Perto de Enlouquecer

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SEM TEMPO PARA O AMOR

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SEM TEMPO PARA O AMOR

CAPÍTULO XXVI – PERTO DE ENLOUQUECER

Eu estava nervosa. Tão ridícula e pateticamente nervosa que sentia minhas mãos úmidas e meus batimentos cardíacos descontrolados. Minha respiração estava pesada e parecia que a qualquer momento eu sofreria uma crise de ansiedade só em pensar no que estava por vir.

Eu nunca me senti assim antes. Nem mesmo quando eu precisei saltar de paraquedas pela primeira vez ou quando precisei atirar em uma pessoa pela primeira vez. Nem mesmo quando eu entrei para CIA e estive em minha primeira missão. Nem quando eu estava prestes a ser atropelada pelo caminhão, após saltar na direção de Shawn, eu estive com a adrenalina tão elevada.

Na verdade, não fazia sentido algum. Eu já estive em situações muito piores. Comparado ao que eu vivi em meu treinamento para fazer parte da S.H.I.E.L.D. isso era menos do que um grão de areia. Ainda assim, meu corpo parecia muito mais apavorado com o encontro de Shawn e minha família do que com as inúmeras vezes em que estive diante da morte.

Três semanas se passaram e o dia da viagem chegou. Não havia sido fácil combinar minha agenda com a de Shawn. Por causa das provas finais do semestre na faculdade e o desenvolvimento de sua pesquisa, meu marido precisou de duas semanas para conseguir férias do trabalho. E logo em seguida eu precisei viajar para participar de uma missão da CIA.

Mas finalmente conseguimos combinar nossa viagem para visitar minha família por uma semana, antes de seguirmos para Miami, onde também passaremos uma semana.

Após quase cinco horas de viagem, eu me encontrava sentada em um banco no aeroporto de Seattle, observando o vai e vem de passageiros e funcionários, me perguntando se é tarde demais para cancelar com a minha família e ir para o destino da lua de mel.

Infelizmente, eu sabia que isso seria impossível. Já havia sido difícil convencer os fofoqueiros e intrometido dos meus parentes a esperarem nós irmos para Seattle por três semanas. Se eu adiasse mais esse encontro da minha gigantesca família com o meu marido, era capaz das minhas tias me caçarem até o inferno e me arrastar pelos cabelos até eu concordar em apresentar meu marido.

- Você está bem? – Pergunta Shawn, entregando-me um copo de água. Assinto e ele me encara desconfiado, enquanto se senta ao meu lado e pega em minha mão livre. – Tem certeza disso? Suas mãos estão geladas. Acho que está com a pressão baixa.

Depois de dormir a viagem inteira, assim que o avião pousou em Seattle, minha mente parece ter despertado para a minha complicada realidade. A imagem de reencontrar minha família inteira no aeroporto, fazendo seu típico escândalo e atraindo ainda mais a atenção da imprensa que provavelmente já estaria de olho em nós me fez entrar em desespero.

Mesmo depois de quase um mês de casamento, Shawn e eu ainda estamos sendo alvos da atenção da mídia, o que complica e muito o meu trabalho na CIA. O fato da informação de estarmos visitando a minha família e planejando a nossa lua de mel só havia aumentado ainda mais o interesse do público em nós.

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