A filha do Presidente • Leon Kennedy

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'Ada corre!' - Leon gritou e a morena obedeceu, saiu pela porta, Leon puxou Aila antes de ela ser atingida pelo fogo, eles começaram a correr, o bicho logo atrás deles, pulando sobre os carros, os alarmes disparando, queimando tudo, na tentativa de acertar os três.

'merda! era só oque faltava!' - Leon parou e começou a atirar, Ada o olhou.

'Leon! não pode parar! ele vai matar você!' - Aila gritou e sentiu uma mão em seu braço, Ada, que a puxou.

'não pare de correr, garota, ele sabe oque fazer.' - as duas correram, até entrar em um prédio, Leon se viu sozinho com o bicho gigante, que marchava atrás dele, como uma força da natureza, ele parecia que não ia desistir cedo.

Leon, por sua vez, respirou fundo, não iria desistir também, não havia sequer um homem no mundo que fosse mais decidido que ele. e agora, estava decidido em dar um jeito no monstro de três metros que o perseguia, ele gastou quase toda a munição que tinha, deixando apenas um pente, como reserva.. o bicho quase o acertou, diversas vezes, então, ele teve a brilhante idéia de.. explodir. correu até um carro, tirou sua jaqueta e colocou a manga pra dentro do tanque, então, respirou fundo e socou a lataria do carro.

'ei! sua coisa nojenta e torpe! eu estou aqui, não quer me pegar, então vem!' - o bicho o olhou, e praticamente rosnou, usou o lança chamas preso em seu braço, na direção de Leon, que pulou pra longe, se jogando contra outro carro, o fogo atingiu a jaqueta, que começou a queimar, assim que o bicho chegou perto, o carro explodiu, mandando-o pelos ares.

seus pedaços caíram pelo chão, e os pedaços do carro também, um pedaço do para-brisa voou e atingiu o ombro de Leon, devia ter o tamanho de dois palmos abertos, ele gritou e grunhiu, cambaleou, e andou por três metros, na direção do prédio que Aila e Ada haviam entrado, caiu de joelhos e socou o chão.

'certo.. é só torcer para que não tenha pego nenhum nervo..' - ele fechou os olhos, com a mão boa segurou o vidro e puxou para fora, o barulho do vidro saindo de seu corpo o fez arrepiar, logo o sangue começou a escorrer, ele levantou e andou para dentro do prédio, desceu as escadas, ouviu tiros, apressou o passo, começando a correr, ao entrar na sala, ligou a lanterna..

viu Ada e Aila num canto, elas se olhavam, Ada dizia alguma coisa, então ele começou a atirar nos zumbis, até sua munição acabar, pegou sua faca e a enterrou no crânio de alguns outros.. ele viu uma porta, e jogou a lanterna nela, a iluminando.

'corram até lá! rápido' - ele se certificou que as duas entrassem e entrou em seguida, trancou a porta com ajuda de Ada, viu Aila cair em seus próprios joelhos, sem fôlego.

'eu pensei que você não ia aparecer..' - ela comentou, Leon se apoiou na porta, a olhou, e deslizou, deixando um rastro de sangue e caindo sentado, Aila correu, ele viu as mãos dela tremerem. - 'o que aconteceu? está ferido? ah meu deus.. Leon..' - Ada se aproximou.

'merda.. esse corte tá fundo..' - Ada disse e tirou a camisa dele, a usando como forma de parar o sangramento.

'ele vai ficar bem? Ada.. ele' - Ada a interrompeu.

'garota, foco. ele está perdendo sangue, ache algo como um kit de primeiros socorros.' - ela levantou e amarrou os cabelos, andando pela sala rapidamente, procurando nas gavetas e armários, achou uma  caixa, com gases e panos, e álcool, ela entregou a Ada.

'Leon... Eu sinto muito..' - Aila se ajoelhou ao lado dele e tirou os  cabelos de seu rosto delicadamente, o deu um beijo na testa, ela tremia, passou a mão por seu rosto e o beijou. - 'Eu sinto muito..'

'Eu vou ficar bem rapidinho.. você vai ver..' - Ele segurou a mão dela, Ada revirou os olhos.

'Precisamos dar um jeito de sair daqui' - Ada limpou o ferimento, o "enfaixou" com os panos e bufou.

'Você podia ir ver.. é boa nisso eu... eu.. prometo não deixar nada acon..' - Ela foi interrompida por uma Ada bem irritada.

