9- Duas pessoas, um único desejo

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... Saíram do restaurante e Lia dirigiu até a casa de Victoria, conversariam melhor lá. Aliás, ela tinha um belo probleminha entre as pernas, descartaria a calcinha no lixo; E cobraria outra calcinha da mulher, era mais do que justo depois de tudo o que ela fez com a "probrezinha".

Lia já estava familiarizada com a casa, entrou e se direcionou ao banheiro que tinha no primeiro andar; descartou a peça no lixo. Recusava-se a ficar com ela naquele estado. Quando voltou para sala, Victoria estava tirando seus sapatos, em seguida a parte grossa do terno, ficando somente com a calça e a camiseta branca; essa que, agora tinha alguns botões abertos. Não queria olhar fixamente, mas era difícil. A mulher era tudo e mais um pouco.

- Encontrou? -  Victoria questionou, fazendo a menina levantar os olhos.

- Como? Não entendi. - Ela não tinha entendido bulhufas do que a mulher havia dito, também não conseguia e não queria controlar o que sentia toda vez que reparava em seus detalhes.

- O que estava procurando no meio dos meus seios. Você encontrou? - Avançou  em passos curtos, ficando frente a frente com Lia, pegando uma de suas mãos, colocando-a sobre o local cobiçado.

- Er... Você me deixa nervosa. - Confinou. - Eu quero ser sua. - Soltou sem rodeios. Não tinha um porquê para negar o que queria. - Agora que você já sabe quem eu sou e eu sei quem você é, eu quero tentar. - Sua fala surpreendeu a mulher que chegou a ficar incrédula por alguns segundos.

- Tem certeza disso? - Uniu sua tez a da jovem que, segurava-se para não atacar os lábios da mulher. Sua mão que estava no seio de Victoria, recai para a lateral do pescoço pousando delicadamente ali, enquanto as mãos da mulher seguravam sua cintura; pressionando-a, mas com certo carinho.

- Eu sei que teremos um processo. A negociação, o treinamento, o contrato. Não quero pular nenhuma etapa, quero o todo do jogo com você. - Ela mantinha seus olhos fixos no de Victoria, tentando mostrar através deles toda a sinceridade com que pronunciava aquelas palavras.

Do mesmo modo estava Victoria, com  olhos sempre tão expressivos, encarando a menina. Buscando em seus olhos toda a verdade que precisava. Para ela, os olhos nunca mentem. E, dessa vez, estava disposta a acreditar na veracidade que os olhos, juntamente com as palavras de Lia, emitiam.

- Onde você esteve esse tempo todo, hum?- Aproximou-se, os lábios foram de encontro aos da outra; um roçar leve, apenas para sentir sua maciez.

- Não importa muito onde estive, mas importa muito onde estou agora. - Beijou-lhe, ela não se manifestou negativamente contra o ato, levando uma de suas mãos à nuca de Lia, aprofundando o beijo. O beijo encaixava perfeitamente, suas línguas se encontravam em sincronia, seus corpos se moldavam de tal maneira que pareciam ter sido feitos um para o outro.

- Não quero transar com você agora. - Victoria apartou-se do beijo, respirando profundamente.

- Logo agora que eu queria ser fodida até estar só pó? O que você fez no restaurante foi maldade, gostosa, mas ainda assim foi maldade. Coitadinha de mim.  - Fez um bico que teve seu desmanche ao tapa depositado.

- Não foi maldade, você se meteu a espertinha achando que não seria descoberta. Apenas... brinquei um pouco. - Mordisca o lábio inferior, passando os dedos delicadamente por toda a extensão do pescoço da menina que se aconchega no toque. - Agora, quero comhecê-la. Saber mais de ti.

- Hum, por mim tudo bem!

- Que tal perguntas e respostas? Dessa vez não provoco você. - Riu, indo colocar uma música num baixo volume enquanto Lia se sentava no sofá confortável, esperando o regresso. Estava pronta para conhecer tudo sobre esse pecado em forma de mulher que, se os Deuses do sexo quisessem, iria domina-lá.

