Capítulo XXIII

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A sala era gelada e húmida. Orian sentia algo humido deslizando por seu braço e gotas eram ouvidas a cair no chão. Um cheiro forte invadia suas narinas e sua boca estava seca. Kell abriu os olhos e estes estavam um azul vivo mas logo voltou à sua coloração normal, ela olhou para os lados e tinha máquinas por todos o lado, a mesma sentou na cama e sentiu sua cabeça girar. Com dificuldade ela desceu da maca e olhou pela janela pequena que tinha barras de metal. Lá fora estava a nevar, tudo coberto de neve e Orian nutou um movimento estranho três homens armados com vestimenta preta atiravam em outros de branco e estes revidavam. Ela sabia quem ia ganhar, os de branco óbvio, além de serem mais também tinha mais facilidade em ver o inemigo por ele estar de preto.
Kell saiu de perto da janela e ia pegar numas facas de cirurgia e devido a essa decisão ela reparou que em seu braço direito tinha um corte profundo e o seu sangue escorria do mesmo porém não doía. Também reparou que estava com o seu traje de combate da Hidra. Ela pegou uma compressa que tinha lá e fez um curativo simples, de seguida pegou quatro facas e foi até à porta. Estava prestes a abrir quando começou a ouvir passou e sussurros.

- Merda. - ela viu um armário e decidiu entrar.

De seguida algumas pessoas entraram na sala.

- A garota não está na A104. Repito a garota não está na A104. - um homem falava.

- Continuem a procurar. Ela é propriedade do exército americano. - a voz saia de um comunicador.

- Sim senhor. - os homens saíram da sala.

Orian ficou um tempo à espera que eles saíssem e só depois saiu do esconderijo.

- Tenho que sair daqui. - falou com um sussurro.

Orian saiu da sala com cautela, não podia ser vista de jeito nenhum pois estava fraca, ela andou um longo corredor com dificuldade e enquanto andava reparava nas possas de sangue. Parecia que alguém tinha sido arrastado pelo chão com uma ferida profunda. Ela andou mais rápido e por sorte viu uma placa verde. SAIDA. Ela abriu a porta e deu de caras com um monte de homens de preto mortos no chão com o símbolo de um polvo vermelho na manga do braço direito. Orian levou um susto quando receveu um tiro de raspão, esta abaixou atrás de uma pedra e tentou descobrir de onde vinha os tiros.

- Achei vocês. - eram cinco homens de preto atirando nela, ela pegou nas facas que tinha no bolso de trás das calças ensanguentadas e atirou na cabeça de quatro - E fiquei sem facas. - ela olhou ao seu redor procurando algo que a possa ajudar - Bingo. - ela viu uma arma perto de um dos cadáveres, a mesma ficou deitada na neve gelada e começou a arrastar-se para a arma.

Ela conseguiu, chegou à arma levantou e atirou na testa do homem que caiu no chão, Orian foi até ele e pegou a arma dele e em monições que ele tinha no bolso do colete que vestia.

- 003 venha para a base temos um 082. Repito temos um 082. - a voz masculina saiu de um comunicador.

- Acho que ele não vai responder. - ela comentou e saiu de lá entrando em uma floresta coberta de neve.

Agora que as coisas pareciam estar mais calma ela começou a pensar do porquê de ela estar ali, de quem eram aquelas pessoas de branco e do porquê de ela estar com o traje de combate da Hidra.
Orian sentiu algo a segui-la e esta virou bruscamente e apontou a arma. Era uma criança. No mesmo momento ela abaixou a arma.

- Oi. - Orian olhou para todos os lados - O que você faz aqui?

- Bist du das Mädchen, das uns retten wird? - a garota loira estava com um ursinho de película.

- Desculpa. - Orian ouvia tantas vezes o rádio dos alemães que já sabia que a língua que a garota falava ela alemão - Ich kann kein deutsch sprechen. - Orian tentou falar alemão e ela resava para aquilo que ela disse ser "Não sei falar alemão"

- Você fala bem alemão. - a garota atirou o seu ursinho para o chão - Eu tinha perguntado se eras a nossa salvação.

- Você é alemã?

- Vai me matar se eu disser que sim?

- Não. - Orian olhou para o urso - O que tem aí?

- Uma bomba. - a garota tinha um sorriso sinico.

- Como é? - a garota correu deixando a bomba no chão - Droga. - Orian ia começar a correr mas a bomba explodiu.

(...)

Orian acordou devido a barulho de tiros mas estes estavam com o som abafado. Ela olhou para os lados e reparou que tinha um escudo de energia azul protegendo-a dos tiros.

- Parem. - ela pediu mas os homens de preto continuavam a atirar, Orian ficou irritada e levantou.

As auras azuis apareceram em suas mãos e esta fez um movimento como se fosse emporrar alguém e assim as luzes checutiaram os homens e estes caíram no chão.
Orian ouviu vozes e passos então ela subiu uma árvore e ficou num ramo seguro esperando os outros soldados passarem. Os soldados eram de roupa branca e estes olhavam o estrago que Orian tinha feito.

- A garota é foda. - disse um.

- Só espero que ela esteja segura. Os americanos pediram ela viva. - outro disse procurando alguma pista.

- Pegadas femininas. - um apontou para as pegadas que Orian tinha deixado e esta xingou a si mesme de todas as formas possíveis.

Os soldados seguiram as pegadas que foram parar à árvore que ela estava, eles olharam para cima e viram a garota sentada num ramo grosso e com duas armas apontadas para eles.

- Quem são vocês? - ela perguntou e os homens posaram as armas no chão.

- Viemos salvar você. - um que tinha a barba grande disse - Estamos desarmados.

- Acham que sou idiota? Vocês têm granadas e facas nos vossos peitorais, bolsos e até nas botas.

- Garota inteligente. - o mais novo disse.

- Tirem o colete e as facas! - ela ordenou.

- Nós somos soldados de França. - um deles dizia encuanto tirava as suas armas e punha no chão.

- Como estão as coisas lá? Na França? - ela quis saber, todos já tinham tirado as armas então ela saltou do ramo e parou à frente deles - Soube que Hitler conseguiu uma parte.

- Sim mas com a ajuda dos Aliados conseguimos ela de volta. - o de barba grande falou - Pierre. - ele deu a mão para a garota e esta aceitou.

- Orian Kell. As vossas identificações? - ela pediu e eles todos mostraram o corar que tinham no peito.

- O Capitão América está à sua procura na Itália.

- Itália? Tão longe.

- É você está desaparecida à três meses. - o mais novo disse.

- Três meses? Como? - Orian ficou espantada.

- Você não lembra de nada? - Pierre perguntou.

- O que eu fiz? - ela estava a desesperar.

- Meu Deus! Ela não sabe. - o mais novo ficou pasmado.

- Iremos contar tudo, mas é melhor irmos para uma base que tem em Paris. - um homem de bigode falou.

- Paris? Nós estamos em França?

- É! - o mais novo falou.

(...)

Eles chegaram à base que era subterrânea. Os soldados deram um cobertor, roupa e uma bebida quente para a garota de seguida ela e três soldados incluindo Pierre foram para uma sala para contar o que havia acontecido.

𝑂𝑠 𝑃𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 𝑽𝒊𝒏𝒈𝒂𝒅𝒐𝒓𝒆𝒔 Where stories live. Discover now