'Você já deixou acontecer garota, ele está assim por culpa sua.'

'Ada..' - Leon a olhou.

'Cale a boca Leon! É a verdade!' - Ada cortou e olhou Aila.

'Eu sei que é... então como vamos fazer isso?'

'Você vê aquela saída de ar? vai por ali, acha a saída. Eu cuido dele.'

'Ada ela não vai conseguir..' - Ele falou e suspirou irritado.

'Ela tem que conseguir! Olhe para si mesmo! Eu tenho treinamento e vou poder cuidar dos seus ferimentos. Temos que sair daqui rápido! tem uma multidão de zumbis, você está ferido! não temos munição!' - ela esbravejou.

'Isso não é opção. Aila é minha responsabilidade e ela não vai sair por ai sozi..'

'Eu vou, eu posso memorizar o caminho, eu sou pequena e não faço barulho. Volto rápido.' - Aila disse e Ada instalou uma expressão convencida no rosto.

'Você tem uma hora, certo? ou ele morre por perda de sangue, seja rápida.' - Ada disse e a entregou a própria arma.

'Eu serei.' - Aila olhou Leon e soltou sua mão. Ela foi até a escada de mão e a subiu, sumindo pela ventilação, começou a andar, cada passo que dava, o chão sob seus pés rangia, ela diminuiu o ritmo e continuou, podia ouvir rosnados, sabia que eram os infectados, ela segurava a arma na mão direita, que apoiava na outra onde segurava a lanterna, como Leon a havia ensinado.

🧠

'Por que fez isso?'

'Eu preciso cuidar de você Leon! Ela não sabe fechar um corte desse tamanho! Você ia sangrar até a morte!" - Ada respondeu e o olhou.

'Ada.. isso foi inadequado.'

'Inadequado foi você fazer aquela garota se apaixonar por você. Bem legal brincar com os sentimentos dela só para ter alguém para foder.'

'Eu não estou fazendo isso.'

'Ah não? Ela está completamente apaixonada por você.'

'Eu gosto dela. ela não foge de mim, não me usa para conseguir o que quer.. ela só.. se entregou, sem compromisso.' - Ada o olhou, a expressão de choque se tornando raiva. - 'Achou que seria a única mulher que eu amaria? A vida toda?'

'Eu tinha esperanças.'

'Você é uma cínica.' - Ele disse e suspirou. - 'Escuta.. há mesmo uma saida?'

'Não.. não uma segura. esse lugar é cheio de experimentos.'

'Você está brincando comigo? A fez ir procurar algo que não está lá?!' - Ele disse alto.

'Se ela for esperta vai perceber e voltar antes de irmos. E veja pelo lado bom. Ela foi por você, significa que está disposta a dar a vida pela sua.. que lindo, ela te ama.' - debochou e terminou de costurar a carne.

'Eu não vou a lugar nenhum sem ela.'

'Leon admita. Você não gosta dela. Só não quer fazer feio com o presidente..' - ele pegou a faixa da mão dela e a empurrou, levantou com dificuldade e enfaixou o próprio braço.

'Eu vou atrás dela, sua maluca.'

'Não vai não. Perdeu sangue demais. Vai desmaiar e ser devorado por algum infectado.' - ela levantou também e ajeitou o vestido que usava.

'Então tente me impedir.' - ele deu exatamente sete passos e caiu, como um saco de batatas, desmaiado. Ada se aproximou e o virou de barriga para cima.

'Você fez isso por mim, amor.'

🧠

Aila estava andando pela ventilação, faziam uns vinte minutos, ela já estava ficando irritada, viu uma luz e se animou, começou a correr, foi quando o chão sob seus pés se rompeu e ela caiu, despencando numa pilha de ossos, acabou torcendo o tornozelo, ela xingou e se levantou, começou a andar, mancando, destravou a arma e olhou em volta, estava numa espécie de esgoto, muitos esqueletos humanos, e de outras coisas estavam ali, algo muito grande devia morar ali, a sua frente haviam três túneis, ela escolheu o do meio, foi por ali, teria que ser rápida se quisesse ajudar Leon.

Ela viu, algo grande, preto, tinha pelos.. patas, e três cabeças, podia ver falhas na carne, os ossos aparentes, era um cérbero, como o da mitologia, porém, um cérbero zumbi.

'porra, que porra.'