A morte é meu maior anseio

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Madara:

Dentro de um tipo de furgão preto eu fiquei vendado por talvez vinte minutos. Cinco minutos lá dentro e já haviam se livrado do meu celular, o que para mim era o único jeito de me encontrarem. Minhas mãos suavam, as algemas machucavam meus pulsos, estavam apertadas de mais. Ouvia as risadas e comentários insensíveis sobre minha condição de órfão, eu sabia para onde estava indo, e estava assustado como um garotinho, devo assumir.

Ouvia falarem da minha mãe, zombar do que pretendiam fazer com ela. Eu havia sido pego de novo na mesma armadilha. Mordi os lábios tentando conter os palavrões e xingamentos, não queria que me torturassem psicologicamente, o que estava ouvindo já era o suficiente. Eu me considerava uma pessoa insensível e cruel, mas perto desses homens eu não era nada.

-Eu 'tava lá tinha que ver como ele chorava igual uma mulherzinha, nem a gostosa da mãe dele chorou tanto. - Minha respiração desregulada chamou atenção, eu estava prestes a perder o controle. - O que houve? Quer dizer alguma coisa?
Ouvi novamente ele gargalhar.

-Madara:Fui atrás dos seus amigos, os torturei por bastante tempo, em torno de um ano. - Eu sorri como se não me abalasse com o que diziam. - Vocês podem até me matar, mas saibam que o fim de vocês vai chegar, e será ainda pior que o meu.
Não vi de quem veio o soco que recebi, mas novamente sorri, eu havia intimidado.

-Não está em condições de ameaçar Uchiha.

-E aquela loirinha da sua namorada? Que gosto será que ela tem?
Um outro disse, eu suspirei pesadamente, devia ficar quieto se não chamaria atenção para as pessoas erradas.

S/n…

Eu gostaria de saber como ela está, de poder ouvir sua voz tranquila dizendo que vai dar tudo certo e que eu vou conseguir sair daqui bem, ou pelo menos morto. Eu deveria ter morrido há três anos, teria impedido o sofrimento de muitos agora, S/n não teria me conhecido, Chiyo sofreria uma vez só, e os outros… não teriam se apegado a mim. Mas eu faço tudo errado, não consegui me vingar e agora estou sendo levado para um lugar desconhecido com os assassinos da minha família, e eu não consigo não sentir meus batimentos acelerados ou minha garganta seca. Eles estavam tão perto e ao mesmo tempo tão longe, não podia os acertar, não podia matá-los, eles me fizeram sofrer e agora novamente sairiam em pune.

Em talvez vinte minutos o furgão parou. Alguém me puxou para fora, ao colocar meus pés no chão senti que estava pisando em terra, creio que estamos no meio do nada. Eu sentia o aroma do campo, e gelei ao imaginar onde poderíamos estar. Caminhei até ouvir o barulho de uma porta, me puxaram novamente e quando entrei no lugar senti o ar quente e agradável daquela provavelmente casa. O chão com certeza de madeira, eu tinha quase certeza de onde estava até que a venda foi retirada e eu senti o ar faltar. Estava dentro do meu maior pesadelo.

Autora:

No dia seguinte. Na mesa para o almoço estavam todos apenas remexendo a comida no prato. S/n soltava soluços baixos, enquanto que seus pais estavam assustados em meio a tantos assassinos. Obito estava ao lado de Chiyo tentando a todo custo acalma-la, a velha senhora não suportaria a morte de Madara, todos sabiam. Rin acariciava as costas de Obito que por um momento desistiu da senhora ao seu lado e abaixou a cabeça apoiando os cotovelos na mesa e as mãos em seus cabelos.

-Chiyo:Vocês não entendem, ele é meu menino, sofreu tanto, vocês não viram como ele ficou destroçado depois da morte da família.
S/n levantou a cabeça e encarou fixamente Chiyo. Como assim Madara havia perdido sua família?

-Obito:Eu imagino senhora Chiyo. Tentei ajudar ele todos os dias.
Jina e Richard estavam abismados com tudo que estava sendo dito. Madara Uchiha, o traficante mais temido e seu querido genro sofreu uma perca dessas?

I Love a Killer (Imagine Madara)Where stories live. Discover now