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14 de junho, 2014

*Cecília Mitchell*

Acordei em uma cama macia... Não parecia ser a minha. Tudo isso foi um sonho?

Estava escuro, porém deu para perceber que aquele não era o meu quarto. Meu coração batia acelerado no peito, minhas mãos estavam suadas, e eu estava tremendo. Lágrimas ameaçavam cair dos meus olhos. Estou com medo.

Levantei de vagar e abri as cortinas; o sol estava alto no céu. Com o quarto iluminado eu pude ver tudo com detalhes. O lugar era grande, a janela trazia uma boa iluminação, todo o cômodo era de tons de branco e cinza claro. Havia uma poltrona ao lado da cama de casal que eu estava anteriormente.

Vi duas portas, a primeira que entrei era um banheiro, seguia os mesmos tons do quarto. Era grande, tinha uma banheira de um lado e no outro canto um Box todo transparente.

Olhei-me no espelho e vi como minha pele estava pálida. Eu estava tonta e sentia meu corpo meio anestesiado, não conseguia raciocinar direito. Parecia que eu havia acabado de sair de um coma profundo.

Ouvi o som da porta do quarto se abrindo, assim que sai do banheiro encontrei uma mulher que parecia ter uns quarenta anos. Seus cabelos eram pretos com alguns fios grisalhos, vestia uma camisa de mangas curtas bege e uma calça preta, parecia um uniforme. Tinha um rosto simpático.

-Vejo que já acordou querida. Me chamo Amélia, sou a governanta da casa. –Disse com um sorriso simpático, que eu não retribuo.

-Onde estou? Por que estou aqui? Quem que fez isso comigo? –Perguntei tudo em um tom de desespero.

-Não sou eu que posso responder suas perguntas querida, lamento. –Respondeu com compaixão. –Trouxe algo para você comer. –Disse sorrindo.

Só agora que percebi que ela estava com uma bandeja nos braços. Me dei conta que estava morrendo de fome.

-Obrigada.

-Vou deixar na mesa de cabeceira; quando terminar de comer me encontre lá em baixo, vou apresentar-lhe a casa. –Disse e depois saiu.

Na bandeja havia duas torradas com geleia, um croissant, morangos e um copo com suco de laranja.

Depois de comer tudo sai do quarto, o corredor era gigante, imagina o resto do lugar... Desci as escadas e dei de cara com uma sala ampla, o lugar era todo de cores claras, vi uma porta grande que parecia ser a saída... E claro que estava trancada. Fui para a passagem do outro lado da sala e encontrei a sala de jantar. Depois encontrei a cozinha, Amélia estava lá junto com uma mulher de cabelos castanhos, um pouco mais nova que ela; também vestida com um uniforme, só que diferente do da Amélia.

-Srta. Cecília é um prazer conhecê-la. Meu nome é Giulietta, sou a cozinheira aqui.

-Olá. –Respondi em um tom baixo.

-Venha menina. Vou mostrar a casa. –Falou Amélia.

Aquilo não era uma casa. Era uma mansão. Tudo era grande, tinha piscina, outras salas (não sei porquê rico gosta tanto de salas). Tinha um escritório que eu não vi por dentro, Amélia me alertou que eu não podia entrar lá. Vários quartos, uma biblioteca e assim foi.

Eu ainda estava morrendo de medo, não sei quem me trouxe pra cá, e Amélia não me diz nada sobre isso. Estou com vontade de chorar, e sinto que as lágrimas irão cair a qualquer momento. Depois de me apresentar o lugar todo, Amélia me deixou no quarto que eu tinha acordado e disse para eu esperar alguns minutos lá; depois de ter fechado a porta e me deixado sozinha eu deixei uma lágrima solitária cair, mas logo tratei de limpa-la. Fiquei esperando enquanto olhava pela janela, a vista era para o jardim. O lugar era florido parecia que tinha saído de um conto de fadas. Escutei a porta se abrir e quando virei para olhar não acreditei no que vi...

L'amore di un Mafioso (New Beginnings -Livro 1)Where stories live. Discover now