Capítulo 4.

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Olivia Hawkins.

Malibu, Califórnia.


Dou passos cuidadosos ao descer os degraus da escada. Ainda sinto os vestígios de sono em meu corpo devido a noite mal dormida. Durante toda a madrugada, rolei de um lado para outro na cama, tentando achar uma posição confortável, esperando que o sono finalmente chegasse, mas foi apenas quando eu vi o nascer do sol da janela do meu quarto que eu consegui finalmente fechar os olhos. Assim que acordei e chequei a horas no meu celular, percebi que tinha perdido completamente a hora e o café da manhã. Há um reconfortante silêncio e calmaria a medida em que desço as escadas e chego até a sala, por isso, suponho que Zoey ainda não chegou para a tal partida de vôlei.

— Olha só! — A voz surpresa de Carolina me dá as boas vindas quando seus olhos pousam em mim. — Parece que a Bela Adormecida finalmente resolveu acordar da maldição. — Em um tom irônico, ela acrescenta.

Carolina está apoiada no balcão de mármore, com o corpo levemente inclinado para frente, enquanto tem em mãos algo que não consigo identificar, mas suponho que seja comida ao vê-la levar as mãos até a boca.

— Desculpe. — Sentido-me extremamente culpada, eu lamento. — Esqueci de ativar o despertador ontem à noite e acabei perdendo a hora.

Espero que nem ela, nem Harry tenham ficado chateados por eu ter perdido o café da manhã.

— Você deu sorte. — Mastigando, ela diz.  — Eu estava considerando derrubar a porta do seu quarto, já que eu bati duas vezes e você não deu nenhum sinal de vida.

— Você bateu na minha porta? — Franzo o cenho em uma mistura de desentendimento e surpresa. Eu não me lembro de ter ouvido sequer um único barulho. — Eu não ouvi nada.

— Liv, eu quase quebrei a madeira de tanto bater. — Lina declara, dirigindo um olhar firme para mim.

Contenho a vontade de revirar os olhos ao ouvir a sua declaração. Carolina consegue ser muito exagerada às vezes.

— Eu realmente não ouvi, desculpe. — Repito, esperando que ela note, pelo meu olhar arrependido, que eu não fiz de propósito. — A Zoey já chegou?

— Ainda não, mas ela me enviou uma mensagem dizendo que já está a caminho. — Responde. — Se você quiser, ainda tem suco na geladeira, mas o almoço está quase pronto.

Mordo a bochecha, analisando a informação. Surpreendentemente, não estou com tanta fome assim, então com certeza um copo de suco poderia me encher facilmente por bastante tempo.

— Acho que vou esperar pelo almoço. — Aviso.

— Você quem sabe. — Ela dá ombros. — Onde está o seu biquíni? — Franze as sobrancelhas, analisando-me de cima a baixo.

Mostro o biquíni que está escondido embaixo da minha roupa — um vestido branco, um tanto justo na cintura, com desenhos minúsculos de girassóis espalhados pelo tecido — e ela apenas assente.

— Carolina, você pode vir aqui, por favor?

A voz um pouco abafada de Harry, vinda do quintal, nos chama atenção, e Carolina e eu nos dirigimos até lá.

Harry está em frente a uma pequena churrasqueira, cozinhando algo como sempre. Por conta do sol e calor, ele está usando uma blusa amarela florida e uma bermuda da mesma cor. A combinação poderia ser um tanto exagerada, mas de alguma maneira, ele faz funcionar. Seu semblante e postura parecem bastante relaxados enquanto ele se concentra na carne.

Golden Summer | H.SWo Geschichten leben. Entdecke jetzt