2- Bar

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Por fora, o bar era todo iluminado; destacando, lindamente, as cores que compunham a bandeira LGBTQIAP+. Os olhos de Victoria brilharam com a visão, traspassando, para quem quisesse ver, o quão orgulhosa sentia-se por petencer a comunidade. Sem medo. Sendo verdadeiramente o que é.

Vendo a feição da amiga, Carina deu-lhe uma cutucada, forçando-a sair de seus pensamentos.

- Melhor entrarmos. Deve estar incrível lá dentro. - Disse animada, puxando a amiga pela mão.

Carina não errou quanto ao local. Era amplo, com sofás sofisticados espalhados, mesas em pontos estratégicos, e, uma enorme pista de dança. A iluminação era como no Hall, tornando o ambiente interessante.

Não passava das 21:00pm. A cada minuto, o recinto enchia-se mais. Victoria optou por ficar na área do bar. Sentando-se em um dos bancos, pediu uma bebida ao moço gentil que trabalhava ali:

- Uma pinacolada, por favor. - Deu-lhe um sorriso simpático. Recebendo em pouco tempo, sua bebida.

- Aqui está! - Depoisitara a bebida sobre o balcão. Então, Victoria alcança o copo, ingerindo, devagar, o conteúdo do mesmo. Era doce, destacando no fundo o gosto do álcool. Realmente bom.

O líquido era bom. Mas, a sensação que invadia a mulher não era nada "amiga". Sentia-se perdida. Sem ter a menor ideia do que fazer ali. Muita gente, lugar novo... só queria ter ficado em casa.

- Sua primeira vez aqui? - Perguntou o rapaz, fazendo Victoria voltar a si. - Nunca te vi por aqui. É um rosto novo.

- Na verdade, sim. - Soltou um riso abafado ao virar-se, apontando na direção de Carina que, encontrava-se em meio à um grupo de pessoas. - Aquela maluquinha ali, de vestido vermelho... ela é a responsável por eu estar aqui. - Se volta para o rapaz que, tinha seus olhos presos na loira. Estala o dedo em sua frente, e, o mesmo sai do transe.

- Se olhar mais um pouco, teus olhos irão saltar para fora. Vá até ela no fim do expediente. Carina sempre é a última viva alma que sai dos lugares festivos. Talvez, dê sorte. - Piscou para ele, recebendo um aceno positivo.

- Obrigado... qual seu nome? - Perguntou ele.

- Victoria Vilarin. Satisfação. - Estendeu a mão em um cumprimento. O rapaz aceita o gesto, apertando-a.

- Me chamo Jonas. Bom, foi um prazer conhecê-la, Victoria. Agora, tenho que atender a clientela. Qualquer coisa, só chamar. - Distanciou-se, indo de encontro aos clientes.

Victoria passsou um tempo considerável ali, obervando tudo. 1, 2, 3 drinks. Então, o álcool mostrou seu efeito, movendo-a até a pista de dança.

Entre uma dança e outra, sentiu seu corpo chocar-se com o de outrém. Uma moça. Muito bonita por sinal: Morena, não muito alta. Tinha cabelos ondulados e, um olhar penetrante. Arriscaria dizer que, nunca vira nada igual.

Aos poucos, fora se aproximando, começando uma dança sensual. Totalmente desinibida, pousou uma das mãos na cintura da moça que, não recuou. Pelo contrário, uniu seus corpos.

Assim, envoltas na dança, a tenção sexual começava a se formar.

Em um movimento rápido, Victoria colocou-se atrás da desconhecida, pressionando seu corpo junto ao dela. Com delicadeza, mas, num toque sedutor, afastou-lhe os cabelos, tendo acesso ao seu ouvido, onde sussurrou roucamente:

- És uma bela moça, sem dúvidas. Me daria a honra de saber teu nome?

A jovem resfolegou, mordendo o lábio inferior antes de manear a cabeça para trás, tendo um vislumbre da face de quem estava deixando-a instigada.

- Lia. - Respondeu, virando-se para a dona da voz marcante. - O seu é?

- Victoria, Victoria Vilarin.

- Belo nome. Forte. Gostei. - Disse, esboçando um sorriso ladino.

- Posso ser tão forte quanto o nome, lhe garanto. - Com uma das mãos na nuca de Lia e outra pressionando sua cintura, Victoria a puxou para um beijo ardente.

No momento em que as bocas se encontraram, sincronizando-se no ato, o mundo "cessou" seus movimentos, parou. Só havia duas almas no recinto, deliciando-se, tocando-se de forma provocativa. Um convite à espreita.

Devido a falta de ar, Victoria separou-se do beijo um tanto ofegante.

- Que tal estendermos isso aqui em minha casa, hum? - Lançou-lhe um olhar profundo, indo da boca levemente rosada da jovem, até fixa-lo em suas orbes amendoadas. Ela assente. Então, num gesto rápido, Victoria alcança seu celular, mandando uma mensagem para Carina.

Carina

Estou indo para casa com alguém. Se cuida, e, me mande uma mensagem quando chegar em casa.
Ps: O rapaz que está servindo os drinks, Jonas, se não me engano, está te querendo. É gatinho até, pega. Bjoo.

Assim que terminou de mandar a mensagem, pediu um táxi e foi para casa com Lia.

Continua?....

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