Emily Smith é a típica patricinha mimada, que não consegue ouvir um não e gosta que tudo seja conforme ela quer e planeja. Em poucos meses na universidade de Harvard e com um namorado perfeito, Emily não tem o que reclamar, tudo está como ela sempre...
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Emily Smith EUA — 2017
Assim que estacionei o carro em frente a minha casa eu abri um sorriso enorme, por estar sentindo saudade daqui. Meses atrás eu morava definitivamente nessa casa e o máximo que ficava era dias longe era para viagens e mesmo assim nunca foi tanto tempo assim. Agora moro em um campus da grande universidade de Harvard e venho aqui só aos fins de semana, isso quando não fico tão ocupada com as matérias que ao menos apareço. Minha vida mudou esse ano e para melhor.
Suspirei, já sentindo falta de Bruce, mesmo só algumas horas longe dele.
E era óbvio eu sentia falta do meu pai também, minha mãe, Ethor e até mesmo da perdidinha da Evelyn. Por Deus, para sentir saudade daquela garota eu devo estar ficando louca mesmo. Evelyn é praticamente tudo de ruim que uma pessoa poderia ter dentro de si mesma.
— Enfim em casa. — suspirei, olhando para a fachada branca da mansão.
Peguei minha bolsa e sai do carro, trancando o mesmo. Eu fiz questão de não trazer nada, muito menos roupas, já que aqui tenho até demais. Não era como se eu precisasse ficar perdendo meu tempo fazendo mala. Mamãe sempre me ensinou, principalmente em viagens internacionais: leve só a roupa do corpo e malas para trazer alguns mimos. Ela é tão sábia!
Andei pelo chão de pedras pequenas indo em direção a porta da casa, abri e entrei, não encontrando ninguém. A mansão luxuosa casa, ou mandão, era simplesmente maravilhosa, estilo clean e revestida há mármore.
— Ei, alguém em casa? — chamei ouvindo minha voz fazer pequenos ecos. — Pai! Mãe!
— Emi — ouvi a voz da minha mãe dizer. — Querida!
Olhei para o sentido da escada e vi minha mãe descendo por ela, logo atrás meu pai. Corri até eles e os abracei com força, me enfiando no meio deles.
— Sentimos tanto sua falta — ela acariciou meu cabelo, me olhando com ternura. — Está se alimentando direito? Estou te achando tão magrinha...
Revirei os olhos rindo, porque eu sempre fui magra, até demais e mamãe sempre insistia em achar que em uma semana eu emagrecia tanto longe dela que poderia ficar doente.
— Mãe, eu sempre fui assim — disse e meu pai riu concordando e beijando minha testa.
— Sua mãe e esse excesso de cuidado — papai disse e ganhou um olhar metralhador como resposta.
Meus pais são o equilíbrio perfeito como casal, eles se amam e se completam como ninguém. Os dois gostam praticamente das mesmas coisas, gostam da companhia um dos outro e sempre estão tendo momentos fofos, fora que mal os vejo discutir. Eles são como um espelho para mim e pretendo que Bruce e eu sejamos assim. O casal perfeito e que fiquemos juntos para sempre.
Suspirei encantada ao imaginar isso, sempre fui de fazer planos e querer que tudo na minha vida seguisse em linha reta, como planejado. Eu não sou fã número um de coisas imprevistas e odeio certas surpresas.
