Capítulo 50.2

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"Olá, pessoas! Como estão? Esse capítulo está um pouquinho maior e conterá cenas um pouco pesadas de tortura, então só passando para lembrar da setinha! E não se assustem... ainda é o Tommy. Mas uma parte bem ruim dele!

PS: Se quiserem se entrosar mais nesse capítulo, escutem a música da mídia"

"Eu não consigo escapar de mim mesmo
Tantas vezes eu menti
Mas ainda há raiva por dentro
Alguém me tire desse pesadelo
Não consigo me controlar

E daí se você pode ver o lado mais negro de mim?
Ninguém jamais mudaria
Esse animal que me tornei
Ajude-me a acreditar que isso não é realmente eu
Alguém me ajude a domar
Esse animal que eu me tornei
Ajude-me a acreditar que isso não é realmente eu
Alguém me ajude a domar esse animal"

Animal I have become - Three Days Grace

O coquetel oferecido por Henrico, amigo próximo de Oslo, Garcez e Ricci, foi um prato cheio para Thomas. Ele conseguia se infiltrar naquele meio cada vez mais e tirava mais vantagem e informação do que pensava. Naquele evento, em especial, ele havia escolhido deixar Colin em casa, mas levar Amália consigo. Ela demonstrara gostar de ir àqueles eventos, o que dava a Thomas um disfarce bom.

Em dado momento, em que ela se distraía em uma conversa com outra moça, Thomas se aproximou da roda de amigos de Henrico, onde cada um dos quatro estava sentado em uma poltrona diferente. Todas de couro marrom.

Notando a aproximação de Thomas, eles o convidaram a se juntar ao grupo para conversarem sobre negócios, investimentos... Golpes, desvios, subornos e outros assuntos tão desprezíveis que causavam um embrulho no estômago. Thomas não gostava de interpretar aquele papel tão mesquinho, de fingir se parecer com aqueles homens, zombar de pessoas menos favorecidas e contar vantagem, mas se ele precisava fazer aquilo para colher mais informações... Ele faria.

— O pobre sequer sabia os direitos que tinha! - Comentava Henrico – Mas eu que não falaria. Se ele não procura saber, então por que me importaria em contar?

Todos ali riam, se divertindo com a situação, até outro homem comentar:

— Funcionários devem ser tratados como cavalos de montaria.

— Com arreio e chicote. - Completou Thomas, fazendo os presentes ali caírem na gargalhada novamente.

Se ele pudesse socar o próprio rosto, ele socaria. Odiava cada centímetro de si quando tinha que fazer aquilo, mas utilizava as armas que tinha para se misturar e conseguir confiança... Para depois destruir. E aqueles homens reunidos ali, só entendiam aquela linguagem... A soberba. Só se misturavam a pessoas semelhantes.

— Charuto, senhor Belmok? - Ofereceu Henrico, abrindo uma caixa de madeira. Vendo a hesitação de Thomas, ele acrescentou - São cubanos.

Ele olhou ao redor, todos o encaravam em expectativa, esperavam isso dele. Sua mente o acusava de que ele já estava abusando o suficiente do álcool com aquele copo de uísque. Mas o que ele poderia fazer?

— Por que não? - Respondeu, pegando um.

Estava ferrado, sequer sabia como fazer aquilo. Já tinha experimentado na adolescência, com toda a curiosidade que tinha, mas havia odiado. Passou a ficar longe de qualquer tipo de droga lícita ou ilícita. Em especial cigarros e charutos, que o faziam ter uma crise de espirros e tosse. Mas ali estava ele, acendendo um e tragando. Tudo para conseguir malditas informações, com única intenção de acabar com a vida de cada um ali.

Descoberto - A vida secreta de Thomas Belmok - Escândalos Na Coroa 3Where stories live. Discover now