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*Lorenzo Pellegrini*

Me despedi da Cecília e fui para o aeroporto.

Chegando lá meus homens já estavam esperando.

-Demorou em... –Falou Filippo com cara de safado.

-Não vou nem te falar nada. Vamos. –Falei revirando os olhos.

Meu irmão já estava no avião. Todos os soldados entraram e por fim eu e Filippo também.

Apertamos o cinto e o avião começou a decolar.

-Voltamos em uns 3 ou 4 dias né? –Perguntou meu irmão.

-Mais ou menos. Talvez dure mais, talvez menos... –Falei.

-Pra que todos esses soldados? –Indagou Filippo.

-Não confio nos Russos. É só por precaução.

O voo iria durar umas 10 horas, então comecei a conversar com meu consigliere e meu irmão. Depois de horas conversando e resolvendo alguns assuntos eu consegui dormir.

Acordei com um susto.

-ESTAMOS CAINDO! –Gritou meu irmão.

Fui o mais rápido que pude para a cabine do piloto, segurando onde podia para não cair.

-O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

-NÃO SEI! ASSIM QUE ENTRAMOS NO TERRENO RUSSO O AVIÃO COMEÇOU A CAIR! –Gritou enquanto tentava manter o avião sob controle.

-TEMOS QUE FAZER UM POUSO DE EMERGÊNCIA! –Gritou o copiloto.

-TORRE CENTAL, AQUI É O ALPHA ONE, NÚMERO 722695. TEMOS QUE FAZER UM POUSO DE EMERÊNCIA. MAYDAY, MAYDAY! –Gritou o comandante tentando contatar a nossa Torre em Palermo.

O avião ia cada vez mais rápido em direção ao solo. MERDA!

-NÃO CONSIGO CONTATAR A TORRE! PERDEMOS O SINAL DELES QUANDO ENTRAMOS NO SOLO RUSSO!

-FAÇA O NECESSÁRIO! Gritei enquanto voltava para a parte de trás.

-MANTENHA SUA CABEÇA PARA BAIXO! ABRACE PARA O IMPACTO! –Gritei para meus homens enquanto me sentava e colocava o cinto de segurança.

*Cecília Mitchell*

Ninguém tem noticias dele.

Eu não sei como me sinto. Estou confusa.

Ele é meu sequestrador, não deveria gostar dele e nem sentir sua falta. Eu deveria sentir raiva dele, o odiar. Mas não sei o que sinto agora.

Ainda estou deitada na cama, olhando pela janela, observando a escuridão da noite.

Amélia trouxe comida. Tentou conversar comigo, mas é como se eu ainda estivesse presa naquela conversa que tivemos com o Igor na sala.

-Amiga... –Escutei a voz de Angelina na porta.

Olho para ela que estava com uma cara abatida. Ele era irmão dela. Era... É... Não sei como me referir.

Angelina entra no quarto, senta ao meu lado na cama e me abraça.

Lágrimas inundam meus olhos.

MERDA! Por que estou chorando? Eu não gostava daquele idiota. Ele me obrigou a ficar ao seu lado. Ele fez coisas inaceitáveis comigo. POR QUE EU ESTOU CHORANDO?

Eu soluçava no colo de Angelina. Essa é a primeira vez que estou chorando desde que recebi a notícia.

Não sabemos se ele está bem. Nem sabemos se ele está vivo.

-Não era pra eu estar chorando por ele. –Falei baixinho.

Outro soluço escapa de meus lábios.

Os olhos de Angelina estavam brilhando com lágrimas não derramadas.

Ela não disse nada.

-Ele fez coisas horríveis comigo... Mas tinha momentos que eu me sentia protegida... Ele foi o primeiro que fez eu me sentir protegida desde a morte dos meus pais. –Falei soluçando.

Angelina passou aquela noite comigo.

Não só aquela noite, mas também nas noites e dias seguintes.

L'amore di un Mafioso (New Beginnings -Livro 1)Where stories live. Discover now