_ E você, Gulf, o que diriam os seus pais?
_ Se soubessem que eu estava noivo? Ficariam muito felizes, tenho certeza. Mas por sorte moram longe e não sabem do que está acontecendo por aqui. Portanto não haverá lágrimas quando tudo terminar.
Gulf imaginava se a mãe soubesse que ele estava noivo de um empresário...
Um empresário? Você quer dizer um daqueles empresários que podem ter tudo o que quiserem ao seus pés que usam ternos e governam empresas enorme.
_ Quem tem a pele sedosa e dourada em sua família? Seu pai?
Mew inclinou-se na mesa e passou o dedo pelo rosto e o pescoço de Gulf. Porque fazia ele essas coisas? Gulf se perguntou. Porque o beijara no carro? Porque o fitava daquele jeito? Não havia ninguém no bar para impressionar, fingindo que estavam realmente noivos. Então porque... Porque... Porque... Inclinava-se na mesa e o bebia como se fosse um beduíno sedento, no deserto?
_ Minha pele? _ Gulf tinha dificuldade em responder. Não que se tratasse de uma resposta difícil, mas Mew o perturbava. _ Bem, meu avô tinha pele dourada. Dizem que me pareço muito com ele.
_ Ele deve ter sido lindo.
_ Penso que isso seja um elogio. É?
_ Pela sua reação, acredito e não tenha tido muitos.
_ Não, não tive. Quando era menino, os meninos caçoavam de mim. Na escola secundária... Bem, já lhe contei sobre isso. Quando tive escoliose, retirei-me das atividades sociais. Ninguém olhava para mim.
_ Não acredito que ninguém olhasse para você Gulf. Deviam ser cegos.
_ Mew, não precisa me elogiar. Já concordei com nossos planos. São bons para mim, são bons para você. Sou grato por ter me respeitado naquela noite. Ok?
_ Mas, por favor, não pense que todos os empresários são Playboys. Acredite em minha sinceridade. Com certeza alguém antes de mim lhe disse que era lindo.
_ Preciso ir ele declarou, levantando-se.
Mew jogou algum dinheiro sobre a mesa e o seguiu para fora do bar, segurando-o pelo ombro, num gesto possessivo. Gulf saiu de cabeça erguida. Tinha de admitir que ele o fizera sentir-se atraente, apreciado e, sim... Até lindo. Seria essa a arte deles para dar prazer aos homens? Provavelmente. Ou sinceridade mesmo? Como gostaria de acreditar que fosse a última. Mew o conduziu ao carro e agradeceu:
_ Obrigado por ter vindo aqui esta noite. Transformou uma situação estranha em agradável.
Gulf comunicou a hora e o local da recepção na escola. Ele ficou de apanhá-lo e beijou-o no rosto antes de abrir a porta do carro.
O rosto de Gulf ficou em Chamas até ele chegar em casa. Alguns dias mais tarde Samantha, a recém-casada, telefonou. Antes que Gulf perguntar-lhe como havia sido sua lua de mel, Samantha quis saber se os boatos sobre o noivado eram verdadeiros.
_ Mais ou menos. Exatamente o que ouviu?
_ Jenny me disse ter sabido que você estava noivo do primo dele. Eu lhe respondi que não podia ser verdade. Vocês se conheceram no casamento, não foi?
_ Foi. Mas as coisas não são bem como você pensa _ Gulf explicou.
_ Imagino, porque esse ato não é do seu tipo. Então, como foi que a família chegou a essa conclusão? _ Samantha perguntou.
_ Posso explicar... Acho. Mais veja, Samantha, é estritamente confidencial, entre mim e você. Não conte nada a ninguém, em especial a membros da família.
YOU ARE READING
Um Homem para Amar
FanfictionPrólogo Gulf Kanawut era o damo de honra no casamento de sua melhor amiga. Mas o perfume das flores o perturbou, e, depois de ter tomado várias doses de antialérgicos, Gulf desfaleceu e acabou sendo carregado pelo atraente Mew Supassit. Imagine a...