34: Acho que ainda há muito a ser feito.

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  _ Naturalmente que precisará me orientar como fazer a plantação. Jamais cuidei de Jardins.

   Antes que Gulf pudesse protestar, ele saiu do Jardim e foi ao carro. Lá, telefonou para Kaownah e lhe disse o que deveria fazer no escritório.

  _ Um minuto _ Kaownah protestou _ estou saindo para almoçar.

_ Isso você achou. Quero que me substitua.

  _ Por quanto tempo? _ o irmão perguntou.

  _ Tanto quanto for necessário.

  Kaownah concordou com relutância e Mew foi a uma loja na vizinhança e comprou jeans e camiseta. Trocou de roupa na loja pois queria que Gulf pensasse que ele tivesse ido em casa para se vestir.

  Mew ficou muito satisfeito com o jeans e a camiseta, mas não gostou dos sapatos. Por isso, no caminho parou numa loja de calçados afim de comprar sapatos que julgava mais apropriados. O único problema foi que eram novos demais. Claro.

   Voltando para casa de Gulf comprou alguns sanduíches e saladas. Não pensará em lhe perguntar ao sair o que ele preferia, mas ficou satisfeito ao notar o prazer no rosto de Gulf com a aparência dele. Ficará surpreso, sem dúvidas, com a transformação. Claro, continuava, pensando que ele era um empresário rico e mimado. As roupas significavam apenas metade da Batalha.

   Depois do almoço no Jardim, Mew começou cavoucar a Terra e a plantar, de acordo com as instruções de Gulf. Ele não se sentia muito bem dando ordens, pelo menos no começo. Mew cometerá alguns erros, como arrancar mudas de alface pensando que fossem ervas daninhas.

  No fim da tarde enxugou o suor do rosto e sentou-se ao lado de Gulf no banco. Estava cansado, mas feliz. Quase tão feliz como após uma partida de golfe.

  _ Minha mãe disse que você gostaria de se casar em seu jardim _ Mew comentou.

  _ Oh, sim, eu estava falando sem pensar. Não tive intenção... _ Gulf ficou rubro de vergonha e virou o rosto.

  _ Porque não? O altar poderia ser feito no caramanchão _ disse Mew. 

  _ Acho que sim, poderia. Mas não vou me casar. Disse isso só porque ela me perguntou. Naturalmente que não poderia me imaginar casando na catedral, como Samantha. De qualquer forma, Mew, lhe agradeço muito por seu trabalho em meu jardim. Você foi de grande auxílio.

  Mew teve a impressão de que Gulf o despedia. Mas não estava decidido a ir embora.

  _ Acho que ainda há muito a ser feito _ ele disse.

   _ O resto pode esperar.

  _ Porque esperar? Posso voltar amanhã. Claro, se você me quiser.

_ Bem, naturalmente, mas...

   _ Agora, vamos ver o que há em seu freezer para jantar. Todo esse trabalho me deixou faminto.

   Antes que Gulf pudesse protestar, Mew carregou-o nos braços para casa. No caminho, ele disse:

  _ Apenas quero saber, se um dia eu ficar noivo com a intenção de me casar...

  _ Não precisa me explicar nada _ Gulf interrompeu-o. _ Sei como se sente. O próximo passo será romper nosso noivado.

_ Não vamos falar sobre isso até entrarmos na casa _ Mew disse. _ Nesse meio-tempo... Ele sabia o que fazer no meio tempo. Gulf estava tão perto, os lábios apenas alguns centímetros distantes, tentando-o, torturando-o. Gulf estava tão quente, tão meigo, com o aroma do ar fresco do Jardim. Havia Qualquer coisa nos olhos dele que Mew nunca vira antes. Seria sedução?

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