Chapter 11

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CHAPTER ELEVEN

Hugo Guimarães

- Eu preciso beber! - disse ao meu amigo quando ele abriu a porta do quarto
- Pela sua cara, precisa beber muito! - disse Sean e abriu mais a porta de seu quarto. - Vamos, comece a contar, homem!
- Okay, vou resumir pra você - disse enquanto pegava um copo e enchia de wiskey - eu acho que estou começando a sentir algo muito efetivo e carinhoso que vai além do prazer óbvio que eu já vinha sentindo pela Jen. - o idiota começou a rir da minha cara!
- Irmão, como você é patético! - e continuou rindo!
- Dá pra parar de rir? É sério, porra!
- Cara, você está, claramente, apaixonado pela morena!
- Apaixonado não! Estou apenas sentindo algo estranho!
- Ô cuzão, tá apaixonado sim! Só você, e ela, que não sabem disso ainda!
- Mas esse é o problema! Pra ela é só sexo, nunca sentimentos. Sempre foi assim! Se eu falar algo sobre "ter algo a mais", ela sai correndo!
- É, acho que você tem razão.
- Ela estava muito estranha ontem de noite e hoje de manhã. Estava mais seca, como se me evitasse.
- Olha, está bem claro os seus sentimentos por ela, mesmo que o cuzão negue. - disse antes que eu o interrompesse - Já ela, é um campo minado. Assim como todas as mulheres. Você não sabe onde pisar, e se pisar errado, você explode! - disse melancólico. Estranho. - Você vai ter que ir mostrando seus sentimentos aos poucos, bem aos poucos. Ou ela foge de vez!
- É, eu também acho. Mas como eu faço isso?
- A morena é sua, irmão. Dê deus pulos!
- Aí porra! - virei meu copo de whiskey e lamentei.

Vai ser difícil. Porra, vai ser muito difícil!

~*~

Um dos amigos do meu pai, que mora em Ilha Bela, convidou a todos nós para um jantar. Era aniversário de seu sobrinho mais velho, e eles comemorariam com uma jantar é uma festa depois.
Jen estava linda num vestido rosa claro de cetim. Como minha morena é linda. Isso babaca! Banca o possessivo mesmo!
Estávamos todos sentados à mesa comendo e rindo de alguma história louca que minha irmã contava, quando a música ambiente mudou para uma mais lenta.
- Quer dançar, carinho? - estiquei minha mão e sorri
- Claro, doutor! - segurou minha mão e fomos em direção à pista de dança improvisada. Segurei meu carinho nos braços e começamos a nos movimentar.
- Eu amo seu cheiro! - disse passando o nariz por seu pescoço sentindo os pelo eriçados.
- E eu amo quando você usa a camisa assim, aberta até a metade - disse passando a unha em meu peito esposo por causa dos botões abertos.
- Vai me deixar duro no meio de todo mundo, carinho. - a safada riu no meu ouvido e subiu as unhas para a minha nuca
- Essa é a minha intenção, carinho. - me beijou profundamente, mordendo o meu lábio e me deixando cada vez mais duro. Eu não vou aguentar!
- Carinho, tá vendo aquele corredor? - apontei para o mesmo - No final dele tem uma porta, um quarto. Me espera lá só de calcinha e salto alto - sorriu sacana para mim com as bochechas corando.
Saiu rebolando aquela bunda maravilhosa em direção ao corredor, e eu fui atrás de uma garrafa de champanhe e duas taças.
Quando Sean me olhou, dei uma piscadela segurando a garrafa e ele riu retribuindo a piscadela.
Estava me aproximando do corredor quando alguém me parou e me empurrou para a parede fazendo com que a garrafa caísse de minha mão e quebrasse no chão. Era Raquel.
- O que diabos você tá fazendo aqui, Raquel?
- Eu vim atrás de você, meu amorzinho!
E a louca, simplesmente, abriu a parte de cima do vestido e me atacou! Me pressionava na parede e esfregava os seios em mim. Tentava colocar a língua em minha boca. Gemia alto e ofegava. Eu tentava empurra-lá sem machucar, mas eu não estava conseguindo!
- Raquel! - tentei dizer em meio ao beijo, mas minha voz mal saia!
-Aí, meu amor! Que saudade! - agora ela agarrava meu pau e o apertava.
- Raquel? - ela não me ouvia. Foda-se o cavalheirismo! Empurrei ela pra longe e cuspi no chão.
- Você ficou louca, mulher? Quem você pensa que é pra me atacar assim? - a louca levantou do chão rindo, amarrou seu vestido novamente disse:
- Minha missão aqui está cumprida. Adeus, meu amor! - e simplesmente saiu andando! Assisti ela virando o corredor quando avistei Sean e Helena com caras péssimas. Helena veio em minha direção e simplesmente deu um tapa na minha cara!
- Pra que isso? Tá todo mundo louco hoje!
- Eu não acredito que você fez isso! Seu babaca! Eu quero arrancar sua pele fora!- Sean segurava minha irmã que queria me atacar
- Do que você tá falando? Do que ela tá falando? - perguntei a Sean
- A Jen assistiu a cena de amor entre você e a Raquel e saiu daqui um tanto chatiada, irmão.
- Era isso que aquela louca falou! Irmão, a Raquel veio até mim quando eu estava indo encontrar a Jen no quarto. Ela simplesmente arrancou a parte de cima do vestido e me atacou! Eu mal consegui me mexer!
- Então você não teve uma recaída com a vaca? - perguntou minha irmã
- É claro que não! Jamais trocaria a Jen por ela. Ou por qualquer outra! - droga, Sean tem razão!
- Aí droga! Eu realmente estou apaixonado por aquela doida!
- Finalmente! - disseram os dois em uníssono
- Agora vai atrás dela, cara!
- Corre, cu! - disse minha irmã

Não esperei, sai correndo em direção à saída da casa. Corria pela praia procurando por ela. Já que a casa era perto, fomos todos caminhando. Cheguei a casa de meus pais e encontrei tudo escuro. Fui até nosso quarto e vi várias roupas na cama e no chão. Vi que a mala de Jen não estava mais lá. Procurei por suas roupas, mas ela havia levado tudo. Ela foi embora!
Peguei o carro correndo pra ver se ainda a pegava na rodoviária. Ganharei várias multas hoje, mas meu carinho é mais importante. Desci correndo na rodoviária e perguntei onde saia o ônibus para o Rio. Fui até o terminal e o vi saindo. Gritei, corri, mas ele não parou.

Jen me odeia. Jen se foi.

That Brazilian DoctorWhere stories live. Discover now