Querido Cafajeste - Série Poderosos e Irresistíveis 4

Capítulo 13

- Você vai finalmente deixar pra lá? - Pergunto o vendo suspirar.

- Estou cogitando isso. - O encaro surpresa e talvez aliviada. - Você é uma das poucas pessoas que talvez entenda o por que eu não quero me envolver nisso mais.

Eu realmente entendo, o trabalho de Scott já é perigoso o suficiente e se enfiar numa história complexa interligada a minha seria uma grande confusão para sua vida pessoal principalmente, poderia acabar com tudo.

- Acho que chegou a hora Victor, tem pessoas que precisam de você. - Ele afirma com a cabeça mas volta a me encarar.

- Vou fazer isso depois que acabarmos seu assunto, até lá ainda estarei aqui.

- E depois também, sou um pé no saco quando quero. - Falo brincalhona o tirando o riso mas ambos sabemos que no fundo a um medo presente.

- São muitos anos que te conheço e estou sentindo que está próximo disso acabar. - É minha vez de suspirar mas assentir por também me sentir assim.

- Agora dê o fora por que em dois minutos Jéssica vai entrar como uma louca nervosa querendo saber se está tudo bem.

- Essa mulher é o diabo, só Ian mesmo pra dar certo com ela. - Afirma ao se levantar e sorrio concordando. - Te mando notícias.

- Digo o mesmo.

Como bem sabia não demorou para a morena entrar preocupada e eu a acalmar, em seguida aproveitei a deixa para conversar com meu tio rapidamente o deixando ciente das decisões de Victor que ele também aprova, sendo ele que ensinou tudo que o mais novo sabe acho que sua opinião irá contar para o mesmo.

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Ok, estou um pouco puta no momento.

Um advogado que trabalha na mesma firma que eu pediu ajuda por ter pego um caso grande de divórcio entre um casal de celebridades, então como boa pessoa que sou tinha um acordo hoje pela tarde que ele deveria estar presente então tomei seu lugar por que estava mais livre.

O que não esperava era encontrar um bendito de um homem que a alguns meses atrás foi pra cama comigo, mas a surpresa maior era a sua esposa - de anos - ao lado.

Sim, esposa.

Puta que pariu!

Eu não sou amante e repudio atitudes como essa, o babaca conseguiu me enganar direitinho e nem pensei duas vezes sobre seu status depois que vi a marca de aliança e soube que era recém divorciado.

Filho da mãe, tomara que seja corno.

Se estivéssemos em outro lugar eu poderia ter deixado tudo as claras com a linda mulher que merece algo melhor que isso mas estava na porra do meu trabalho e aqui não poderia dar a louca e dizer poucas e boas.

- Achei que desceria do salto. - Jes murmurou quando eles saíram e estava visível sua expressão divertida.

- Filho da mãe. - Rosnei baixo. - Sorte dele é que eu estava no horário de trabalho.

- O traíra estava quase desmaiando de tão pálido que ficou.

- Aquele merda voltou na Open a algumas semanas mas ele não é associado nem nada, deve ser por isso que escondeu o casamento tão bem.

- Acredito que não irá vê-lo mais.

- E nem quero, mas talvez pegue imagens da câmera de segurança e mande pra sua esposa. - Dou de ombros sorrindo com a idéia.

Ela iria chorar ao ver as fotos e sofrer mas eu ao menos tirar um embuste da vida dela que a faz perder tempo enquanto tem algum cara incrível ai fora esperando por ela. Não é o melhor jeito de dizer que o esposo é infiel mas ainda sim não conseguiria ficar apenas observando a cena.

Estou recebendo constantes fotos da Itália que estão alegrando meus dias, o grupo que Hay criou conosco, as duas Stell e Mel é bem movimentado ainda mais com as fotos de Sam, Aurora, da gravidez de Olívia e das duas crianças mais novas, Benitto e Mattia filho de Donnatella.

Comecei a ficar mole demais por que fico rindo para fotos de crianças atoa, Jesus, preciso acordar pra vida e com esse pensamento o celular volta a vibrar de lembrete enquanto estava me aproximando do carro já imaginando cruelmente o trânsito do fim de tarde.

Me encontra nesse endereço estou te esperando.

Onde é isso Benjamin?

Só vem baby, não irá se arrepender.

Reviro os olhos para seu ego nas alturas jogando minha bolsa e uma pasta sobre o banco de trás do carro enquanto me acomodou atrás do votante passando o cinto sobre o corpo e ligando o GPS mostrando que em dezoito minutos consigo chegar ao destino final, ao menos não é no outro lado da cidade se não hoje eu esfolaria aquele homem vivo.

Estou comprando um café, quer seu Frappuccino Caramelo?

Leio sabendo que seu café é descafeinado que ele é viciado ou o bendito expresso avelã que não gosto nem um pouco mas ele sim por conta do doce.

Jamais recuraria isso e você sabe.

Por isso perguntei por educação mas o copo já está na minha mão.

Sorrio de lado achando graça enquanto começo a andar pelas ruas da cidade batucando de leve o dedo no volante de acordo com a música que ecoa baixo.

Se me pergutarem se estou louca acho que responderia eu sempre fui por que estou parada numa rua totalmente aleatória e olhando para os lado para demorar cinco segundos e encontrar Benjamin do outro lado da calçada.

- O que estamos fazendo aqui? - Questiono de cara o vendo revirar os olhos entregando meu copo que pego e bebo o líquido sem nem esperar mais nada.

- Vamos em uma loja. - Ele me puxa pela mão num gesto corriqueiro que eu nem reclamo mais em direção a um...

Espera, é isso mesmo?

- Um sex shop? - Pergunto de cenho franzido o vendo sorrir.

- Quero comprar muitas coisas e... - Se aproxima um pouco para sussurrar em meu ouvido. - Vou usar com você hoje a noite.

- Então vamos querido. - Rebato batendo em seu peito entrando na sua frente.

- Olá, precisam de ajuda? - Uma jovem fala sorrindo daquele jeito malicioso.

- Não, obrigada. - Descarto a idéia puxando Ben pela mão na direção dos vibradores e apenas o sinto do meu lado também vasculhando tudo com os olhos.

- Hmm. - Murmura levando minha atenção a ele que segura um vibrador roxo aparentemente moderno. - Tem controle.

Retribui o sorriso ladino imaginando milhões de coisas que podem ser feitas.

- Acho que vou me divertir nessa loja. - Ele gargalha alto chamando a atenção das pessoas mas eu nem me importo por que me peguei olhando direto para uma cinta peniana. - Puta merda.

- O que? - Pergunta olhando na mesma direção que eu e sorrio malicioso parando do seu lado acariciando seu braço de leve.

- Qual deve ser a sensação de foder um homem? - Jogo ao vento e o vejo me olhar de olhos arregalados depois começar a negar com a cabeça rindo.

- Nem pense nisso.

- Poxa Ben, sempre tive essa curiosidade mas propor para um cara que acabou de conhecer é impossível.

- Acedite, não vai ser lá essas coisas. - Agora é minha vez de arregalar os olhos surpresa.

- Espera, você já fez isso? - Ele ri da minha clara expressão súbita e volta a atenção para o vibrador.

- Vamos continuar nossa procura Dafne.

- Benjamin Connor. - Ralho pela sua esquiva e pelo sorriso que continua no rosto.

- Vamos baby, temos muito o que fazer.