Passeio

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Talvez vocês estejam se perguntando pq eu apareci tão cedo depois de uma att e eu vou contar o motivo agorinha: estou lançando uma história original, lésbica e que se passa no sul do nosso país! Queria muito que vocês passassem por lá e dessem uma lidinha, quem sabe não gostam, né? E essa vai ser bem mais informal, até pq eu vou usar muito da nossa cultura brasileira. Enfim, espero que gostem do capítulo, da história nova e de todo o resto. Boa noite, meus amores, beijinhos da tia Luma 🥰

POV Pete

Ae não me deu escolha. Foi apenas um aviso que eu nem mesmo tentei rebater. Obviamente eu queria e muito estar com ele, me dar a chance de, mais uma vez, fazê-lo se apaixonar por mim. Mas será que eu seria capaz? Será que eu conseguiria fazer com que as chamas apagadas dos sentimentos dele se acendessem de novo pra mim?

Eu já estava pronto, sentado na beira da cama com uma camisa bege, apenas aberta no pescoço e no início do peitoral e a mesma calça que eu usei no meu primeiro beijo com ele. Claro que, depois de anos, ela tinha tudo para estar estragada, mas eu não tinha tido coragem de usá-la de novo desde aquele dia, ou seja, ainda estava tão nova quanto era há alguns anos atrás.

Fiquei tanto tempo tendo meus devaneios olhando pela janela do quarto, que pude ver Ae chegar mais de meia hora antes do combinado. E diferente de antes que ele me carregava em sua bicicleta, aparentemente naquele dia, ele me levaria numa moto. Não tenho a menor ideia do que passou na cabeça do Intouch ao vir até aqui de moto, mas ele provavelmente tinha uma aventura pra me levar, pois não tinha outra opção.

Pensei em descer para não o deixar esperando, mas perdi a vontade ao perceber que, talvez, isso faria com que ele me achasse desesperado demais. Não é que seja mentira, mas só não queria demonstrar isso de forma tão clara para ele.

Fiquei observando suas ações desde o momento que estacionou a moto ao lado do meu portão e me coloquei atrás da cortina para apenas o espiar. Suas pernas cobertas com uma calça social cinza desceram do veículo e se prostraram ao lado da roda dianteira. Ele olhava para todos os lados e apertava suas mãos uma na outra.

Sua camisa estava com três botões abertos e era de uma branquidade sem igual. Mas o que notei foi que ela estava torta e sua gola estava levantada. Eu com certeza não faria nada, a menos que ele me desse liberdade para isso. Não queria estragar o momento e nem o deixar constrangido sem necessidade. Eu não gostaria que ele fizesse isso comigo em um momento tenso como aquele.

Ainda cuidei seus passos por uns 20 minutos e ele andou muito de um lado para o outro naquele meio tempo. Sua pele parecia brilhosa e eu fiquei na dúvida se era algo que ele havia passado no rosto ou apenas suor, mesmo que naquele dia o clima estivesse estritamente agradável.

Mexeu numa mochila que estava na parte dianteira da sua moto, abrindo-a e verificando algo por várias vezes, me deixando extremamente curioso sobre o que estaria ali dentro.

Quando ele finalmente me ligou, eu peguei no telefone e foi quando comecei a me sentir nervoso. Parecia que o momento que eu deixaria de ser um observador e me tornasse parte ativa daquilo não seria confortável como estava sendo até aquele segundo. Mas firmemente atendi sua chamada.

— Oi, Ae. — Falei, com a voz trêmula.

— Tô aqui embaixo, Pete. Você vai descer em seguida? — Enquanto ouvia ele falar, já me dirigia para a saída do quarto. — Mas não tenha pressa, tudo bem se não estiver pronto.

Pronto eu realmente não estava, mas arrumado sim. Então, não existia motivo plausível para eu enrolar ainda mais o adiantado que havia vindo me buscar.

Memories of YouWhere stories live. Discover now