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A-niang [Família Jiang - Parte 01]

Já faz um tempo que eu queria escrever algo do tipo, terminei hoje, tá quentinha, espero que gostem. :3

Boa leitura

Betada por: lyu_dnjm

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Sinopse: ZiYuan sempre fora dura e autoritária, um verdadeiro coração de pedra, poderia uma pequena criança abandonada fazer aflorar sentimentos nessa rocha?

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Yu ZiYuan voltou para a pequena cidade do interior onde nascera, após o falecimento precoce do marido, agora com dois filhos pequenos para criar sozinha, ela decidiu ir para um lugar onde o custo de vida fosse menor, assim, poderia abrir um pequeno negócio e sustentar sua família. 

Desse modo, a mulher retornou para a casa fechada de seus falecidos pais, a propriedade não era grande, morariam na casa de cima, onde ela cresceu e seu sustento seria retirado do andar de baixo, em que, anos atrás, funcionava um modesto restaurante de macarrão, ofício esse que pertenceu a seus pais até o momento de suas mortes, mas que ela nunca quis aprender, sempre estudou muito para obter uma bolsa numa boa escola da cidade grande e logo cedo conseguiu, nunca soube cozinhar nada, tampouco fazer massa de macarrão, no entanto, a vida a levou exatamente para o lugar do qual ela tanto quis sair. 

Tudo estava empoeirado e com cheiro de mofo quando chegou, seu filho mais novo, de apenas 5 anos, até mesmo ficou doente por conta disso, sua sorte é que a mais velha, de 8 anos, sempre era atenciosa e cuidou dele enquanto ela limpava a casa inteira, sozinha. Como sempre fora, de certa forma. 

Passou dois dias inteiros limpando tudo, no segundo dia o carregamento de materiais chegou, no terceiro dia ela fez inúmeras tentativas falhas de massa, não poderia jamais abrir o estabelecimento com aquela gororoba. 

Durante o resto da primeira semana, ela não saiu da cozinha, testando uma receita atrás da outra, escrita por seus pais, até conseguir fazer algo decente o bastante para ser vendido, foi assim, que no início da segunda semana, ela reinaugurou o restaurante. 

A comunidade ficou feliz em saber que a pequena Yu, agora não mais pequena, havia retornado, a maioria das pessoas ao redor já eram idosos ou perto disso, o centro comercial era pacato e até as pessoas mais jovens ali eram rudes. 

Certa vez, enquanto varria a calçada do estabelecimento antes de abrir, ela viu uma criança pequena, de cabelo desgrenhado, com a pele suja e trajando uma camisa de adulto velha e rasgada, automaticamente ela pensou: "Pais de merda, colocam as crianças para mendigar para dar dó.", em seguida, ela voltou para dentro do restaurante, não sustentaria adultos preguiçosos que usam os filhos daquela maneira. 

A rotina diária era pesada, acordava antes da 5 da manhã para preparar as massas, o desjejum dos filhos e os despachava para a escola, perto do meio dia abria o restaurante, no final da tarde, suas crianças voltavam da escola e comiam juntos lá mesmo, após às 9 da noite, ela fechava o estabelecimento, fazia as coisas de casa, dormia e no dia seguinte, tudo começava de novo.

Ver aquele pobre garoto maltrapilha havia se tornado recorrente, ele sempre ficava perambulando pela rua, os donos dos outros estabelecimentos sempre o enxotava, reclamando que ele fedia e era nojento. 

Quando perguntou sobre o menino aos vizinhos, eles disseram que era apenas um miserável abandonado, a forma como falaram dele a deixou nauseada. 

O lugar era remoto e não tinha orfanato ou abrigo, ela tentou ligar para o mais próximo, na cidade vizinha, porém, estava lotado e não aceitava mais ninguém. Sendo assim, ela só tinha uma coisa a fazer.