Capítulo 6

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ANAYA

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ANAYA

Eu já estava rouca de tanto cantar, sou apaixonada pelo Belo desde novinha, ele faz umas músicas que até quem não está apaixonado fica com o coração doendo. Tô comemorando meu aniversário da melhor forma, nunca fui de ficar rodeado de mulher. Minha mãe sempre fala que muita buceta junta fede, e eu não nego.

Me basta muito a Maria, sem dúvidas é minha aliada para a vida inteira.

Abraço minha irmã enquanto levantava o copo de cerveja, e sorrio cantando.

Não esqueço aquela época da escola

Em que você matava aula

Pra me ver jogando bola

Me passava o teu caderno

E, às vezes, dava cola

A gente namorava no escuro do cinema

Eu chorei quando você saiu de cena

Pra fazer curso normal em outra cidade

Eu já estava no lixo quando começou a cantar essa música, namoral que ódio. Nem apaixonada eu tô, Maria tá chorando igual uma cachorra e solto um sorriso quando chega no refrão.

Anaya: DESEJO PRA VOCÊ PAZ E SAÚDE, QUE O BOM DEUS LHE AJUDE PRA VOCÊ CUIDAR DOS SEUS, PRA EU CUIDAR DOS MEUS...

termino de beber a cerveja que tinha no copo e quando vou pegar outra cerveja, meu olho bate logo em um preto que porra, se eu sento nem guindaste me tira de cima.

Olha, acho que a mãe desse homem tinha efeito no útero porque não é possível alguém ser tão gostoso desse jeito.

Tento desviar o olhar mas faço um bico quando o mesmo dá aquela travada no maxilar, eu chorei e nem disse por onde. Que deliciaaaa!

Gente, tô aqui desejando o bofe abessa e ele nem me olhou. Aí, muito emocionada que eu sou. Mas quem não seria? Maior cara de mau e fica numa postura terrível, mas deixa eu quieta porque se não vou logo me jogar em cima.

Solto uma risada comigo mesma colocando mais cerveja no meu copo, só saio daqui hoje carregada. Não aceito menos que isso, 20 aninho na permissão de Deus que nunca me desamparou.

Não sei quantas vezes já agradeci por isso, mas nunca é demais né.

Maria: Mona, você só enche seu copo né? Vagabunda, tô aqui com o meu pegando mosca já, que ódio.

Anaya: Ih, tá inválida agora irmã? Parece maluca, tu que não meta a mão não, até parece que virei garçonete.

Ponho minha língua para fora e chamo o bofe que estava passando vendendo pirulito, aí horrível beber cerveja e chupar pirulito mas tô doida para um.

Quando termino de pagar o menino e já tiro o papel, dou um para Maria e percebo que o show do belo ja tinha acabado. Agora vai ser só jogação com a minha menina.

Anaya: Ele quer sair comigo, com o pente alongado, cabelinho colorido, ele é bandido, bandido.

Empinou minha bunda e começo a jogação junto com a Maria, coloco o pirulito na boca e dou um sorriso malicioso. Não dá, em questão de dança dou aulas e palestras e olha que nem sou de sair.

Quando fui até embaixo, só sentia o olhar das pessoas ao nosso redor. Se tem uma coisa que não me tiram é a paz, principalmente mulher que vive para fazer carinha feia. Uma pena eu não poder retribuir, porque de feias já bastam elas, eu sou maravilhosa.

Mordo meu lábio devagarinho e jogo o cabelo para o lado, minha dupla me acompanha direitinho. Por isso só saio com a Maria, além do mais, ela é minha única amizade e nem preciso de outras.

Maria: Tô quase sarrando nessa buceta no pique do beat do megatrom

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Olha, a melhor parte é quando começa a amanhecer e eu estava em carreira solo, chegou um bofe aqui doido pra ficar com a minha irmã e eu já mandei ela ir logo. Não queria ir, eu até gosto da minha própria companhia mas hoje eu tô light, alguém tem que dar e dessa vez vai ser a Maria.

Pego o óculos dentro da minha bolsa e já coloco logo, o gongo já tô na mão do palhaço mesmo. Ninguém merece esse sol batendo na cara, 7 horas da manhã e esse pagode ainda rolando. Tá mais pra baile, mas quem liga? Eu não, porque tô curtindo da melhor forma e com a minha própria companhia.

Quando deu 8 horas da manhã decidi ir para casa, daqui a pouco tenho que o trabalhar e vou um lixo. Ai, nem ligo sou nova abessa, tenho que aproveitar mesmo. Trabalhando abessa, também sou filha de Deus né.

Começo a descer a ladeira, porque esse morro é do caralho. Ninguém merece.

Assim que chego em casa, percebo que minha mãe nem em casa está. Essa velha tá demais, vou logo ligar para saber como está. Mona esquece que tem casa.

Corro para o banheiro tomo um banho frio mesmo, nem fiquei tão bêbada mas tô consciente abessa. Agora eu que lute para ir trabalhar, deu nem tempo de ficar de ressaca. Uó!

 Uó!

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Vivaz (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora