A filha do Presidente • Leon Kennedy

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'meus olhos estão me pregando uma peça?' - ela disse, apoiando uma mão na cintura, ele abaixou a arma e a analisou por uns segundos, se aproximou de Aila, que estava desmaiada, e se ajoelhou ao lado da garota. - 'já cuidei dela.. ela bateu a cabeça, mas vai ficar bem..'

'o que você veio fazer aqui, Ada?' - ele se levantou.

'estou fugindo, Leon.. tenho que sobreviver, afinal, a Umbrella está me perseguindo.. já é o terceiro gigante que mandam atrás de mim..' - ela disse, analisou as unhas.

'então por que ele foi atrás de mim?' - Leon perguntou.

'bom, nos beijamos nas instalações da Umbrella muitos anos atrás, eles viram. acham que temos um caso, você é um alvo. Ela é sua missão?'

'sim.. tenho que levar ela a salvo para o presidente..' - os dois se encararam por alguns segundos, Ada ia dizer algo mas se calou, Aila acordou.

'eu achei que tinha sido claro, ao dizer que era para me seguir, e não sair de perto de mim, Aila.' - ele disse bravo e a ajudou a levantar.

'eu vi um laser.. queria ver o que era..' - ela respondeu. - 'eu não planejava escorregar..'

'ah, culpa minha.. estava tentando chamar sua atenção, Leon, te vi, e queria te alertar sobre nosso amigo gigante.' - ele a olhou.

'se conhecem?' - Aila perguntou, fez um rabo de cavalo nos cabelos, que batiam na cintura.

'sim.. essa é a Ada..' - Leon respondeu.

'ah.. sua ex..' - Ada a olhou, sorrindo.

'nunca tivemos nada, além de alguns beijos.' - ela carregou a arma.

'ah.. desculpe.. ele fala dormindo..' - Aila coçou a nuca e desviou o olhar, aquela mulher fazia as palmas de suas mãos soarem.

'que fofo.. você nunca me esqueceu não é?' - Ada sorriu de um jeito debochado. - 'bom.. vamos unir forças e sair da cidade. vão até Washington, certo? posso acompanhá-los, se me der um helicóptero quando chegarmos, Leon.'

'um helicóptero?' - ele riu baixo. - 'seus desejos são uma ordem, madame.'

Aila percebeu uma forte tensão entre os dois, ambos falavam com deboche, ambos observavam o corpo um do outro, pelo oque ela sabia do loiro.. depois de semanas junto dele.. ela podia ter certeza de que ele estava se controlando para não por as mãos na morena.. seu corpo estava tenso.. ele não estava agindo como se tivesse controle da situação.. então, depois de uns minutos, eles saíram, andando pelo subsolo, saíram no esgoto da delegacia, subiram uma escada, estavam na avenida principal.. nenhum dos três sabia como iria ser.. andaram por uns minutos em silêncio, até Leon desviar do caminho.

'onde você vai?' - Ada perguntou, parando, ela usava um óculos de sol, com a armação branca.

'eu nasci aqui.. desde que.. fui para Racoon em 1998.. eu.. não falei com minha mãe..' - ele respondeu, continuou andando, Aila observava os dois, foi atrás dele.

'e espera que ela esteja na varanda, te esperando com os braços abertos?' - Ada se aproximou, andando ao lado dele.

Ele a olhou, não disse nada.. entraram a fundo na cidade.. até chegarem a uma casa.. dois andares, pintada de branco, com uma bandeira do país na porta, típica casa americana.

entraram, era uma casa bem limpa, arrumada.. as janelas estavam abertas.. o vento entrava.. arejando o ambiente.. Leon andou pela sala.. e até a cozinha.. nada..

'aqui em baixo ela não está..' - ele disse, hesitante.. apesar de ser um homem feito.. seus olhos agora expressavam medo.

'então suba.. é sua casa, não é?' - Ada disse.. ela olhava os porta retratos. Leon subiu as escadas, Aila atrás dele, ele abriu a porta de um quarto.. parecia ser o dele.. papel de parede azul, pôsteres de bandas, a cama feita.. abriu a porta ao lado.. um quarto sem decoração, só uma cama e um armário, devia ser o quarto de hóspedes.. e então, o último do corredor.. a mãe estava caída na cama, uma arma a seu lado.. na cabeça um buraco, provavelmente causado pela arma, em seu braço uma mordida, ela havia tirado a própria vida.. provavelmente para parar a infecção. Leon apertou a maçaneta, Aila viu os olhos dele marejarem, e o puxou, o abraçando, o virando para o corredor.

'está tudo bem.. não olhe..' - ela acariciou os cabelos dele, ele a abraçou, alguns minutos depois ele se aproximou da cama, pegou uma manta e colocou sob o corpo dela, dizia alguma coisa, em voz baixa. pegou a arma, e a caixa de munição na cabeceira.

'vamos.. não temos muito tempo..' - saíram do quarto e ele fechou a porta, desceram as escadas.. Ada os olhou.

'acharam?' - ela cruzou os braços.

'ela está morta. vamos. acho que chegaremos ao Novo México ao amanhecer.' - ele disse e saiu andando, Ada o segurou pelo braço.

'ei Leon.. respira, sinto muito.. vamos.. devagar, certo? estamos aqui para ajudar você, não sou lá uma boa ouvinte.. mas pode contar comigo.' - ele assentiu.

'já respirei, hora de ir.' - ele ia dizer algo mais.. mas foi interrompido por um grito de Aila, o "amigo gigante" havia os encontrado, e havia jogado um carro em direção a eles, que atravessou a janela da sala de estar, Leon puxou Ada e os dois caíram no chão, Aila estava mais perto da porta, eles não tiveram tempo de raciocinar, o bicho entrou dentro da casa, pelo mesmo buraco que o carro, começando a quebrar tudo a seu alcance, agora ele tinha uma arma em um dos braços.. uma arma que disparava fogo.

'Ada corre!' - Leon gritou e a morena obedeceu, saiu pela porta, Leon puxou Aila antes de ela ser atingida pelo fogo, eles começaram a correr, o bicho logo atrás deles, pulando sobre os carros, os alarmes disparando, queimando tudo, na tentativa de acertar os três.

'merda! era só oque faltava!' - Leon parou e começou a atirar, Ada o olhou.

'Leon! não pode parar! ele vai matar você!' - Aila gritou e sentiu uma mão em seu braço, Ada, que a puxou.

'não pare de correr, garota, ele sabe oque fazer.' - as duas correram, até entrar em um prédio, parecia ser de contabilidade, cheio de escritórios, elas desceram até o porão, Ada abriu a porta, era escuro, e gigante..

'que lugar é esse?' - Aila perguntou, Ada ligou uma lanterna, que falhava, a jogou fora e negou.

'é um laboratório secreto, da Umbrella, isso aqui.. é a área de testes.' - Ada respondeu. - 'ele.. vai ficar bem. fique perto de mim, ele logo nos alcança.' - as duas começaram a andar, no escuro, podiam ouvir estalos, grunhidos, não estavam sozinhas ali.

'Ada.. tem alguma coisa aqui em baixo..' - um grunhido passou muito perto delas, Ada a afastou e começou a atirar, o flash da arma disparando iluminava o lugar, e ele estava infestado de zumbis. Aila apenas se agachou, ela não tinha uma arma.. Ada atirava, matando alguns zumbis, derrubando outros, as duas foram ficando encurraladas, até que a munição de Ada acabou. ela segurou Aila pelo braço e as duas se olharam.

'desculpe garota, um fim trágico para nós duas.' - Ada disse, e então, como um furacão, Leon apareceu, atirando nos zumbis, enterrando uma faca no crânio de outros, ele jogou a lanterna perto de uma porta.

'corram até lá! rápido!' - ambas foram, ele também, entraram na sala e trancaram a porta, a sala era iluminada, Aila se apoiou nos joelhos, recuperando o fôlego.

'eu pensei que você não ia aparecer..' - ela comentou, e viu Leon se apoiar na porta, e deslizar até o chão, deixando um rastro de sangue, correu até ele. - 'o que aconteceu? está ferido? ah meu deus.. Leon..' - a garota estava desesperada, Ada se aproximou.

'merda.. esse corte tá fundo.' - comentou e tirou a camisa dele.