- Olha lá, hein. - Riu, virando-se para a presença que surgiu ao lado. - Você começa, a ideia foi sua.

- Ok, ok! Profissão?

- Olha, eu curso filosofia, mas eu consigo viver vendendo quadros para galerias de arte. Talvez eu migre para esse lado por completo ao invés de ser professora.

- Filosofia? Que interessante! Você de professora? Seria tentador. - Lançou uma piscadela, já imaginando como seria fazer algo com a moça em uma sala de aula, correndo o risco de serem pegas por qualquer pessoa.

- Deixa de bobeira! E a sua?

- Fotógrafa!

- Uau! - Não imaginava que Victoria poderia ser uma fotógrafa, em sua mente ela era uma administradora, arquiteta ou coisa do gênero. - Você bem que poderia tirar umas fotos minhas, viu. Meu corpo nu é arte, colírio para seus olhos. - Fazia diversas poses, tomando seu dito como um fato, gostaria de provar.

- Talvez. Sua vez de fazer uma pergunta para mim. - Apoiou a cabeça em uma das mãos, esperando a menina decidir o que perguntaria; aparentemente estava bem difícil elaborar uma questão.

- Eu não sei o que perguntar, eu sou muito ruim pra isso.

-Ok, ok. Eu pergunto. Cor preferida?

- Roxo hematoma ou vermelho sangue, e a sua?

- Preto! Roxo hematoma? Posso deixar essa coloração fácil na sua pele. - Sorriu sacana.

- Ui, não fala isso, que só de imaginar me arrepio toda. - A mulher manteve o riso pensando na próxima pergunta que faria.

- Uma posição sexual?

- De quatro, lado, baixo, em pé, eu gosto de tudo!

- Assim que é bom. Também não possuo uma preferida, inovar é sempre interessante.

- É, tem razão. Uma música?

- Olha só, pensou em algo dessa vez. - Bateu palmas como que parabenizando a menina. - Eu gosto de algumas, mas amo First position.

- Nunca ouvi, vou procurar por ela depois. Uma música que eu gosto é Lento, muito boa a batida dela.

- Sabe o que eu gosto? De mexer bem lento para você? - Em um movimento rápido se colocou sobre o colo de Victora, rebolando devagar.

- Garota, garota... - Levou as mãos até  às coxas de Lia, deixando com que sua cabeça tombasse para trás enquanto tinha os dentes por entre os lábios.

- O que? Você não gosta de me ter rebolando devagar em seu colo? - Se movimentava, indo para frente e para trás. Victoria, rapidamente, notou a falta do traje íntimo, impulsionando-se na direção da jovem.

- O que houve com sua calcinha? Teve de jogar em algum canto pelo estado deplorável que ficou? - Ergueu a sobrancelha, não conseguindo tirar a feição perversa da face.

- Algum canto não, na lixeira do seu banheiro mesmo. Me deve outra, vou cobrar.

- Pode cobrar, vou repondo umas e estragando outras. - Umedeceu o lábio inferior, encarando Lia antes de puxar-lhe a nuca, beijando-a com vontade, sem qualquer cuidado. Mordiscava e chupava os lábios da menina, fazendo com que gemesse. Ora, era disso que gostava: ter aquela mulher em seus braços, gemendo loucamente a cada toque seu.

- Sexo baunilha em despedia? Despedida do baunilha para entrar no jogo. Topa? - Propôs em um fio de voz.

- Topo, isso é, se você não fugir na manhã seguinte. - Levantou-se num rápido movimento; sentindo àquelas pernas rodearem a cintura estava pronta para subir escadas a cima, e fode-la com vontade, tal como da primeira vez. Foi quando ouviu Lia dizer o que ela esperava ouvir.

- Eu não fugirei. - Era só isso que Victoria precisava ouvir.

Continua...?

Nosso Prazer [BDSM]Where stories live. Discover now