisas chegassem a esse ponto, S/n não tinha controle sobre seu corpo ou suas atitudes na noite de ontem, apesar de saber que ele também não tinha culpa, era mais fácil culpa-lo, afinal ele tentou a impedir. Só ela não pensou no peso de suas palavras. E agora refletia apertando o travesseiro.

Eu te amo Madara

A declaração fora apenas efeito da bebida, ela não o amava? Mas se amasse agora o odeia. "Quem seria capaz de me amar, sendo que sequer eu me amo". Ele caminhava pelo corredor pensando no que faria, se descontava sua raiva nos homens no porão ou se trancava no sótão, no momento ele não via diferença entre ele e os malditos do porão, então com aquela culpa o corroendo ele subiu para seu sótão para lembrar o porquê ainda estava vivo.

"Eu sei que o que fiz é imperdoável, apesar de também estar tão bêbado quanto ela eu ainda tinha controle dos meus atos, mesmo que fosse pouco. Mesmo sabendo que ela me ama eu não consigo me sentir melhor, porque sei que ela não queria aquilo... Suja, assim que ela se sente por ser tocada por mim? Eu poderia ter imaginado qualquer resposta, mas essa, essa... eu não esperava".

Ele entrou no sótão, e em passos lentos caminhava visualizando os quadros na parede, viu uma fotografia em que ele estava com sua família sorrindo felizes, e sentiu uma fisgada no peito, tocou sua maior cicatriz no abdômen sentindo a mesma dor de quando a ganhou.

Novamente aquelas vozes vinham em sua mente, os gritos de desespero de sua mãe, de seu irmão, conseguia novamente ouvir seu pai pedir por misericórdia, seus olhos queimavam ao lembrar do que aconteceu, seu coração sentiu outra fisgada ao lembrar o quão fraco e impotente ele é. "Por que não me mataram também? Por que me fizeram ver tudo? Por que eu não consigo me vingar? Por que tudo que eu faço é errado? Eu não tenho a tempos a vontade de viver".

Conseguia ver os homens novamente lhe cortando a carne, enquanto ouvia os gritos de súplica de sua mãe, sentia a dor que o corte fundo o proporcionava, mas não doía tanto como seus olhos por ver a cena de seu irmão sendo espancado, tentava se desvencilhar das cordas que amarrava seus pulsos, mas era em vão.

Ele não conseguia entender qual era o motivo, seria as armas que seu pai comprou há algum tempo? Ele não sabia sequer se eram legais, mas sabia que todos tinham autorização para o porte de arma, e apesar de ser advogado Madara nunca perguntou ao pai se as armas eram ou não legalizadas.

Um dia quando estavam se preparando para visitar a vizinha, a senhora Chiyo, uma mulher que já podia se nomear como vó de Izuna e Madara. Ouviram o som estranho parecia que tinham derrubado a porta, Tajima pensou que fosse seus filhos em mais uma briga, apesar de terem vinte sete e vinte e cinco anos eles ainda moravam com os pais, Kimiko permitiria que eles se mudassem apenas se já estivessem casados, o que demoraria muito para eles que tinham medo de relacionamentos.

I Love a Killer (Imagine Madara)Where stories live. Discover now